terça-feira, 8 de maio de 2018

Ei, você aí! ...



Estaria disposto a deixar de ganhar ou perder um pouco do que já tem, a fim de diminuir a tão proclamada desigualdade social?
Pois é, da boca para fora, os compenetrados e crentes de que são boas pessoas, certamente concordarão, mas na prática, a coisa muda, começando dentro dos próprios lares, onde não se estimula a partilha generosa entre irmãos, até porque mamãe e papai dão exemplos através de discussões exatamente em relação ao ter isto ou aquilo, num é meu e é seu sem precedentes, principalmente, nos momentos de dificuldades, aonde nenhum dos dois quer perder nada em função do outro.
Claro, como tudo na vida, existem as raras exceções, mas que passam longe dos letrados e bem-sucedidos, já que solidariedade é um sentimento mais próximo dos menos abastecidos, mas até para isto, existem explicações.
Este é o princípio básico dos regimes ditos socialistas, comunistas. “Regimes do povo”
Alguém aí conhece algum deles, pobre, sem estudos ou sem ter amigos da elite, por eles, tão combatida?
Nos estudos filosóficos, grandes nomes fizeram história, mas fora deles, nada funcionou a não ser para os idealizadores e propagadores, pois o povo mesmo, este permaneceu carente, acreditando que migalhas eram os seus legados existenciais.
Poupem-me destes discursos esquerdista que, amparados nos direitistas, fincaram seus pezinhos no bem bom de cada dia, enquanto, a galera chora, geme e ri, atrás dos trios elétricos, do ilusório, do verdadeiro nada.
Nasci e me criei em meio a elite carioca, repleta de intelectuais das letras, da música, das artes em geral, mas também dos políticos, raça sabida e inspiradora dos pseudos-revolucionários, assim como jamais percebi em qualquer um deles o poder transformador, a partir de si mesmo.
Existem os senhores portadores de alguma consciência social e neste quesito, em certa ocasião, eu me enquadrei, a partir da culpa de possuir mais que a maioria, uni-me ao canto da sereia, tentando aplacar a minha própria impotência.
Xaropada idealista que, confesso, ainda acredito que pudesse dar certo, se fossemos todos além de letrados, inspirados e sabedores dos caminhos da lógica do bem viver, pessoas menos egoístas, egocêntricas e com forte tendência a arrogância de se sentir superior ao outro, sempre seja lá em qual circunstância.
O ideal é o pão, o teto e a educação.

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