terça-feira, 14 de dezembro de 2010

CUIDADOS ESPECIAIS

Gosto de acompanhar os noticiários da Globo News, justo porque são mais completos em suas informações ao contrário dos jornais dos horários nobres que tão somente representam instantâneos eletrônicos que indubitavelmente informa, mas não dão tempo e espaço entre uma notícia e outra para que foquemos em qualquer entendimento maior.
Por outro lado, o excesso de detalhismos, hoje bastante comum e apreciado por uma gama imensa da população, e que salvo engano, começou com o jornalista Gil Gomes no SBT em São Paulo, no início dos anos 80, sinceramente me cansa, chegando inclusive a me revoltar em certos momentos em que o profissionalismo sério cede lugar a embromologia, ao abuso de muitos dos direitos constitucionais dos cidadãos envolvidos em clara e franca exploração da miséria humana.
Descobriu-se o filão do sucesso de audiência e a TV, então, em determinados horários, passou a apresentar, como dizem seus comandantes televisivos, a realidade do cotidiano, ao vivo e a cores, inclusive na hora do almoço, onde a família passou a conviver, tendo que engolir juntamente com o arroz e o feijão, toda uma violência que é real, mas que necessariamente não deveria estar sendo exposta de forma tão inconseqüente e sem qualquer propósito agregativo que verdadeiramente significasse informação.
O que venho observando ao longo de muitos anos é que se foi criando um sentimento cruel de indiferença e banalidade, e como a mente humana é uma caixa representativa de infinitos processamentos, também vejo se desenvolvendo aceleradamente uma desagregação social em prol de um exclusivismo doentio que inclusive induz sorrateiramente ao contrário do que obviamente se supõe, pois deveria pela lógica levar as criaturas ao horror em imaginar-se naquela mesma situação.
Acredito que existam estudos psicológicos sendo feitos a respeito, quanto aos malefícios de tantas e constantes informações, principalmente em relação às crianças de variadas faixas etárias que permanecem expostas a absorção auditiva e visual, das barbáries que acontecem principalmente nos grandes centros metropolitanos.
O método repetitivo é largamente utilizado, provocando um efeito massacrante à mente que vai aos poucos perdendo sua capacidade avaliativa de seleção de qualidade do que lhe convém, para se tornar um mero receptor que por razões cognitivas de efeito prazeroso, desperta em cada criatura um grau de sadismo que vem se expressando de formas diversas em simples e corriqueiros relacionamentos de quaisquer naturezas.
O problema social, provado por este tipo distorcido de pseudo jornalismo que na realidade tão somente cria os Ídolos das Desgraças, largamente camuflado com um véu de apoio social, mostra exatamente para qualquer pessoa com um mínimo de base avaliativa, indiferentemente dela ser catedrática seja lá do que for, o quanto pode ser danoso ao desenvolvimento psico-social das mentes ainda em formação, assim como extremamente viciante a qualquer criatura, tornando-se ao longo da exposição tão corrosivo quanto qualquer droga conhecida e condenada.
Mas, fazer o que?
Se o importante é que oferece notoriedade para quem se dispõe a praticar este estilo que chamam de jornalismo, as empresas anunciantes, cada vez mais se dobram a este estilo de penetração popular que já está no topo das mais rentáveis, as emissoras apesar de ser uma concessão têm em seus diretores profissionais da lucratividade.
Fica restando a todo aquele, e olha que são muitos, que rejeita os abusos desta natureza, vendo claramente nelas o engodo e a indiferença a qualquer item de qualidade ou benesses jornalísticas, que não seja para si mesmo, o direito sagrado de pesquisar os malefícios e denunciá-los, nem que seja nas redes sociais, como faço neste instante, na esperança de manter ainda em evidência aqueles que respeitosamente imprimem ao jornalismo o seu básico e essencial objetivo que é o de informar para integrar educando.
PRESTEM ATENÇÃO, quanto ao que seus filhos, netos ou sobrinhos assistem pela TV, afinal tudo pode ser indutivo a formação do caráter e as informações noticiosas, também, podem ser danosas, quando são fornecidas sem qualidade e tão pouco parâmetros de limites.
Certos cuidados especiais quanto ao que eles ouvem e vêem é a forma mais simples e eficaz de demonstrar amor, afinal, pode até não ser a solução mágica, mas que ajuda a se criar mentes menos poluídas com o lixo urbano, isto também é incontestável.
BOM DIA!

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