domingo, 11 de setembro de 2016

ORATÓRIA, UMA ARMA QUE PODE SER MORTAL


Se tem algo nesta vida que sempre admirei foi a capacidade do ser humano em relação a oratória.
O poder de convencimento em cima de palavras sejam elas fundamentadas em fatos ou simplesmente, fundamentadas numa capacidade generalista que empolga pela grandeza de argumentos que dentro dos lógicos, fazem sentido, mas que quando analisados sem paixão, não passam de firulas apelativas com o poder de envolvimento das massas, pois, quem consegue não ser convencido do ideal sonhado?
Votei pela primeira vez aos 30 e poucos anos e foi em Leonel Brisola para governador do Rio de janeiro e me lembro com paixão de seus discursos quase que intermináveis e que faziam absoluta lógica ao ponto de me fazer esquecer de seu histórico de fazendeiro dos pampas que de pobre só mesmo desejava os votos e a credulidade de acreditar no seu socialismo de abastado.
Mas ainda assim eu o admirava, pela eloquência de seus argumentos utópicos, totalmente fora da realidade social e cultural do Brasil e especialmente de meu Rio de Janeiro e lhe dei o meu voto, ajudando-o a se tornar Governador do Rio de Janeiro e desta eleição, aproveitou-se tão somente o Professor Darci Ribeiro com o seus CIEPS que mesmo mal distribuídos, demonstrou na prática o que poderia ser feito para a condução de uma educação formal mais eficiente, abrangendo a criança e sua família num todo.
De lá para cá, fui me especializando em ouvir e interpretar os grandes oradores, filtrando suas firulas, sonhos e devaneios, na busca constante de ver um pouco mais de realidade em seus discursos emocionantes e envolventes que na realidade nada mais dizem que o lógico que se tornou banal com o qual nos acostumamos a sonhar.
O sonho da cidade ideal, quem não o tem?
O desejo de num piscar de olhos, as mazelas se desfazerem.
Mas é preciso compreender que milagres raramente acontecem e que até 2018, estaremos atravessando mais um bom tempo de um governo de Estado, absolutamente alheio a nossa Itaparica e totalmente falido para o grande Brasil que nele confiou e que, os recursos continuarão a ser minguados por que a cada dia, a fonte lá vai secando graças a Bendita lava Jato que passo a passo está retirando do mercado os pulhas e incompetentes, seja direta ou indiretamente.
Portanto, prefiro acreditar nos simples com pouca capacidade oratória, mas repletos de realizações pessoais para falar, mostrando.
 Prefiro os analfabetos sérios e respeitosos que fazem de suas gestões lições de respeito público.
E continuarei admirando os grandes oradores, como admiro os poetas, pintores e atores em suas benditas representações artísticas.
Mas o meu voto, não levam mais.

Pois, prefiro gente que já provou gostar de gente.

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