Existem
tantos acordos espúrios de interesses em relação aos erários públicos, que as
nossas vãs filosofias de simples mortais, não conseguem alcançar, que dirá
provar.
Sinto por
toda a minha vida produtiva, que existe uma morosidade nos órgãos
fiscalizadores, dando até mesmo a suposta falsa impressão de que são cúmplices (alguns
são), desta situação histórica em nosso país.
Tudo parece
um eterno girar que sempre volta ao início, sem alterar absolutamente nada,
pois, ao povo, fica como opção apenas, olhar, reconhecer as improbidades, mas
tendo que se conformar, pois o sistema judiciário é lento e o legislativo
extremamente corrupto e omisso.
Para quem
acompanha fora da raia principal, como um cavalo independente, o cenário
político, mas que em ocasiões específicas dividiu a mesma raia, sabe com
tristeza que nada, absolutamente nada, irá mudar, se o povo não se unir em
favor do próprio povo.
Enquanto, as
figuras A ou B, representarem o bem-estar individual nas avaliações e for mais
importante que o bem-estar da cidade como um todo, a vantagem sempre será do
falso convencimento, jamais da veracidade de propósitos.
Impossível a
uma gestão, consertar em quatro anos, um abandono de décadas, mas com certeza,
pode e deve ter responsabilidade em aplicar de forma disciplinada os recursos públicos,
a fim de poder estender os tentáculos da restauração, ao mais variado panorama
possível.
Como em todas
as demais cidades, também em Itaparica existem locais historicamente sofridos e
extremamente dolorosos para os seus habitantes, onde os recursos recebidos não
foram aplicados, abrindo uma brecha amarga nos corações daqueles que, hoje, se
sentem enganados e frustrados nas suas generosas doações de confiança ao
depositarem esperançosos seus preciosos votos nas urnas.
PROMESSAS E
MAIS PROMESSAS, DESCULPAS E MAIS DESCULPAS, ACORDOS E MAIS ACORDOS, tudo
acontecendo aos olhos de um povo simples, ingênuo, mas jamais cego ao ponto de
engolir gato por lebre.
Por incrível
que possa parecer aos entendimentos egocêntricos de nossos políticos, o povo
brasileiro está, a cada dia, mais informado sobre as formas esdrúxulas e
abusivas com que o erário público é usado em detrimento de suas próprias
qualidades de vida, e está, mesmo lentamente, se conscientizando e dizendo não
aos seus algozes.
Há quem
ainda se engane, existem os que por motivos de vantagens pessoais, fingem que
não vê, e existem os que por total decepção, fujam da verdade, mas também há
gente como eu e tantas mais que insistem nas mudanças que possam aos poucos ir
corrigindo esta dura banalidade administrativa pública brasileira, que afronta
e aprisiona o bem comum.
Um cidadão
na plenitude de seu bom senso e respeitabilidade pessoal, não pode admitir uma
folha de pagamento tão ampla e dispendiosa, favorecendo os de fora ou tão
somente amigos, dispensando a qualificação, em detrimento dos munícipes locais,
luxos e salamaleques, enquanto, a maioria do povo, pisa na lama, respira o
chorume dos lixos das esquinas e lotes vagos, convive com matos, ratos, baratas,
mosquitos e toda sorte de vírus e bactérias, até mesmo, com o esgoto a céu
aberto, e dependendo do suporte Federal para não fenecerem de absoluta fome,
numa cidade de dimensões mínimas, mas com uma arrecadação orçamentária considerável.
É preciso
que tenhamos um mínimo de respeito próprio, para não mais aceitarmos feitores
cruéis travestidos de bondade, mas sempre com o chicote na mão, para nos fazer
dançar ao ritmo de seus próprios interesses, numa contínua escravidão
emocional.
Porque,
minha gente, pior que ser escravo ingênuo de um sinhozinho malvado é estar
submetido a ele, mesmo reconhecendo suas crueldades, mas tendo também de
reconhecer o seu próprio fracasso em não saber ou não poder soltar-se das
correntes, geralmente por incompetência, covardia ou, o que é pior, aspiração
em galgar o mesmo status.
Afinal, todo
assessor de reizinho de periferia que se preza, sonha em um dia ser o protagonista
de mais uma peça mambembe nos teatrinhos dos palanques da vida.
Que Deus nos
abençoe e vá, aos poucos, clareando as nossas intenções e visões,
libertando-nos das correntes dos senhores dos poderes, que nós mesmos elegemos.
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