Desde muito
garota, observava minha mãe com sua forma de ser forte, determinada,
extremamente disciplinada e absolutamente, dócil no trato com tudo e com todos.
Aquele
dualismo me fascinava e o mesmo acontecia em relação a minha tia Hilda, irmã de
meu pai, que em comum também primava pelo sorriso franco e a alma absolutamente
livre, conseguindo ambas, serem excepcionais criaturas em todos os sentidos,
sem precisarem se impor ou atravessar os canteiros alheios.
Nesta
trajetória ao lado de mulheres especiais, fui percebendo o quanto elas se
preocupavam em valorizar as qualidades alheias e não foi uma nem duas vezes que
as ouvia dizer que o bom deveria ser valorizado para que não ficasse sufocado
em meio a um mundo repleto de agressividades.
Agora,
décadas depois, volto a pensar que os exemplos valem mais que mil palavras e
que sou grata por delas ter recebido tão poderosa herança, pois ao longo desta
minha vida, procurei valorizar o melhor de cada pessoa com quem convivi,
podendo então, constatar que elas além de mansas criaturas, também eram
extremamente inteligentes, pois perceberam bem cedo que é “dando que se recebe
e é perdoando que somos perdoados”.
Não há
filosofia nesta afirmativa, apenas a constatação exata dos efeitos imediatos da
ação e reação, limitadores ou disparadores das grandezas ou das mazelas deste
mundo de meu Deus.
Portanto,
que no dia de hoje, sejamos capazes de agir mais cautelosamente ou até mesmo suavemente
com aqueles com os quais venhamos a dividir o dia, para que possamos chegar ao
final dele em paz conosco e com o tudo mais.
Porque, afinal,
é mais que nossa obrigação, cuidarmos da nossa segurança e do nosso bem-estar.
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