Pois é, acordei cedinho neste 25 de dezembro, como faço em todos os demais dias e não foi que, para minha surpresa, este amanhecer foi absolutamente diferente dos demais?Bem... Talvez, pensando um pouco, não tenha sido diferente, apenas um pouco mais conscientizado, o que para uma pesquisadora emocional, trata-se de uma oportunidade fantástica de um novo aprendizado.E aí, penso também que não se trata de um privilégio ou uma prerrogativa de alguns como eu, apenas se trata de um interesse maior em não desconsiderar qualquer aspecto vivenciado, reconhecendo seus efeitos na estrutura física, consequência da estrutura interligada do mental e dos sensitivos em sua produção constante de emoções.Pode até parecer complicado ou fazer crer que, para tanto, precisar-se-á de uma vigilância permanente e ininterrupta, o que na realidade seria contraproducente e totalmente contrário aos princípios básicos do naturalismo, que é justo estar absolutamente livre para estar-se integrado à própria existência.
Na realidade, tudo quanto precisamos é de um despertar de amor à vida que, em algum momento, percebemos ser o nosso bem maior.
E esse despertar, pode ocorrer de formas variadas, espontâneas ou induzidas, bastando tão somente que estejamos atentos. Talvez, este seja o maior obstáculo que temos que enfrentar, já que não estamos habituados a ter atenção conosco, priorizando a observância que deveríamos ter em relação aos sinais que, invariavelmente, nossa estrutura biofísica demonstra por todo o tempo.
Somos tão absurdamente desatentos que desconsideramos a dor, a febre e outros sinais extremos, substituindo uma atenção maior por pequenos e, em sua maioria, apenas paliativos, que camuflam os sinais e, com isto, deixamos desenvolver problemas que podem se tornar graves, justo porque nos habituamos a simplesmente crer que nossa máquina de sustentabilidade é tão somente um item sem importância maior, além do aparente estético.
Em meio a todos estes pensamentos que me ocorrem nesta manhã de feriado Natalino, olho através da janela aberta diante de mim e me encanto, como se novidade fosse o fato concreto de que posso enxergar minhas árvores frutíferas, o céu ainda acinzentado, ameaçando uma rápida chuva de verão, posso ainda sentir o vento gostoso que vem até a mim, refrescando o calor que resolveu não dar tréguas, assim como posso ouvir os sabiás, rolinhas e bem-te-vis em suas cantorias de bom dia e, se não bastasse, mesmo sem respirar profundamente, sinto os aromas dos cajus, das mangas, das pitangas, das acerolas e então me toco que estou sentindo a vida que reside em mim e isto pode ser uma sensação maravilhosa, porque afinal, desperta para a relevância do poder interativo com o universo que existe.
E se é possível senti-lo em sua biodiversidade, certamente também representa um agente agregador de fundamental importância, capaz de restaurar-nos , capacitando-nos por todo o tempo a despertarmos para as nossas responsabilidades maiores que se resumem em um único item que é o amor que devemos cultivar por nós mesmos, na certeza absoluta de que somos uma máquina perfeita, uma ciência exata que só precisa de cuidados e permanente manutenção, tal qual a que oferecemos a tudo que acrescemos aos nossos cotidianos de humanos sistêmicos.
E neste viajar de emoções que já me são íntimas, vejo-me novamente surpreendida, como ocorre a cada manhã em que disciplinarmente abraço a vida, buscando em cada uma delas um pouco mais de sabedoria para justamente separar o joio do trigo em tudo que faço ou sinto, cumprindo sistematicamente o meu dever de não perder o foco maior de minha existência, que é justo manter o meu direito em ser saudável, alegre e feliz, independentemente de dispor de qualquer outro item que o sistema social, no qual eu esteja inserida, me imponha.
Pense nisso, e se quiser, comece ainda hoje, no dia em que se comemora o nascimento de Jesus, seguir o seu único simplíssimo mandamento que foi:
-AME A TEU PRÓXIMO COMO A TI MESMO.
E o teu próximo é tudo quanto possas sentir, enxergar ou tocar, a começar por ti mesmo.
BOM DIA e FELIZ NATAL
sábado, 25 de dezembro de 2010
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