São 4.52 da
manhã e já estou imaginando as infindáveis mensagens e vídeos tocantes e
espirituais que vou ver e ouvir nas redes sociais, tal qual, aconteceu no Natal,
que dá ao distraído a sensação de que os seres humanos neste mundo de meu Deus,
nas suas relações fraternais, finalmente vão num rumo mais amoroso e menos
cruel.
Qual nada,
tudo é muito pontual, como um espetáculo que se encerra, quando as luzes se
apagam e as cortinas se fecham e cujos preços a serem pagos nas bilheterias são
os presentes ofertados e as íntimas esperanças renovadas, de se sentir habitando em um mundo melhor.
Que bom
seria, se no apagar das luzes a realidade fosse menos devastadora, onde as
diferenças fossem absolutamente normais, numa convivência menos egoisticamente
burra, porque, afinal, cada ser humano se vê molestado de alguma forma, onde o
respeito não faz morada.
Na minha
falta de total devoção religiosa, onde não há intermediários no meu convívio
com a espiritualidade, rogo às energias benditas deste universo infinito que tirem
as vendas de nossas mentes e nos tragam a bendita sabedoria universal, a mesma
que inspirou almas generosas que a história da humanidade relata, para que possamos
substituir o medo existencial que nos consome e que é o impulsionador das
mazelas sociais que produzimos, pela generosidade inteligente e pela altivez da
humildade, tão possíveis de serem encontrados em nós..
Rogo a Deus
de quem sou imagem e semelhança, poder ser reconhecida e reconhecer o outro em
ti.
Amar e ser
amado como tu nos ensinastes, para finalmente, podermos existir em todas as
dimensões, onde as tuas vibrações estejam presentes.
Que a
ressurreição de Jesus se opere em cada um de nós.
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