quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

OSCAR, O GRANDE.

Acabei de assistir o documentário que foi feito em 2006, homenageando o arquiteto da Invenção, Oscar Niemayer, por ocasião das comemorações de seu centenário.
É sempre um imensurável prazer ouví-lo em suas dissertações filosóficas a respeito do sentido maior do respeito humano. Classificando-se, por toda uma existência, como ainda comunista, mas em todas as ocasiões em que pude escutá-lo e apreciar a leveza de seus projetos, enxerguei nele um homem e seu design de socialista na mais pureza de suas expressões, onde não há lugar para hipocrisias populistas, mas, tão somente, soluções práticas e absolutamente despojadas, onde o homem em sua essência de potencialidades possa manifestá-las através de uma liberdade expressiva, fruto de uma estruturação física e emocional, oriunda de uma vivência embasada em princípios básicos, mas fundamentais de sustentabilidade própria em meio a um social que, momentaneamente, se encontra absurdamente destorcido.
Neste documentário e até no que sei, nos dias atuais, seu ritmo de trabalho e produção criativa continuam a cada dia mais intensos, parecendo-me que só comparado a Picasso em sua genialidade e produtividade em pleno esplendor de um aparente fim de linha.
Recomendo emocionada que procurem na Editora Abril e vejam e revejam em todas as ocasiões que se sentirem desanimados, desiludidos, com vontade de chutar tudo para o alto, quando acharem, ou vocês se acharem, que nada mais podem criar ou produzir, se sentirão, então, infinitamente capazes se assim se projetarem.
Durante toda a minha vida, proibi-me de dizer:
-Não posso.
Autorizei-me a dizer:
-Não sei
E permiti-me a dizer:
- Me ensine.
Com estes três comandos mentais, fui convidando o universo com toda a sua inteligência energética a permanecer me aceitando em suas benditas interações participativas, e aí, bem..., tudo faz sentido, inclusive e, principalmente, reconhecer os benditos talentos sempre solidariamente doadores, esperando discípulos interessados em não deixar parar ou morrer este ciclo maravilhoso, perfeito e ininterrupto que é a vida.
Faltam 10 dias para o Natal. Que tal, mudar de postura?
Trocar a preguiça, os enfados, a irritabilidade, a falta de senso de humor que normalmente leva à grosserias ou ao descaso e pense no quanto você pode chegar neste final de ano se reconhecendo um alguém mais forte, mais humano, participativo e mais bonito no seu papel de pessoa menos arrogante e mais sincero e solidário com o seu direito de ser mais harmonioso e feliz por um maior tempo possível, nesta viajem terrena, que, afinal, meu bem, é sempre tão curtinha, até mesmo para um senhor genial, como o Sr. Oscar Niemeyer, que já está com 104 anos, produzindo como nunca.
E aí, as rugas e a física maldita que faz pender peitos e bundas, ficam relegados a um plano bem pequenininho, diante do poder mágico de se sentir por todo o tempo um alguém muito ligado no único item que tem real importância, que é viver e que não está nem aí pro azar, mandando a merda e sorrindo, sem qualquer stress, tudo e todos quantos queiram invadir o seu reduto pessoal de paz absoluta.

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