sábado, 4 de dezembro de 2010

CONTRA PONTO

Ontem, tão logo terminei de escrever sobre os cajus maravilhosos que recebi de meu amiguinho Luiz, embarquei no Ferry Boat para ir à Salvador, almoçar na casa de Eloysa, uma querida amiga.
E aí, fui observando ainda no terminal que tudo por lá está com uma aparência de abandono e então lembrei-me da sujeira e decadência que era antes da TWB assumir os serviços.
Apesar de termos inúmeras reclamações, pois certamente os serviços poderiam ser de melhor qualidade, é preciso reconhecer que, inicialmente, houve uma substancial melhora. Tanto que o fato de não estar havendo continuidade, pelo menos quanto ao asseio, manutenção dos terminais e ferrys logo chamou minha atenção.
O atendimento, pelo menos noturno, dos funcionários para com o público, nos guichês e catracas, também poderia passar por uma reciclagem, afinal, um sorriso, uma BOA VIAGEM, não custa nada, não é mesmo?
Faço uma ressalva às paredes laterais dos corredores de acesso que poderiam receber uma mãozinha de tinta para que seus usuários pudessem se sentir mais prestigiados, acreditando que a empresa preocupa-se em oferecer sempre o melhor.
Que tal a sugestão?
Mas então, entre uma enxugada de suor no rosto, pois o sistema de ventilação não estava funcionando e a visão indescritível da beleza da Baia de Todos os Santos, tomo um gole de água mineral e penso no quanto sou um ser privilegiado de poder estar vivenciando toda aquela maravilha e, de repente, nada mais tem importância maior que esta realidade que se descortina diante de mim e de tantos mais.
Olho ao redor e me pergunto se todas aquelas criaturas, assim como eu, também estão apreciando ou se simplesmente olham, mas não enxergando, por estarem presas a seus próprios pensamentos, repletos de mil coisas a serem resolvidas.
Ao contrário, minha mente se esvaziou e só me dei conta do quanto eu tinha me permitido relaxar, quando finalmente o navio apitou. E lá, diante de mim, estava majestosa a senhora Salvador, com o sol refletindo nela todo o seu magnetismo, deixando fagulhas brilhantes de muita luminosidade, oferecerendo um espetáculo de suntuosidade pelo menos a mim, apaixonada inveterada por esta Bahia colorida, cheirosa, saborosa e apaixonante.
Diante deste quadro fantástico, pisco os olhos para conter a emoção, falo alguma coisa com meu marido, justo para não me tornar repetitiva quanto aos infindáveis elogios que costumo fazer a esta bendita terra que abracei como minha e na qual fui abraçada com absoluta ternura e generosidade, a qual me curvo e digo:
- Obrigado
Que o dia de hoje, seja de absoluta paz à todos vocês, meus parceiros virtuais, lembrando-os carinhosamente que somente nós somos capazes de produzir o nosso próprio bem estar, cultivando com esmero e determinação a certeza indiscutível de que nada mais pode ser mais importante do que o milagre de nossa própria vida.
Filosofia?
Conversa!...
Apenas emoção e, é claro, DEUS nas intenções.

Um comentário:

  1. Oi querida regina, hoje estava debaixo de uma paineira que plantei em frente minha casa. Estava me sentindo tão bem, respirando aquele ar puro me lembrando que devia agradecer por estar viva . e agora você diz que somos responsáveis por produzirmos nosso bem estar. Assim tento fazer. Um abraço fraterno e bom final de domingo.

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De onde surgiu o meu improviso, não sei precisar, mas, com certeza, sempre foi a minha mais autêntica realidade, custando-me em algumas ocas...