terça-feira, 6 de setembro de 2016

MAIS QUE OBRIGAÇÃO


Desde muito garota, observava minha mãe com sua forma de ser forte, determinada, extremamente disciplinada e absolutamente, dócil no trato com tudo e com todos.
Aquele dualismo me fascinava e o mesmo acontecia em relação a minha tia Hilda, irmã de meu pai, que em comum também primava pelo sorriso franco e a alma absolutamente livre, conseguindo ambas, serem excepcionais criaturas em todos os sentidos, sem precisarem se impor ou atravessar os canteiros alheios.
Nesta trajetória ao lado de mulheres especiais, fui percebendo o quanto elas se preocupavam em valorizar as qualidades alheias e não foi uma nem duas vezes que as ouvia dizer que o bom deveria ser valorizado para que não ficasse sufocado em meio a um mundo repleto de agressividades.
Agora, décadas depois, volto a pensar que os exemplos valem mais que mil palavras e que sou grata por delas ter recebido tão poderosa herança, pois ao longo desta minha vida, procurei valorizar o melhor de cada pessoa com quem convivi, podendo então, constatar que elas além de mansas criaturas, também eram extremamente inteligentes, pois perceberam bem cedo que é “dando que se recebe e é perdoando que somos perdoados”.
Não há filosofia nesta afirmativa, apenas a constatação exata dos efeitos imediatos da ação e reação, limitadores ou disparadores das grandezas ou das mazelas deste mundo de meu Deus.
Portanto, que no dia de hoje, sejamos capazes de agir mais cautelosamente ou até mesmo suavemente com aqueles com os quais venhamos a dividir o dia, para que possamos chegar ao final dele em paz conosco e com o tudo mais.
Porque, afinal, é mais que nossa obrigação, cuidarmos da nossa segurança e do nosso bem-estar.



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