Imaginem
alguém que acorda pela madrugada, ligada em 220 volts, não ter internet e sem
poder fazer os costumeiros planos em que a rua é o astro principal.
Vise, a
coisa é preta, e aí, penso numa certa “perseguida” e me sinto a própria, sem
rumo e sem prumo, pois, só mesmo a passarinhada chega no nosso quintal, fazendo
a costumeira algazarra, da qual, já nos acostumamos.
E até o meu
cãozinho, despertador pontual, continua dormindo sem qualquer disposição,
enquanto eu, sozinha, sentindo-me perseguida, busco o Word também solitário, para
com ele descrever a sensação do abandono, pois, até mesmo a CALNET, que neste
instante revoltada, chamo de rapariga safada, resolveu me abandonar.
Penso então,
no CORONA VÍRUS e no estrago que vem fazendo e me sinto envergonhada, afinal,
se não tenho internet e tão pouco posso fazer planos para bater “minhas coxias”,
como dizia minha mãe, com certeza tenho a vida, a saúde e a disposição para
esperar esta dura fase passar, para de novo retornar as minhas adoráveis
distrações.
Por hora,
dou graças a Deus, por ninguém de minha cidade ter sido contaminado por este
vírus traiçoeiro, invisível e devastador, que pode estar em qualquer lugar, aonde
a inconsequência humana possa direcionar.
O certo é
ficar em casa, mantendo tudo asseado, higienizando as compras que chegam do
mercado, lavando sandálias e roupas, mesmo que pareçam limpas, pois assim, logo,
isso tudo há de passar.
Penso então,
que hoje é sábado de Aleluia e, de repente, volto a lembrar de uma também “perseguida”
e no que ela hoje se livrou, já que nos últimos anos como Judas oficial, se viu
pendurada nos postes, queimada e achincalhada, sem dó ou qualquer piedade,
mesmo não havendo provas e sim, “muitos ouvi dizer”, do crime de traição, por
ter vendido todos nós, por trinta moedas de prata.
Bom dia queridos
amigos, neste sábado de aleluia, sem Judas para se malhar, internet para
navegar, mas com certeza, imaginação para sorrir.
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