quinta-feira, 31 de maio de 2018

EDUCAÇÃO, POR FAVOR! ...



Neste feriado, lendo as postagens e também colocando as minhas no face, observo que a abertura global ampliou espaços de convivência, mas acima de tudo de infinitas pesquisas e, portanto, aprendizado, infelizmente desenvolveu interação, mas não a compreensão do valor maior desta tecnologia que é justo a de buscar estreitamento de laços culturais, sociais, intelectuais e humanos.
Por todo o tempo, pode-se observar agressões sistemáticas, sem qualquer maior observância de um mínimo de educação doméstica de convivência, comportamento básico para se manter um também mínimo de equilíbrio nas relações.
O anonimato ou apenas distanciamento físico, propicia um contínuo abuso, onde não há qualquer resquício de respeito.
E aí, fico pensativa quanto ao paradoxo em se esperar um retorno que também não seja do mesmo calibre, seguindo-se de forma contumaz, mais e mais agressões, numa disputa idiota de quem consegue ser mais tolo e inconsequente.
E tudo isso fica mais grave, perigoso e insensato se pensarmos que o mesmo acontece em relação às pessoas de uma mesma cidade pequena que deveriam prezar umas as outras, independentemente de suas opções de qualquer natureza.
É vergonhoso, triste e melancólico assistir pessoas estudadas que deveriam ter visões mais ampliadas e consequentemente generosas, ofenderem gratuitamente outras no afã de defender bandeiras pessoais sem reconhecer o direito alheio de terem suas próprias escolhas e mesmo não aceitarem a conceituação do trabalho do outro, por este não ser favorável neste ou naquele aspecto, ferindo os brios de quem se julga dono da verdade.
Quem se torna público por qualquer razão, deve estar preparado para as naturais críticas que suscita em virtude de sua atuação pública, afinal, o contraditório é que garante a liberdade e um maior aprendizado.
Não há lugar para frescuras e não me toques e estes não são avais para ferir os limites necessários a uma decente e saudável convivência, seja online ou não.
Toda agressiva estupidez fere e nada acrescenta além da dura realidade de que educação formal sem a devida educação de berço é o mesmo que vestir um macaco com roupas humanas, ou seja: arremedo de gente que apenas faz brotar sorrisos de constrangimento.
O perigo da conexão online é ser conduzido à perda de empatia e à diminuição da capacidade de reflexão.
Pensemos nisto antes de atacar ou contra-atacar, afinal, se não temos o olho no olho, que tenhamos pelo menos educação.

terça-feira, 29 de maio de 2018

CONSTATANDO


“E com certeza existe a gratidão à vida pelo seu ciclo perfeito por ser completo, honesta por ser real, amiga por se encontrar a cada instante ao redor de cada ser humano que a reconhece como mãe, amiga, parceira e única efetiva hospedeira”.

sexta-feira, 25 de maio de 2018

Faz sol lá fora...


Faz sol lá fora, mas minha alma chora por sentir uma espécie de dor do mundo que vem se formando há algum tempo e que nem mesmo o escoar através de meus escritos tem sido suficiente para aplaca-la.
A cada escândalo, denúncia e prisão, assim como cada soltura convenientemente baseada nas leis, proferidas pelo Ministro Gilmar Mendes, reservando a mim toda a ignorância jurídica, confunde mais que explica, empobrece o sistema judiciário, uma vez que para os pobres mortais como eu, que é a maioria, ficam as perguntas sem respostas.
Se a prisão foi legal, como há soltura legal?
Se tudo tem sido feito amparado nos direitos e deveres constitucionais, como é possível esta mesma Constituição ser instrumento contrário a si mesma?
É possível que duas instâncias e inúmeros juízes tenham sido capazes de interpretar tão erroneamente a Constituição e o código penal e um só ministro tenha a sabedoria máxima de jogar por terra infinitas páginas argumentativas de condenação?
Tudo muito complexo e impossível de ser compreendido, já que o método não é extensivo a nós pobres mortais, mas absolutamente coerente para os ricos e poderosos, num desequilíbrio de justiça, que aí sim, posso compreender que é injusto.
Ah! Que maravilha seria se o povo brasileiro pudesse contar com as expertises do STF e demais instâncias para defender os nossos mais básicos direitos que esta mesma Constituição apresenta de forma clara e indiscutível.
Estou triste, pois não há um só alguém que detenha poder e força que nos defenda, nos ampare dos constantes abusos que se apresentam diuturnamente por todo o sempre em cada pedacinho deste país, flagelando nossas instituições e tirando de nós a esperança, mas garantindo-nos o abandono a cada postura mais que sórdida, por ser desumana.
De tudo que vem ocorrendo em nosso país, mais expressivamente desde 2012, certamente a derrocada de nossos respeitos as figuras políticas têm sido o maior prejuízo, pois de verdade não acreditamos em mais ninguém, não confiamos em nada que falem, despertando sempre o pior de nós mesmos, quando apoiamos ou não, sem que haja algum interesse absolutamente pessoal embutido.
Perdemos grande parte de nossa inocência e, para este crime, não existe perdão, só uma profunda dor que sequer consigo descrever.
As redes sociais são a expressão cotidiana do pouco caso, do desrespeito à figura política, mas nas festinhas e comícios, finge-se devoção, inconsequentemente ferindo de morte qualquer possibilidade de recuperação da dignidade cidadã que se perdeu em meio ao flagelo moral e ético que vem nos assolando sem qualquer piedade.
Faz sol lá fora, mas choro por esta dor do mundo.

quinta-feira, 24 de maio de 2018

“POBRE É UMA DESGRAÇA”...



 Esse era o bordão que semanalmente repetia o personagem criado por Chico Anísio, o deputado Justo Veríssimo, nos anos 80/90.
Todavia, sempre foi a garantia de sucesso dos políticos em ano eleitoral, depois, bem depois, virava desgraça na “pedição de favores”, jamais atendidos.
A cada período eleitoral, o filme se repete e por mais roto que esteja, sempre faz sucesso em meio ao povão sempre ávido em achar um novo ídolo para venerar.
Particularmente, amo todo o processo político, apesar de enxergar todas as suas mazelas, que não são poucas, mas que bem ou mal, é um processo necessário para que o diálogo democrático não seja sepultado em favor de qualquer tipo de homogenia partidária.
Em relação a visita eleitoreira do governador Rui Costa à nossa Ilha (está em campanha de reeleição), confesso que como parte do povão gostei de seu jeito de se apresentar, mesmo me fazendo lembrar das duplas sertanejas que sempre colocam seus passados de meninos pobres para encantar os corações dos fãs.
Em relação a sua apresentação em Vera Cruz, fiquei extremamente animada, mas já em Itaparica...
Não sei não, mas minha intuição de velha de guerra, senhora escolada do que está por trás do não dito, creio que poderemos colocar a viola no saco em se tratando de investimentos imediatos, ficando o dito como promessa, desde que possamos cumprir em tempo hábil eleitoral todas as demandas apresentadas e como conhecemos os passos seguros, mas lentos, da atual gestão, não sei não...
Rezemos para que o novo CAPS saia até 2020, mas asfaltamento da Misericórdia...
Asfaltamento da Orla...
Não sei, não...
Bem, o que eu sei é que gostei do homem e até simpatizei desta vez com Jaques Wagner, e até quase o perdoei pelos oito anos em que nos abandonou, mas preocupei-me em dado momento com o bem estar físico da Deputada Fabíola Mansur, quando de seu discurso inflamado em favor da prefeita Marlylda, devido ao calor e o natural cansaço.
Agora, o barato da hora, sem dúvidas, foi o Deputado Roberto Carlos, que até então me era desconhecido, mas que sem dúvidas sabe falar em público, movimentar a galera e dar o seu recado.

E aí, vocês devem estar se perguntando o porquê deste título abusado, digo então, que a cada comício, tudo que me vem à
 mente é justo a certeza de que enquanto existirem pobres e puxa-sacos, os políticos estarão se dando bem, porque, afinal, pobre é para ser enganado e puxa-saco, bem usado.
Assim como todo jornalista estará de plantão para descrever a mesmice que o tempo jamais foi capaz de mudar.
Quem sabe um dia, não é mesmo?
O que não se pode é deixar de acreditar.

terça-feira, 22 de maio de 2018

BOAS NOTÍCIAS

Se o governador Rui Costa está capitalizando votos para a próxima eleição, provavelmente está, todavia, o que nos interessa enquanto cidadãos itaparicanos é que ele traga para a cidade benfeitorias. Afinal, por anos a fio, reclamamos que estávamos esquecidos pelos governadores. Precisamos refletir sobre o que realmente queremos para nossa Ilha, cidade e nossas vidas.
Particularmente estou feliz, pois venho acompanhando há anos, a árdua luta de algumas pessoas de Vera Cruz pela instalação de um complexo policial.
Quanto a construção do CAPS, creio que devemos aplaudir a luta da Prefeita Marlylda Barbuda, justo por ser um centro de acolhimento que necessita de amparo especial e esta unidade, com os profissionais que lá se encontram, certamente se tornará uma referência na região.
Cidadão de bem é todo aquele que independentemente de partidarismos, sabe cobrar os seus direitos, mas que também sabe aplaudir tudo quanto, independentemente de quem o faça, seja para atendimento, conforto e dignidade para o povo de sua cidade..
Quarta-feira- dia 23/05 é um dia para ser comemorado, pois somente o usuário do SUS que necessita da atenção dos serviços oferecidos pelo Centro de atenção psicossocial, sabe da importância de lá encontrar apoio e amparo.
Esperemos que o dia a dia para os semi-internados, seja abastecido de remédios, café da manhã, almoço, práticas de higiene pessoal, terapias alternativas, inclusão social com atividades especiais e transporte diário para que seja completo e nunca mais tenhamos de ver pacientes vagando pelas ruas da cidade correndo riscos absolutamente desnecessários.
Política se faz com consciência cidadã.

EU, LOUCA?


Talvez o seja, na medida em que quando encasqueto com algo vou sempre com tudo que disponho e, no caso, minhas escritas, como reveladoras de minha capacidade de observação, jamais aceitando apenas o aparente.
Hoje, estive presente na Casa de Cultura para o evento anual da LUTA ANTIMANICOMIAL e, como das outras vezes, saí com a sensação de que poderia ter ouvido mais, perguntado mais e constatado maior interesse das pessoas e dos dirigentes públicos.
Como pensar em conscientização em relação ao desequilíbrio humano, hoje tão expressivo a cada esquina, sem que haja uma ligação direta com o sistema educacional e de ação social?
Como melhorar o sistema de atendimento psicossocial sem que exista uma integração de propósitos que abra um leque de atendimento consciente e seguro.
Como acreditar que famílias carentes de quase tudo possam ter estrutura de acolhimento para, diurnamente, cuidar de seus filhos e netos se a máquina pública, com todo o seu corpo estrutural, se diz incapacitada de oferecer um apoio de sustentabilidade?
Não sou doutora nesta área e em área alguma, mas penso e me sinto capaz de avaliar as dificuldades alheias, assim como o comodismo que se instalou nas ações públicas.
Não podem isto, não podem aquilo, este recurso não pode ser usado desta ou daquela maneira, as licitações são lentas, os repasses ínfimos e as desculpas de sempre se repetem, enquanto as evoluções de amparo se arrastam lentamente.
Hoje, até como obtenção de um pouco de conhecimento na área psicológica, e da importância do combate a inúmeras mazelas sociais que permeiam o cotidiano destes pacientes, assim como um abraço simbólico de acolhimento aos mesmos, senti a falta dos secretários da educação e da ação social, assim como uma brisa, lá esteve presente a secretária de saúde.
A ausência da prefeita se fez notar a partir do convite, onde ficava implícito o seu não comparecimento.
Meu papel, não é acusar ou denegrir, mas lembrar o que anda esquecido, que é justo a humanização, caminho firme que garante conforto e segurança.
Que no ano que vem, a data escolhida possa estar em conformidade com os compromissos de nossas autoridades, assim como das pessoas chaves de cada área que recebe e cuida do povo itaparicano, sem esquecer dos vereadores que parecem não compreender a importância de suas participações no cotidiano de uma gama significativa da sociedade, num apoio real à ideia de que podemos e devemos fazer diferente, mas para que isto aconteça, torna-se necessário o estar presente para, no mínimo, conhecer.
Eu, louca? 
Provavelmente devo ser por acreditar que o impossível não existe.
Parabéns aos funcionários do CAPS, tão bem representados nas pessoas do psicólogo Rafael Mendes e do psiquiatra Dr. Pablo pelo esforço, dedicação e pela festa acolhedora que ofereceram nesta linda manhã de outono.

domingo, 20 de maio de 2018

CAÇA AOS PIOLHOS

Enquanto, parte do povo se empenha em caçar os piolhos das bruxas, os carrapatos das mesmas fazem a festa e, como sempre, nada acontece de relevante que mude o perfil comportamental, não só dos políticos como de cada cidadão que opta pelo sensacionalismo em detrimento da busca consciente de fatos, cujo valor possa agregar reais transformações.
CORRUPTO QUE SE PREZA, NÃO ASSINA RECIBO, pega-los, exige trabalho de pesquisa, dedicação e, acima de tudo, conhecimento em relação aos trâmites públicos e legais.
Mimi mi e blá blá blá têm dado relativo trabalho aos mesmos, mas no final, geralmente depois de dois mandatos, os ilustres saem de seus postos abastecidos em suas contas bancárias, enquanto o povo babaca de plantão fica com a garganta seca, seja por ter gritado em protestos ou em defesa dos ilustres.
Enquanto isso, o lixo se amontoa, os cavalos pastam livremente, a lama atola, a educação falha, a COELBA e a EMBASA testam as paciências e e equipamentos elétricos e eletrônicos, a merenda escolar é de quinta, o buraco vira cratera, as licitações se arrastam, as festinhas se repetem, o remédio falta, os discursos não mudam, o governador faz campanha e a “Ponte” retorna através do animado João Leão, o “bonitão”, com suas falácias eleitoreiras.
E aí, lembro do ditado popular que sabiamente garante que em “rio que tem piranha, jacaré nada de costas”.
Até quando?

AS MULETAS DO SÉCULO


A crueldade sempre esteve presente nos relacionamentos humanos, numa necessidade quase visceral de se estar torturando o outro, mesmo em pequenas escalas não tão explicitamente apresentadas, mas em doses homeopáticas, como é possível de se observar em qualquer instância do relacionamento humano. Precisamos evoluir...
Precisamos urgentemente dar uma parada existencial e refletir sobre tudo que vivemos, pensamos e sentimos e, principalmente, fazer um reflexão em tudo que achamos que deixamos de viver, pensar e sentir, não como um balanço de perdas e ganhos, mas como um gesto de carinho conosco, numa busca amiga de novos recursos que possam aliviar as dores do mundo que arrebanhamos e que nos flagelam, adoecendo e descaracterizando o que de melhor certamente ainda nos resta, que é a nossa genuinidade.
Afirmamos que não há tempo a se perder, e aí, por infinitos caminhos, o acaso de nossa insanidade nos faz parar, geralmente, tarde demais para qualquer retoque que se pensou em dar numa vida envolta na crueldade sutil ou agressiva de um sistema perverso, que a bebida, o Rivotril, o Lexotan, a maconha e a cocaína não foram capazes de amenizar.
Muletas, apenas frágeis bengalas que nos mantém de pé.

sexta-feira, 18 de maio de 2018

CHOVE LÁ FORA



O sol abriu bonito colorindo as copas das árvores com o seu dourado brilhante, mas durou pouco nesta sexta-feira, pois a chuva, insistente, voltou com tudo, jogando por terra meus planos de sair e dar uma voltinha de reconhecimento e marcação de terreno por minha Itaparica.
Não canso de admirar o mesmo cenário que a cada dia se altera, graças as adições divinas e das pessoas que, com suas presenças, oferecem o diferencial diversificado que muito me encanta, nublando as velhas mazelas que infelizmente existem, mas que meus olhos amorosos não permitem obscurecer as grandezas.

INVASÃO DO ALHEIO



Depois do sensacionalismo jornalístico, não há nada que me incomode mais que deixar passar batido qualquer tipo de invasão, pois existe sempre alguém levando vantagem, nem que seja apenas o invasor que, geralmente, chega como mendigo sofredor e, logo mais adiante, começa a mostrar quem realmente é e o que já possui.
Esse é um mercado negro que beneficia políticos de um modo geral em anos eleitorais, sem falar nos meliantes que fazem deste um negócio lucrativo.
Itaparica começou a ter seus lotes e casas invadidas há alguns anos atrás, sendo esse processo intensificado com a especulação da construção da Ponte.
Fui, e você provavelmente também, testemunha da apropriação indébita destes imóveis por toda a cidade sem que houvesse qualquer atitude mais contundente por parte do legislativo e muito menos do executivo, além da omissão permanente das polícias civil e militar.
Em algumas ocasiões, como ocorreu no ano passado, aventurei-me em denunciar uma escandalosa invasão entre tantas outras já existentes de uma casa em minha rua e, ao contrário do que se pode imaginar, fui obrigada a escutar da autoridade competente da Secretaria de Infraestrutura que, após visita da Secretaria de Ação Social, ficou evidente a precariedade da referida família e que não poderiam deixá-los ao relento, deixando-me com a sensação de que eu nada mais era que uma desgraçada sem humanidade.
Meses depois, este mesmo pobre coitado, tentou invadir outra, bem próxima da minha, e foi contido por parte dos moradores.
Pois bem, o mendigo, rouba luz, água, já cercou a propriedade e já trouxe até mesmo seu carrinho vermelho, na maior cara de pau, e ainda começou um culto evangélico para faturar “algum. ”
Portanto, deixo aqui o meu apoio às desapropriações determinadas por esta gestão, esperando que o mesmo venha a ocorrer por toda a cidade onde não houver os devidos documentos de compra e venda, antes que o “usocapião” se faça presente nas discussões jurídicas.
Quanto ao fato dos mesmos já terem construídos nos terrenos invadidos, digamos que devem ser encarados como risco do negócio ilícito.
Não é possível viver democraticamente fazendo concessões favoráveis a uns em detrimento de outros.
Precisamos, enquanto cidadãos, cobrar dos nossos gestores ações de construção de casas populares ao invés de incentivar o perdão aos invasores, pois trata-se de uma hipocrisia política, tirando o legítimo direito de quem paga pelos bens adquiridos.

segunda-feira, 14 de maio de 2018

QUANDO OS SINOS DOBRAM


Não sei se é comum acontecer com as pessoas de um modo geral, mas comigo tem sido um constante duplicar de sentimentos que assustam, libertando conceitos antigos oriundos de uma formação sócio cultural que com o passar do tempo foi se esfacelando e dando lugar a uma conscientização do claro e translúcido sentido de quase tudo.
Penso que seja bom este amadurecimento libertador, que rompe amarras que sempre incomodaram, pelo menos a mim, mas que por uma certa espécie de conveniência ou simplesmente hábito, faziam parte do que eu achava que era eu, e assim, segui camuflando, numa hipocrisia de palavras e atitudes não conscientes, mas real nas consequências.
Venho descobrindo assustada que apesar de ter em minhas origens de avó paterna a tenebrosa senzala de uma fazenda no então distrito de Valença, circunvizinha do Rio de Janeiro, e de pregar discursos sobre os horrores do preconceito racial, eu vivi décadas como uma preconceituosa disfarçada, ostentando uma brancura de pele e renegando, silenciosamente, o negro presente no meu DNA.
Assusta a conscientização, assim como dói arrancar da mente a certeza absoluta de que não sou culpada e sim mais uma vítima, neste maldito desencontro social de classes, onde a vaidade, mas acima de tudo a ganância contínua, transformou a pessoa de pele branca num escravizador de  vidas, arrebanhando para si, além de baús de ouro, a herança sórdida, chamada preconceito, que nada mais é que a perpetuação do ilógico, do insensato,  eternizando a chaga do discriminador de tudo que lhe é diferente, numa constante dor existencial.
Se para tudo ser modificado, polido e lustrado nas posturas físico emocionais de uma pessoa torna-se necessário advir de sua própria vontade mental, concluo nesta manhã de 14 de maio, cento e trinta anos depois da abolição fantasiosa da escravatura em nosso país, que também somente através da lucidez individual seja possível, lenta mais sustentável, a verdadeira libertação dos negros e dos brancos desta contínua herança tenebrosa.
A verdadeira libertação deverá acontecer quando o perdão for mais poderoso que o ódio. Quando a consciência, tomar o lugar da indiferença.

domingo, 13 de maio de 2018

Noite de sexta



Os grilos cantam num coro harmônico, despertando os sapos e mariposas, fazendo calar os pássaros.
O ventinho suave vem chegando devagar, tocando as folhas com delicadeza, sugando lentamente os aromas e como se soubesse exatamente onde me encontro, sopra, fazendo-me arrepiar e ao mesmo tempo, agradecer através de um sorriso espontâneo que brotou de mim.
Adoro as chuvas rápidas do outono que abrem generosas, espaço para o já suave sol, numa troca gentil do espaço celestial, fazendo brotar da terra até então ressequida do longo verão, o verde das matas que me fazem viver.
E a cigarra, meio perdida, certamente afoita, cantando alto, abafando o tudo mais, numa despedida sofrida de um tempo que não lhe pertence, num adeus, num talvez, até logo.
Os grilos cantam, mas um em particular, copia a cigarra, abafando o tudo mais.
Adoro o outono com seus sons e seus aromas, adoro viver mais que o tudo mais.


quinta-feira, 10 de maio de 2018

FIRULAS E NADA MAIS...



Creio que todo candidato a político, seja do legislativo ou executivo, para ter sucesso, precisa antes de tudo desenvolver a capacidade do uso das palavras, isto é, com a finalidade de atingir os seus objetivos pessoais.
Quando faço críticas a esta gestão, em absoluto nego o fato de sua equipe estar instalando os projetos estaduais e federais no devido tempo e, muito menos, afirmando que nada fazem em relação a pedir mais obras e recursos para a cidade através de apelos junto ao Governador e deputados. Refiro-me à aplicação dos recursos de repasse do Fundo de Participação dos Municípios, arrecadação de impostos e royalties que, diga-se de passagem, jamais foram tão expressivos; e tão pouco, sou leviana ao ponto de desconsiderar os custos existentes e o sequestro de parte do FPM, durante alguns meses, por absoluta falta de competência gerencial do atual departamento financeiro que deveria priorizar o pagamento do parcelamento do INSS.
Refiro-me como cidadã e profissional da Mídia, a não existência de ações públicas que venham a colaborar amenizando as dores físicas da cidade e consequente bem-estar da população.
Minhas críticas em absoluto responsabiliza esta gestão por todas as mazelas encontradas, todavia, esperava-se que as mesmas fossem corrigidas ou pelo menos amenizadas, não como um todo, mas aos poucos com a devida competência que foi prometida.
Problemas históricos, não são corrigidos num estalar de dedos, mas podem e devem receber a devida atenção e correção gradativa para que no final de cada mandato, muitos tenham sido solucionados.
Itaparica ou qualquer outra cidade, não pode viver apenas dos recursos extras, sejam eleitoreiros ou não de governador e deputados, caso contrário, não necessitaríamos de Prefeitos e vereadores, bastando tão somente de um ótimo lobista.
Não aceito que me qualifiquem como alguém que partilha da retórica bruta e idiota do “QUANTO PIOR MELHOR”, assim como me recuso a aceitar calada ser  chamada de partidária deste ou daquele grupo político, pois antes de tudo sempre fui a favor de Itaparica, defendendo ações e não políticos, e para tanto, tenho milhares de páginas e postagens, assim como gravações de rádio que atestam minha conduta, jogando por terra afirmações repetitivas e virulentas de quem jamais compreendeu ou aprendeu o que é fazer jornalismo sério e muito menos ser um cidadão participativo sem paixão partidária, assim como um político voltado ao bem comum.
Não sou e jamais fui vaquinha de presépio de quem quer que fosse e, para tanto, sofri, sofro e certamente continuarei a receber sansões oriundas da independência e dignidade que recebi como base educacional doméstica, mas calada, jamais.
Portanto, reafirmo minhas críticas até então proferidas e lembro que entrevistas em mídias de outra cidade em nada colaboram para o esclarecimento do povo itaparicano, pois por aqui pode faltar muita coisa, menos mídias que são lidas e largamente ouvidas e sempre estiveram à disposição de qualquer político para que se comunicasse com o povo que ofereceu a eles o poder.

MAZELAS HISTÓRICAS



Leio, releio, algumas vezes comento, curto e até compartilho, mas sinceramente não acredito que este seja o caminho para a obtenção de qualquer real melhoria para a cidade.
Esta postura nos dias atuais é largamente utilizada e muito útil para os oposicionistas que também, geralmente, conseguem envolver a população, numa espécie de histerismo negativo com a obtenção da simpatia do mesmo e consequente voto esperançoso, logo na eleição seguinte.
No último pleito, ficou bem claro os efeitos sobre a opinião pública quanto a marcação serrada por parte de alguns vereadores e de parte da mídia em relação a gestão passada que estava longe de ser a ideal, mas que inegavelmente, estava atuando em determinados aspectos, altamente relevantes como saúde e educação para que em médio e longo prazo, o perfil do eleitor itaparicano se alterasse no sentido de ter mais consciência da importância de ambos no processo evolutivo de uma cidade.
Todos nós de um modo geral, sabemos disso, mas a tentação em descer o cacete em alguém que consideramos responsável por nossas próprias mazelas é sempre mais forte que a razão em compreender que enquanto, não formarmos um exército de resistência ao também mal hábito de nossos políticos em prometer milagres, nada, absolutamente nada irá se alterar e as mazelas se somarão, engrossando demandas nunca resolvidas.
É preciso compreender que o tempo de quem está no poder, infelizmente não é o mesmo das necessidades do povo e esta dicotomia precisa mudar ou permaneceremos eternamente, trocando alho murcho por bugalhos, seis por meia dúzia que nos oferecerão sempre os restos de seus banquetes de gloria e poder.
Desgastar a imagem de alguém sempre é danoso para este alguém, mas ficar somente nisto, nada resolve, porque afinal, para toda ação sempre existirá uma reação e cá entre nós, eu e você, já presenciamos muitas ressuscitações eleitorais, pois com a máquina na mão e dinheiro público no bolso, até papai Noel se transforma em faraó.
Não tem muito tempo, fomos testemunhas mesmo a certa distância deste milagre popular ocorrido em nossa vizinha Vera Cruz, quando do último lugar de qualquer pesquisa, o gestor da época, não só se reelegeu, como no último pleito em 2016, quase fez seu sucessor, sim porque, hoje, Vinícius é o Cara, mas ganhar aquela eleição foi uma batalha.
Na prática, precisaríamos de uma Câmara de vereadores verdadeiramente ciente e qualificada para atuar como nossos fiscais e de uma sociedade que compreenda a importância de cobrar e exigir atuações e não apenas de se deixar levar por discursos e uns trocados a mais de quatro em quatro anos. Enquanto, nos alienarmos, deixando o barco à deriva, nos contentando com desabafos aqui e acolá, nossas autoridades permanecerão em suas zonas de conforto e nós, como permanentes mendigos abestalhados de plantão.
VOZ X PARTICIPAÇÃO = Garantia de se estar lutando por mudanças que retirem as pedras do caminho, abrindo espaço para dentro de um tempo que seja razoavelmente satisfatório para ambos os lados, a cidade vá apresentando um novo perfil, onde não mais o povo esteja como afirmou Gonzaguinha, “com a bunda exposta na janela”, para gaiato esperto passar a mão nela.


terça-feira, 8 de maio de 2018

Ei, você aí! ...



Estaria disposto a deixar de ganhar ou perder um pouco do que já tem, a fim de diminuir a tão proclamada desigualdade social?
Pois é, da boca para fora, os compenetrados e crentes de que são boas pessoas, certamente concordarão, mas na prática, a coisa muda, começando dentro dos próprios lares, onde não se estimula a partilha generosa entre irmãos, até porque mamãe e papai dão exemplos através de discussões exatamente em relação ao ter isto ou aquilo, num é meu e é seu sem precedentes, principalmente, nos momentos de dificuldades, aonde nenhum dos dois quer perder nada em função do outro.
Claro, como tudo na vida, existem as raras exceções, mas que passam longe dos letrados e bem-sucedidos, já que solidariedade é um sentimento mais próximo dos menos abastecidos, mas até para isto, existem explicações.
Este é o princípio básico dos regimes ditos socialistas, comunistas. “Regimes do povo”
Alguém aí conhece algum deles, pobre, sem estudos ou sem ter amigos da elite, por eles, tão combatida?
Nos estudos filosóficos, grandes nomes fizeram história, mas fora deles, nada funcionou a não ser para os idealizadores e propagadores, pois o povo mesmo, este permaneceu carente, acreditando que migalhas eram os seus legados existenciais.
Poupem-me destes discursos esquerdista que, amparados nos direitistas, fincaram seus pezinhos no bem bom de cada dia, enquanto, a galera chora, geme e ri, atrás dos trios elétricos, do ilusório, do verdadeiro nada.
Nasci e me criei em meio a elite carioca, repleta de intelectuais das letras, da música, das artes em geral, mas também dos políticos, raça sabida e inspiradora dos pseudos-revolucionários, assim como jamais percebi em qualquer um deles o poder transformador, a partir de si mesmo.
Existem os senhores portadores de alguma consciência social e neste quesito, em certa ocasião, eu me enquadrei, a partir da culpa de possuir mais que a maioria, uni-me ao canto da sereia, tentando aplacar a minha própria impotência.
Xaropada idealista que, confesso, ainda acredito que pudesse dar certo, se fossemos todos além de letrados, inspirados e sabedores dos caminhos da lógica do bem viver, pessoas menos egoístas, egocêntricas e com forte tendência a arrogância de se sentir superior ao outro, sempre seja lá em qual circunstância.
O ideal é o pão, o teto e a educação.

domingo, 6 de maio de 2018

O AMOR EXISTE?



E aí, antes das cinco da manhã, alguns amigos e eu, já estamos trocando risos e carinhos através do facebook e naturalmente, surge uma inspiração.
Hoje, com certeza é o amor e a dúvida de sua existência.
Bem, cada qual formula em sua mente o ideal amoroso e provavelmente por esta razão, a cada instante, uma lágrima rola, um sorriso brota, um crime acontece e infinitos poemas, sonetos e romances são inspirados.
Infelizmente, nos tempos atuais ele anda em baixa, pois, tem sido sufocado pelo excesso de expectativas que geralmente magoam, fazem sofrer ou simplesmente, frustram.
O que esperar de concreto do amor, além de uma profunda amizade que suporte o inimaginável quando, com ele se sonha?
O amor resiste a dureza das diferenças de quase todas as naturezas, dia após dia e ainda assim, provoca emoção com um toque, um cheiro, um apenas sorriso.
Amor, não nasce ao acaso, isto é o tesão que atrai, aproxima e abre espaço para a busca das benditas afinidades.
Amor precisa de tempo, espaço e experiências.
Amor é resistente, teimoso e guerreiro.
Amor que se acaba é luz fraca que não candeia.


sexta-feira, 4 de maio de 2018

A VÍRGULA



Onde estás que não te encontro e se te encontro, te coloco na gaveta errada.
Minha pressa em escrever o que minha mente dita muito rapidamente, sempre foi um grande empecilho para que eu a colocasse no lugar certo.
Quando eu era garota e estudava em colégio de freiras, isto, há duzentos anos atrás, já era criticada pela professora de português por não colocar as virgulas nos devidos lugares.
Um certo dia, a saudosa Madre Angelina, minha adorável capuchinha, tentou ajudar e me disse que apesar de minha compulsão pela escrita, certamente eu precisava respirar e que neste exato momento, eu deveria colocar a vírgula.
Ela era professora de desenho, imaginem! ...
Pronto, dali em diante é que nunca mais aprendi as regrinhas básicas da confusa gramática, pois passei a respirar e pimba, colocar uma virgula aleatoriamente, o que me obrigou a possuir por todo o tempo, um revisor.
Fui também aliciada a dar continuidade no erro, pois sempre ganhava boas notas, devido ao conteúdo, e aí, a vírgula era só um detalhe que; mais adiante, um bom revisor sempre dele se ocupou.
Nos últimos 50 anos, meu Roberto é o meu revisor oficial, mas nem sempre tenho a paciência de esperar e publico, contrariando suas determinações e aí, vez por outra, crio polêmicas e mal-entendidos.
Ainda bem que pedir desculpas, reconhecendo erros, jamais foi problema para mim, pois também aprendi bem cedo que não seria infalível e que, certamente, deveria assumi-los.
Apenas como correção, gostaria de dizer que ao publicar o pequeno texto “Depósito alternativo”, não desejei afirmar que o Governador Rui Costa estava sendo dispensado, e sim que ele mandava para Itaparica todos os seus lambe-sacos que as outras demais cidades dispensavam.
Ou seja, uma vírgula faz toda a diferença, ainda mais quando existem fakes de plantão, bancados com o erário público, sempre prontos a criarem uma polêmica.
Mas o que importa é que com vírgula ou sem ela é sempre um prazer escrever o que penso e ter vocês como parceiros incentivadores.
Que esta sexta-feira seja abençoada para todos nós.


quinta-feira, 3 de maio de 2018

NOVOS ATAQUES.

Creio que querem que eu saia das redes sociais, provavelmente pelo número de seguidores que arrebanhei 
com seriedade e respeito ao longo de todos esses anos.
Estão insistentemente, tentando criar uma nova imagem para alguém que apenas busca as redes sociais como meio de expressão e compartilhamento saudável e respeitoso.
Fazem comigo, agora o que sempre fizeram com o povo ou seja, mentiras e engodos por todo o tempo com raras exceções.
Mais uma vez, peço desculpas e comunico que apenas publicarei meus textos que podem ser lidos integralmente e deixarei de curtir, compartilhar e comentar para evitar mal entendidos e situações desagradáveis a todo o meu relacionamento online. O Facebook, bloqueou minhas possibilidades de compartilhamento, naturalmente a pedido de alguém que por me conhecer pouco, tenha achado que sou alguma moleca que não tem respeito pelos demais. Quanto as pessoas que dizem que vão tomar providências, deixo inteiramente à vontade, já que sou tão vítima quanto elas. 
No mais, peço novamente desculpas, lamentando morar em um país, onde a política vagabunda seja a mola mestra da verdade.

POLITICAGEM



Infelizmente é tudo que vem ocorrendo no Brasil de forma grosseira e abusiva que testemunhamos e, o que é pior, somos aliciados maciçamente, através das mídias, transformando continuamente, meias verdades e firulas especulativas em verdades indiscutíveis, incitando, principalmente aos desavisados que representam a maioria da população, especialmente nos locais pequenos, pouco evoluídos educacionalmente e onde a mesmice do coronelismo sempre foi a fonte mais convincente da realidade.
Quando me refiro ao coronelismo, não estou sendo literal, mas refiro-me aos grupos dominantes que se revezam simultaneamente, mantendo o povo entre as cercas de seus interesses “políticos”, que na crua realidade, se resumem nos interesses de uma escalada de ascensão e manutenção de poder aliado aos progressos econômicos e financeiros, enquanto o povo continua perpetuando a pobreza em todos os níveis.
Percebo a conveniência dos políticos em manterem viva a crença de que críticas e cobranças são perseguições dos derrotados, sujando de forma vil a postura de uma oposição que deveria ser respeitada pelos propósitos a que se propõe, numa luta incansável de mudar posturas e de se criar uma forma mais saudável de se dirigir as ações tanto do legislativo quanto do executivo.
Este costume corriqueiro e histórico, tem impedido que o verdadeiro progresso adentre em locais mínimos como Itaparica e tantos mais, justo pela desqualificação que é oferecida a toda e qualquer manifestação contrária a quem se encontre no poder, impedindo um real aprendizado dos munícipes, quanto a identificação do lógico em relação a tão somente politicagem de ataques vazios sem qualquer sustentabilidade argumentativa.
Pessoalmente, venho há muitos anos, seja através do Jornal Variedades, seja através da Rádio Tupinambá ou de meus infinitos escritos, despertar nas pessoas esta dignidade cidadã, jogando sistematicamente por terra as firulas ouvidas nos palanques, nos plenários das câmaras de vereadores e nos discursos dos prefeitos que insistem na manutenção de uma politicagem que os mantém sempre no controle de uma plebe sofrida e cada dia mais alienada, vagando entre uma gestão e outra sem sequer perceber em sua maioria  que poderiam estar vivenciado uma existência menos agressivamente pobre e sem perspectivas.
Ontem, ouvi parte da entrevista da prefeita Marlylda Barbuda, pois a transmissão estava defeituosa e minha internet instável, mas como sempre, percebi a mesma postura, esquecendo-se que nós, o povo, não temos que entender de administração pública, e para tanto, elegemos nossos administradores, esperando deles a devida correção na prestação de contas, decepcionando-nos ao ouvi-la que precisou da opinião desta ou daquela pessoa para praticar o seu dever ético e  honesto, que é justo explicar em detalhes a aplicação dos recursos dos Royalties, já que a entrada nos cofres públicos é de domínio também público.
O óbvio do óbvio, magoa e ofende a todo aquele que mesmo não tendo o poder dos títulos adquiridos através do voto, tem o poder de oferecer ou negá-lo a quem quer que seja.
O problema nos países de terceiro mundo, como o Brasil, é que quem ascende ao poder passa a acreditar que são os detentores da verdade absoluta e que os demais que não comunguem com seus métodos administrativos são inimigos que precisam ser agredidos com a desqualificação sistêmica.
 Prestar contas é obrigação, fazer previsões claras quanto ao destino do erário público em obras e melhorias das instituições é dever de todo aquele que está a serviço do povo.
Uma gestão humana é bem mais que estar fazendo entrevistas programadas entre os seus adeptos e sim, e acima de tudo, saber ouvir, pensar e decidir com a devida coerência de atitudes.
Numa gestão humana, não é admissível o atraso de um TFD, da escassez de remédios, da falta de manutenção das vias de acesso da população e de infinitas outras necessidades prioritárias em função de contratações no mínimo duvidosas, aluguéis de veículos, cursinhos contínuos de aperfeiçoamento da equipe do funcionalismo, mordomias só permitidas em cidades cujas arrecadações sejam adequadas. Afinal, os cargos existem para serem preenchidos por profissionais já qualificados, pois não se admite a lógica de se qualificar alguém para exercer suas funções, enquanto o filho de quem paga a este funcionário, não tem recursos para estudar, e o que é pior, não tem uma merenda verdadeiramente saudável, cinco dias na semana nas escolas do município, sem interrupção.
Certamente, com fundamentos, eu e outros mais, poderíamos escrever laudas dos absurdos que sempre foram cometidos pelos nossos representantes legais, sem necessariamente estarmos crucificando-os em ações politiqueiras, apenas e tão somente, apontando as incoerências e arrogâncias que são evidentes e que impediram um também mais eficaz desenvolvimento da cidade.
Certamente que minha razoável inteligência me garante que até as vésperas da próxima eleição em 2020, algumas obras irão ser aplicadas no município a fim de garantir a reeleição, como sempre ocorreu, todavia, até que o bendito ano eleitoral chegue, o povo sofre e, no final, recebe uma pequena parcela, migalhas da sobra de um grande farnel que ele jamais teve o prazer de degustar.
Não sou oposição, apenas quero respeito pelo voto por mim oferecido, busco real humanidade para esta cidade que amo, pela cidadã participativa que sempre fui e pela noção de direito público que anos de estudos, observância e humildade em querer aprender me conferem.


ESPLENDIDO GOZO

De onde surgiu o meu improviso, não sei precisar, mas, com certeza, sempre foi a minha mais autêntica realidade, custando-me em algumas ocas...