sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

VOLTEI

Persistente, aparentemente incansável, cá estou eu novamente escrevendo, mesmo depois de dizer e escrever no texto de ontem que aquele seria o último do ano.
Que coisa, hein!
Para falar a verdade, até tentei ficar longe de minhas letrinhas, mas fazer o quê, se a compulsão me domina e me lança sem pedir licença a esta tarefa, como se fosse um vício poderoso, mais forte que até mesmo um possível cansaço absolutamente natural que estou sentindo, se não pelo reconhecimento de que estou uma senhorinha, pelo menos pelo fato indiscutível de que somente neste ano produzi cerca de mais de 300 textos, afora um ensaio, que ainda não acabei, sobre a vida após o fenecimento físico, tema que me fascina e me faz mergulhar no imaginário humano, meu e de muitos mais em busca se não de uma verdade, pois, afinal, somente depois que eu morrer terrenamente é que terei certezas, pelo menos, adentrar neste universo de fantasias das quais nos fascinam em seus estereótipos absolutamente surreais que as nossas mentes, ávidas em perpetuar a vida, nos inspiram e nos consolam.
E nesta roda circulante de letrinhas e emoções, vou vivendo minha vidinha nesta terra maravilhosa, sentindo mais calor que nunca e pedindo a Deus, esperando que verdadeiramente ele exista, que me permita continuar a usufruir deste cansaço e de todos os demais que ele queira me fazer passar, pois somente assim terei a certeza de estar Vivinha da Silva, usufruindo da maravilha que é poder respirar, sentir e amar.
Penso então, já que, afinal, não estou escrevendo nada específico, que o que mais gosto é de sentir justo a companhia de uma infinidade de amigos, que chamo de energéticos, e que sinceramente ainda não consegui saber de onde veem exatamente e por que estão sempre junto a mim, mas que são sentidos com total realidade, inclusive, sendo responsáveis por eu poder ser considerada meio esquizofrênica, pois além de tudo, possuo bastante intimidade com estes amiguinhos que, longe de serem sobrenaturais, são meus parceiros no cotidiano, fazendo com que eu me sinta por todo o tempo devidamente acompanhada e, portanto, jamais sozinha.
Nossa! Haverão de pensar, enquanto leem estes meus escritos, o quanto sou esquisita e imaginativa.
Tudo bem se pensarem assim, entretanto, se pensarmos que milhões de pessoas no mundo inteiro, creem que exista um plano celestial, aonde chegamos após a morte terrena, e somos encaminhados a determinados outros planos evolutivos, inclusive com direito a leitos hospitalares, parques recreativos, e etc. e tal, e que milhões de livros são editados, filmes rodados e uma infinidade de outros entretenimentos são produzidos, justo para satisfazer a necessidade humana de se sentir eternizado, escrever como eu, uma crônica aqui outra alí e afirmar ter amigos que somente eu posso enxergar, não pode ser, afinal, nenhuma tão grande aberração.
Não é mesmo?
Creio, todavia, que a diferença reside em tão somente eu admitir tê-los sem usar por todo o tempo desculpas ou muletas, preferindo assumi-los, dando a eles nomes e até sobrenomes, pois afinal, os amigos ou “fantasmas” , como queiram, são meus e eu os chamo como melhor possa me parecer.
E aí, quando faço estas afirmações, sei que ganho muitos desafetos, pois compreendo que pode parecer bem mais seguro ser-se normalzinho, igualzinho a outros, que já foram aceitos em seus devaneios ditos divinos, enquanto, esta louca da Regina a tudo rejeita como sendo sobrenatural, preferindo crer que exista uma inteligência universal, composta pela somatória de todos os entendimentos cósmicos e que algumas, ou até mesmo muitas pessoas terrenas, são capazes de absorvê-la de acordo com seus graus de afinidades.
Nossa!...
Isso é coisa para se escrever no último dia do ano?
Cruz credo, mulher!
Vai procurar o que fazer.
Fala sério...
Enquanto isso, como sempre, opto por não ouvir as críticas e fecho, agora sim, o ano de meus escritos, agradecendo a alguns destes parceiros incríveis que amo e que me inspiram e que batizei ou se batizaram, na verdade, não sei bem qual a realidade, mas o que sei é que os chamo de:
Juan Emanuel, Raimundo, Pedro, Raquel, Gustavo e Rogério, Cícero, Augusto, Ernesto, Andrè, Roger, Antero, Martha, Guilherme, Augusto.... e por aí vai.

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