O dia ainda
não clareou, mas como de costume cá estou pensando e ao mesmo tempo imprimindo
em mais um texto o quanto estou gratificada por ver, dia a dia, a minha determinação
de anos a fio, vir se conscientizando através dos posicionamentos de grande
parte do povo itaparicano.
Quando conseguimos
nos colocar com direitos e deveres enquanto cidadãos, percebemos o quanto somos
células importantes no contexto social e não apenas mais um número das estatísticas,
e aí, abrimos a porta do querer ir mais além, pois, compreendemos o quanto
somos necessários, independentemente da extensão de nossas posses econômicas/
financeiras ou nível de escolaridade.
No cotidiano
de nosso ambiente social, o surrealismo se apresenta de forma tão brutal que se
não nos atermos a planejar, organizando as prioridades, dificilmente
encontraremos o caminho do bom senso, onde possamos atingir metas que sejam
universais, pois não há desenvolvimento de absolutamente nada se houver divisão
de intenções.
E então,
valorizamos e aplaudimos cada conquista sem perder o foco da amplitude de sua
utilização e de seu custo benefício.
De que,
afinal, a senhora está falando?
Falo da
minha alegria em ler através do Facebook que obras e ações serão entregues a partir do próximo
dia 10 de agosto pela atual gestão de Itaparica, no entanto, não me permito
esquecer que por longos e dolorosos três anos, o muito que poderia ter sido
feito em pontos onde o cruel acesso era e ainda é, absolutamente doloroso e
muitas vezes, impossível ou da fome que permaneceu por todo tempo escondida na
indignidade da demora em ser sanada nos redutos mais que evidentes, sem
esquecer da dor que se obrigou novamente a mendigar e a receber em conta-gotas algum alívio e de um tudo mais, bem aquém do
prometido e do possível de ser realizado.
Estou tranquila,
porque posso avaliar as conquistas sem achar que são favores e sem esquecer do
volume de recursos que mal empregados me impede mais uma vez de ver a minha
cidade se desenvolvendo como deveria e poderia, assim como enxergo com nitidez
as velhas manobras eleitoreiras maliciosamente se apresentando.
Não estou
disposta a esperar mais três anos, armazenando esperanças de que, quem sabe nos
próximos quatro anos os interesses políticos cheguem a minha porta.
Quanto a
você, se foi contemplado ou não, só posso induzi-lo a avaliar o seu próprio cotidiano
sem esquecer do tudo mais que se encontra abandonado, mergulhado na lama, no
lixo, na ausência de uma sistematização coesa e humana de propósitos e na expertise
de lhe fazer acreditar que não haviam recursos necessários e, finalmente nos
interesses políticos que ditaram as prioridades.
E que alguns
não me venham dizer que estou também só fazendo política partidária, pois
enquanto, a maioria de vocês, políticos e apoiadores, cuidavam tão somente de
sua vidinhas, euzinha, escrevia, falava, corria pra lá e para cá durante as
semanas, meses e anos que se sucediam, lembrando as autoridades das demandas
evidentes e macabras do nosso atraso surrealista, procurando atender todo
aquele que buscava algum tipo de socorro.
DIGNIDADE
JÁ!
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