O dia amanheceu
ensolarado e como de costume sento-me diante do notebook, mas nada consigo escrever,
sendo que incrivelmente, minha mente está repleta de sugestões, esperando
apenas como de infinitas outras vezes, que eu apenas escolha a que melhor me
aprouver.
Mas qual,
meu pai seria a ideal, se todas se resumem numa sempre parceria, onde eu
escrevia e você meu amor lia e em seguida dava a sua preciosa opinião.
Quem afinal,
será o crivo de meus sonhos e ideais?
Quem me dirá
se é oportuno ou não, emitir este ou aquele parecer sobre qualquer questão?
Quem
corrigirá meus insistentes erros ortográficos com piadinhas infames que me
irritavam, mas que eu dava de ombros, pois, afinal, você sempre tinha razão.
Mas o melhor
de tudo eram os comentários que trocávamos nos longos e incansáveis papos nos
cafés da manhã.
Juntos
desenhamos sonhos em relação a nossa Itaparica que nos últimos 18 anos,
tornou-se o centro de nossa fascinação e idealismo, levando-nos a solucionar a
cada manhã um velho e carcomido problema urbano/ social, como se juntos fossemos
capaz de promover com um único “toque de
midas” infinitas realizações.
Sonhamos,
idealizamos, criamos e mesmo as vezes perdendo ou não podendo realizar, fosse o
que fosse nos 54 anos de cafés da manhã, jamais perdemos a fé e a vontade de
tão somente caminhar de mãos e almas dadas.
Nesse
instante que relembro dos nossos amanheceres, percebo que mesmo agora, estando meu
amor em outro plano espiritual, nossos cafés das manhãs permanecerão repletos
de cumplicidade.
Então
sorrio, pois estou escrevendo...
Percebo
fascinada que separados éramos discretos riachos, mas juntos tornávamos um só rio
caudaloso, tendo como guias constantes as benditas margens de amizade e lealdade
que definitivamente, permanecerão fiéis ao nosso trajeto que mais uma vez se altera,
porque, afinal, representam vida que jamais deixará de ser surpreendente e irresistivelmente
bonita .
NOTA:
Aproveito para agradecer a todos que manifestaram seu pesar a mim e aos meus
filhos, cobrindo-nos da certeza de que tudo valeu e sempre valerá se formos capazes
de em nossas labutas diária, não esquecermos de que tudo é passageiro e que
precisa ser regado com amor.
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