domingo, 12 de abril de 2020

DOMINGO DE PÁSCOA



São 4.52 da manhã e já estou imaginando as infindáveis mensagens e vídeos tocantes e espirituais que vou ver e ouvir nas redes sociais, tal qual, aconteceu no Natal, que dá ao distraído a sensação de que os seres humanos neste mundo de meu Deus, nas suas relações fraternais, finalmente vão num rumo mais amoroso e menos cruel.
Qual nada, tudo é muito pontual, como um espetáculo que se encerra, quando as luzes se apagam e as cortinas se fecham e cujos preços a serem pagos nas bilheterias são os presentes ofertados e as íntimas esperanças renovadas, de se sentir  habitando em um mundo melhor.
Que bom seria, se no apagar das luzes a realidade fosse menos devastadora, onde as diferenças fossem absolutamente normais, numa convivência menos egoisticamente burra, porque, afinal, cada ser humano se vê molestado de alguma forma, onde o respeito não faz morada.
Na minha falta de total devoção religiosa, onde não há intermediários no meu convívio com a espiritualidade, rogo às energias benditas deste universo infinito que tirem as vendas de nossas mentes e nos tragam a bendita sabedoria universal, a mesma que inspirou almas generosas que a história da humanidade relata, para que possamos substituir o medo existencial que nos consome e que é o impulsionador das mazelas sociais que produzimos, pela generosidade inteligente e pela altivez da humildade, tão possíveis de serem encontrados em nós..
Rogo a Deus de quem sou imagem e semelhança, poder ser reconhecida e reconhecer o outro em ti.
Amar e ser amado como tu nos ensinastes, para finalmente, podermos existir em todas as dimensões, onde as tuas vibrações estejam presentes.
Que a ressurreição de Jesus se opere em cada um de nós.

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