sábado, 30 de novembro de 2019

NÃO PODEMOS ESQUECER.



E aí, o brilhante sol voltou a dominar os céus de nossa Itaparica, trazendo alento aos nossos corações sofridos, pelos transtornos do início desta semana.
Rogo a Deus que, como já aconteceu em tempos passados, não permita que o prazer que ora nos traz, nos faça esquecer das perdas e da sensação dorida do abandono que, literalmente, dominou nossas vidas, dando-nos discernimento e principalmente a bendita consciência de que merecemos ser tratados com mais respeito e consideração.
Existem momentos na vida em que um abraço, uma palavra ou um simples compartilhamento na dor, valem mais que tudo.
Não podemos esquecer que o município dispõe de uma inserção de recursos jamais vista e que é inadmissível, até mesmo para a mais ingênua das criaturas, não mensurar o que isto representa se aplicado ao bem-estar da cidade.
O tão somente atendimentos das áreas onde existem currais eleitorais expressivos, ilustres vereadores, amigos íntimos ou candidatos que trazem consigo uma gama de votos a ser considerados, se por um lado é bom para os munícipes destas localidades, por outro, frustra uma infinidade de outros, pois ficam claras as intenções de não se estar governando para todos.
Lagrimas enxutas, mente lúcida, coração calmo, decisões lógicas.
Pensem no quanto é possível amenizar-se os transtornos que a natureza produz com competência e seriedade nas providenciais prevenções, quando, se tem dinheiro e qualificação para tal.
“O me engana que eu gosto” é o mesmo que abraços e sorrisos do falso amigo, pois nele confiamos e dele não esperamos traição.
Já não somos mais uma cidade pobre, o que resta é, tão somente, um povo que continua pobre.
Isso é justo?
E quanto ao fato de nós munícipes que nos recusamos a ver as improbidades calados, sermos chamados de fofoqueiros, bocas das desgraças, invejosos e desejosos de mamar nas tetas da vaca  e, agora, navegantes, creio que nada mais são, que deboches, posturas mais que conhecidas e constantes dos ingratos, acostumados a cuspirem no prato que comem.
Todavia, também é sabido que todo peixe acaba morrendo pela boca.



CICLO INTERMINÁVEL


E as chibatadas continuam incessantes a cortar a pele já marcada e doída.
E apesar de não existirem mais troncos e chicotes de couro, ainda resistem as crueldades humanas.
Até quando, meu Deus, com uma só palavra ou ação homens e mulheres, serão destruídos por outro ser que se diz humano.
Será esta, uma sina para todos, em todos os tempos, fugir
da ira, da inveja e das loucuras humanas?
Ou há de chegar um tempo em que a luz, finalmente, de
Deus extirpará o mal das almas das criaturas?
Venha o que vier serei apenas expectador, pois já não estarei aqui para chorar ou sorrir.

ESCRAVIDÃO ...



A escravidão não acabou, tão somente ampliou e se diversificou, adquirindo sofisticação e mil disfarces camuflativos.
Na época da escravidão negra, haviam outras tão cruéis quanto, afinal, o coronelismo, o machismo exacerbado, o silêncio do contraditório imposto, o horror do separatismo de todas as formas e em todos os lugares se faziam sempre presentes.
O ser humano ora escraviza, ora é escravizado, mas em todas as  situações se encontra preso à correntes nem sempre possíveis de serem vistas, mas igualmente poderosas nas crueldades.
A legítima liberdade, simplesmente não existe, pois, mesmo que a criatura humana se isole, ainda assim, sentir-se-á preso e escravizado à solidão e ao recalque de não poder ser o que deseja em meio aos demais, sentindo-se escravo de sua própria voz interior, que de todos os chicotes, com certeza é o mais brutal, por ser legitimamente revelador.
Talvez por intuição, a criatura humana busque se aturdir de alguma forma, maneira simples que encontra de pensar que é livre.
Assustadora é a conscientização de que liberdade é tão somente mais uma utopia servindo de ópio enganador.
E na busca incessante por liberdade, a criatura se acorrenta a novas e sempre surpreendentes escravidões.
Regina Carvalho/11-2019

quarta-feira, 27 de novembro de 2019

LOBOS EM PELES DE CORDEIROS

Ler nas redes sociais que o nosso sofrimento e o nosso legítimo direito de lamentar é oportunismo político eleitoral, só é possível de acontecer em um país como o Brasil, onde a ética e o senso de responsabilidade pública, se confundiu com a arrogância de quem se acostumou a cuspir no prato que come.
E ao raiar de um novo dia, rogamos a Deus que nos dê forças e sabedoria, pois ano que vem, vai ser ainda pior, já que com mil máscaras camuflativas e um batalhão de fiéis aplaudidores, o Diabo fará doidas espirais. (Plagiando Castro Alves) sempre muito atual, pois mesmo tendo apenas 15 anos, quando, criou maravilhas poéticas relacionadas a alma humana, ele já reconhecia a força astutamente bruta do poder em mãos perversas e dissimuladas.
Senhor, faça de mim um instrumento de sua paz.

terça-feira, 26 de novembro de 2019

O QUE É ISSO, MINHA GENTE?



O Surrealismo é tão gigantesco que chega a se assemelhar a uma anomalia psicológica das mais irreversíveis, pois, uma Prefeitura lançar campanha de recolhimento de alimentos, roupas, colchões e cobertores, numa cidade pobre e sofrida é algo a ser estudado, enquanto, as burras da prefeitura deveriam estar abarrotadas pela arrecadação nesses quase três anos de exercício, me leva a crer que realmente vivem em outro mundo, no mínimo, no corredor da Vitória dos abastados baianos.
Penso que imitam pedidos de ajuda às grandes catástrofes Cosmopolitas. Isso até parece piada de mal gosto, numa cidade, onde a maioria é pobre e de alguma forma, foi atingido pelo resultado dos descasos políticos.
Claro que não faltarão os apoiadores, afinal, se dão dinheiro para EDIR MACEDO e suas infinitas cópias, porque não dariam para a prefeitura. Não é mesmo?
Sem esquecer dos contratados que precisam fazer média e dos assessores, cujos salários, justificam toda e qualquer solidariedade.
Sinto estarrecida que falta sensibilidade, empatia e respeito e sobra a insensatez.


SUBESTIMANDO AS AFLIÇÕES DE INÚMEROS MUNÍCIPES.



Amanheci lendo uma postagem da vereadora Naiane dos santos, levando socorro através do secretário Ilton da infraestrutura que, prontamente atendeu aos seus apelos e fiquei feliz, pelo munícipe atendido, todavia, imediatamente senti uma mágoa por não poder contar com pelo menos parte desta atenção do ilustre secretário e até mesmo, de um dos 09 vereadores, para atenderem aos infinitos apelos que faço e assim como eu, outras pessoas que, certamente, sendo oposição ou não, são também munícipes e pagam impostos.
Estas fotos de uma das laterais de minha casa, assim como os fundos da mesma, não retratam a dura realidade que sofremos nos invernos e nas chuvas intensas do verão, mas ainda assim, são capazes de umedecer alicerces e derrubar muros e, no entanto, apelos e pedidos de socorro para que algo fosse feito na rua que fica atrás dos fundos de minha casa, antes que uma desgraça aconteça, jamais puderam merecer desta administração qualquer atenção.
Este inferno começou desde que desmataram no alto do morro a mata existente para que fossem construídas casas, enquanto, os moradores da ladeira abaixo, também foram fechando com muros suas propriedades, ficando aberto um único lote, justo o que fica nos meus fundos e por onde escorre toda a lama que se forma e que me obrigou a fazer furos no muro para que esta, não visse a baixo, destruindo parte da propriedade.
Rogo a misericórdia de um pouco de atenção, pois depois que o leite for derramado, desculpas ou indiferenças, já não farão diferença.
Mas comecei esta narração falando da referida vereadora que faz bonitinho o seu dever de casa junto ao seu curral eleitoral, justo para lembrar que, enquanto isso, tanto ela como os demais vereadores, receberam votos para serem representantes do povo do município e, no entanto, já na reta final de seus mandatos, “male mal”, atendem às suas localidades de origem.
Certamente, os moradores de Ponta de Areia e adjacências, se lembrarão deste abandono na hora em que forem depositar seus benditos votos. Afinal, a cada eleição, o povo está ficando mais esperto. Até porquê, terão em mim uma voz que não os deixará esquecer que por quatro longos anos, e em alguns casos de vereança de 12 anos, estiveram totalmente abandonados pelos ilustres e bem pagos edis.
O asfaltamento da Orla de Ponta da Areia é bem-vindo, mas não nos consola pelo abandono e indiferença que fomos submetidos por todo o tempo.
Sozinhos, eu e meu marido em meio ao caos, num local que nem pedindo SOCORRO, somos ouvidos e considerados.
Estou revoltada com uma rua intransitável e suja e com minha casa mergulhada na lama do abandono de uma gestão que se intitula: CUIDANDO DE VOCÊ.


segunda-feira, 25 de novembro de 2019

AMIGOS E TIAS e sei lá mais o quê...



Tenho observado nos últimos pelo menos 30 anos a proliferação dos “amigos” e “irmãos”, na vida das pessoas e que começou na realidade com a introdução nas escolas do “tia” que,  rapidamente, substituiu o “professora” pelas nossas crianças e que, confesso sempre achei inadequado, pois se confundia com as titias familiares, descaracterizando uma qualificação das mais relevantes na vida de todo ser humano e criando um falso apelo emocional de aproximação que, na realidade, jamais poderia ser concretizado, já que no mínimo em uma sala de aula, abriga-se pelo menos 20/25 crianças, além de confundir atribuições e limites no relacionamento, criando uma intimidade, nada produtiva, pois empana a autoridade do mestre em sala de aula que, não é e jamais será adequada, pois destrói a figura de autoridade, muito necessária para que haja o entendimento hierárquico.
Com o advento da internet, outra falsa noção de intimidade fraterna nos relacionamentos surgiu com força total, transformando desconhecidos em amigos irmãos, e aí, muitos dirão:
O que é isso dona Regina, todos sabem que é apenas uma forma mais íntima de se relacionar.
Digo que tudo bem, isso é também uma realidade, todavia, escondidinho por traz deste amigável tratamento, existe uma linha tênue que reserva a cada um, o direito de romper sem maiores explicações, tão prestigiada amizade, assim como camufla através da distância e de um anonimato( já que é impossível, saber-se quem realmente está do outro lado), todas as gamas emocionais das criaturas e falsamente, criando uma sensação de estreitamento de sentimentos, impossíveis de serem concretizados sem que haja, o toque, o cheiro e a troca de olhares que é capaz de transformar ou consolidar qualquer relacionamento.
E assim, todos são amigos, parceiros e irmãos, enquanto a solidão existencial se instala, fragilizando sentimentos e confundindo emoções. Todavia, o pior é que esta forma de relacionamento se expande sem censuras para todos os outros colóquios vivenciais, transformando encontros sociais e profissionais em banais relacionamentos, onde são trocados termos envolventes e impactantes, sem qualquer maior conteúdo.
E para o distraído que por ventura se deixa envolver, acreditando na fiel amizade, a dor da decepção se torna maior e mais devastadora, assim como, quando a tia, não atende as vontades do sobrinho em sala de aula, a pirraça aparece, numa intimidade familiar absolutamente inaceitável, pois, a professora se faz presente, no apogeu de sua autoridade e a criança frustrada, pois se sente enganada, reage abruptamente, como é possível de se constatar em performasses assustadoras, quase que impossíveis, serem reais.
Entre uma e outra falsa intimidade, perdemos os valores domésticos, pois os pais se tornaram amigos, confundindo suas crianças com a nomenclatura de suas atribuições e com a fragilidade de suas atuações, que por sua vez, aderiram a preguiça mental de tão somente, aceitar as controvérsias que foram se apresentando, ao invés de reverem suas responsabilidades na formação de seus filhos.
Mas existirão aqueles que entendem nisto tudo, apenas, hábitos dos novos tempos, sem perceberem que as inversões posturais distorcidas da realidade das convivências sistêmicas, são estímulos que se aglomeram e reforçam a falta de empatia existente entre tios e amigos, na formação e proliferação de uma constante violência.
Deixo para os psicólogos, antropólogos e neurocientistas, estudiosos do comportamento humano, o aprofundamento desta minha reflexão, pois sou apenas uma curiosa, apaixonada por gente.
Eita, segunda -feira que começa quente!!!!!



domingo, 24 de novembro de 2019

CAVALOS E O TUDO MAIS...



·         A questão não é saber se o problema é daqui ou de Vera Cruz, e sim dos riscos que todos nós corremos com esta insistente situação que ocorre nos dois municípios e que já deveria ter tido uma solução por parte das autoridades responsáveis.
·          Esse é um problema HISTÓRICO, que precisa ter solução.
·         Aqui em Ponta de Areia é um verdadeiro inferno e é até incrível que não se tenha tido uma desgraça. Esse não é um problema criado por esta gestão, mas esperamos há três anos que seja solucionado. Depois do leite derramado, não adianta lamentar. Afinal, cercar um lote, construir umas baias, contratar um veterinário e um ou dois tratadores, criar através dos vereadores uma lei do município que puna com pesadas multas (se já existe, coloca-la em execução), assim como denunciar os proprietários por tentativa de homicídio, não pode ser nada tão absurdamente impossível. Sinceramente, nós os cidadãos é que não entendemos a continuidade de determinadas situações incômodas e perigosas como esta, a sujeira do lixo, as calçadas tomadas por tudo, menos pessoas circulando, e tantas outras que se perpetuam. O ideal é que parem de se desculpar, ou o que é pior, parem de ficar em silêncio, achando que não precisam dar explicações ao povo e entendam de uma vez por todas que nós, o povinho que elegeu e paga as contas, pedimos socorro e desejamos ser ouvidos e respeitados, até mesmo para receber um "não é possível”, como resposta.
·         O Canal na Boca do Povo, tem como objetivo não fazer política partidária, e sim, cobrar o que as dezenas de autoridades, parecem não ter tempo de resolver, assim como levar ao público em geral toda e qualquer atividade desenvolvida pela gestão. Não aceitaremos calados qualquer afirmação de que estamos sendo perseguidores ou tendenciosos, assim como não nos interessa o fato dos gestores anteriores não terem realizado as obras que, hoje, estão sendo feitas.
·         A senhora Prefeita Marlylda Barbuda foi eleita com mais de 8.800 votos, exatamente para que realizasse um trabalho diferenciado. Portanto, não está fazendo nada mais que sua obrigação. O povo de Itaparica não aceita mais aplaudir como se estivesse recebendo favores. Político eleito, ganha para fazer o melhor para o povo que o elegeu. Não mais faz sentido, em 2019, ainda se ter políticos de estimação em detrimento das necessidades dos cidadãos. Em resumo, toca o piano de forma bonita e talentosa e, certamente, o próximo recital será seu.
·          "mi capisci"?
·         A polarização política explicita e grosseira que surgiu em Itaparica de forma vergonhosa nos anos de 2015/6, quando da eleição para prefeito e vereadores, jamais fez sentido e não tem lugar neste Canal, onde o respeito à pessoa humana nos seus direitos essenciais é e será sempre um limite a ser seguido. Ter opinião é um direito inalienável, ser grosseiro, mal-educado e se fazer de cego às necessidades do outro, tão somente, para defender seu político de estimação, jamais será o foco de nossas postagens.
·         OBS.
·         Estou transformando estes meus comentários numa postagem de texto, a fim de expandir um pensamento que encaro como uma forma solidária para com todos aqueles que votaram ou não na senhora prefeita, mas que merecem pelo menos um indicativo em relação aos graves problemas que enfrentam nos seus cotidianos de forma clara e objetiva, e para tanto, existem secretários, assessores e um sem número de funcionários.
·         O fato de se estar fazendo obras, não exime a gestão dos infinitos outros problemas que assolam a cidade, como por exemplo, cavalos, lixos, ruas intransitáveis e indignas para o ir e vir de um ser humano, remédios, médicos e, etc.
·         O brasileiro está mudando sua forma de enxergar os políticos e a política pública, e nós não estaríamos enxergando diferente.
·         É preciso que as autoridades deixem de lado as intermináveis argumentações e justificativas do não posso e não tenho, e estabeleçam prioridades que atendam ao povo e não às suas futuras reeleições.
·         Particularmente acredito que o que menos importa é a simpatia, amizade, ou seja lá o que for que o gestor inspire, pois dele tudo que se espera é competência e respeito às necessidades do povo em geral.


sábado, 23 de novembro de 2019

CARA-DE-PAU – ATRIBUTO PRIMEIRO



O ano ainda nem terminou, mas a corrida do ouro político já está a mil há muitos meses, como se as eleições, fossem acontecer daqui a pouco, e aí, os Papais-Noéis do me engana que eu gosto, chegam em seus trenós de sabe-se lá de onde, e numa absurda repetitividade postural, beijam, abraçam toda e qualquer situação que possam servir de estampa de publicidade.
Aí, eu penso; o povo não é mais bobo e, logo me engano, pois, sempre existirão os comprados, os interesseiros e os tolos, que garantem a pulverização dos preciosos votos, muitas vezes, prejudicando alguns poucos que verdadeiramente, poderiam contribuir para a melhoria da cidade.
E aí, reza a lenda que após, cada caminhada entre o povo pobre da Bahia, um certo semideus da política, banhava-se em álcool, para evitar contaminação, através dos beijos e abraços que recebia das crianças remelentas e da pobreza histórica, que infelizmente, ainda faz pano de fundo a este, belíssimo cenário tropical.
Só mesmo se prevenindo com sal de frutas para que o estômago dos esclarecidos, possam suportar tamanha hipocrisia que ronda perigosamente os becos e ladeiras da nossa Itaparica, travestidos de sorrisos e promessas, numa vã filosofia, que só serve na realidade, para fazer boi dormir.
Concluo finalmente, que muito além de competente, os “bobsled” ( pilotos de trenós), assim como os contumazes carreiristas, precisam ser antes de tudo, mentirosos convictos, assim como, caras-de-pau assumidos.

quarta-feira, 20 de novembro de 2019

CONSCIÊNCIA DE VIDA



Hoje é um dia para lá de especial, afinal, estou vivenciando minhas últimas horas de sexagenária para adentar, sem apelação, na condição de septuagenária convicta, saudável, ativa e absolutamente feliz, e isto, não é para qualquer um nos dias atuais de tantos transtornos existenciais.
Se não bastasse, recebi um convite espetacular de minha nora, Marleide Reis Leopoldino, que apresentará seu TCC no próximo dia 10/12 para a conclusão do curso de psicologia na URFB.
E aí, penso que jamais estive equivocada, quando afirmava que a cor negra de um ser humano, ou a sua condição financeira, jamais foi empecilho para quem, verdadeiramente, deseja atingir os seus objetivos.
Os sacrifícios são enormes, mas afinal nada cai do céu, tenha a cor de pele que tiver, se sua família for humilde e você ainda tiver que trabalhar.
Creio que no dia da Consciência Negra devemos oferecer exemplos próximos de foco, determinação e vitória, ao invés de só venerarmos ídolos simbólicos ou exaltarmos a vitimização que, sutilmente, acirra um separatismo que precisa ter um fim, afinal, somos todos criaturas humanas, precisando, tão somente, encontrar a consciência humana para não ter que combater preconceitos de qualquer natureza.
Acredito que os exemplos exitosos com certeza produzem mais benefícios, que o politicamente correto, pois, em sua maioria, geralmente está a serviço de alguma outra causa, menos agregativa.

ANGU COM CAROÇO


Tem muito mais caroço neste angu que, nós pobres mortais brasileiros, possamos mensurar.
E esta deliciosa e nutriente fonte de alimentação que nossos ancestrais popularizaram, mas que os mineiros eternizaram ao complementar com o guisado de frango com quiabo, na realidade, nos porões governamentais de nosso “Brasil”, sempre foi o quitute preferido de nossos ilustres políticos, independentemente da região, do status corporativo ou seja lá do que fosse.
Todavia, como em todas as fartas refeições, as sobras são inevitáveis, jamais faltou bocas famintas para delas se fartarem e assim, de angu em angu, foram se esquecendo de bater devidamente os caroços, e aí, restou sempre para a galera, que somos nós, os senzalistas convictos das infinitas ignorâncias governamentais, os duros, secos e sem qualquer sabor caroços que, por muitos, devido à fome, ainda são chupados, mas para outros, tornaram-se abusivos e desnecessários, resultado do descaso de cozinheiros desatentos que há muito já deveriam ter sido despedidos.
É assim que vejo as vergonhosas ações públicas, pintadas de ouro falso como benécias sociais, quando na realidade deveriam ser, tão somente, ações corriqueiras de governos sérios em favor de um povo mais sério ainda.
A cultura da divisão entre qualquer diferença social, acirra a ideia de que qualquer ação pública é direcionada aos mais carentes, quando deveria ser projetada para o povo em geral com todas as especificidades de qualidade.
E aí, como pensam que para o carente tudo é lucro, oferece-se o medíocre e o pouco eficiente.
Duro o que estou afirmando ou apenas constatando a crueldade da maior expressão em relação ao tão combatido preconceito que, de tão sutil e vergonhosamente assimilado pelas pessoas, afinal, representam o povo, convive num cotidiano confuso e simbioticamente doente ou praticamos todos os tipos de preconceitos, por todo o tempo de nossas vidas sem sequer o percebermos, combatendo-o também na mesma proporção, em uma incoerência absurda.
Nos acostumamos a ouvir e a sentir o que o outro fala ou faz e nos esquecemos de prestar atenção ao que falamos e fazemos num verdadeiro angu de caroço.
O resultado destes caroços descartados e pelo povo digerido é exatamente as mazelas pelas quais guerreamos explicitamente a cada instante uns com os outros, numa violência de vômitos amargurados que ao longo da história brasileira, em várias ocasiões, lotou latrinas até mesmo daqueles que se julgam imunes a tudo.
Angu de qualidade precisa ser fino, sedoso e capaz de não interferir no sabor do frango e do quiabo, numa parceria completa que alimenta e não nos deixa esquecer do valor do cozinheiro.
E nesta iguaria dos Deuses, nenhum ingrediente se destaca, ficando o conjunto como uma inspiração que não deixa esquecer o quanto de bom somos capazes de criar e produzir.
- Senzalismo – ato de absorver e dar continuidade às práticas escravagistas.

domingo, 17 de novembro de 2019

AQUI, DEVERIA NASCER UMA FLOR...

Quão bom seria que acima de partidarismos polarizados, tivéssemos a união do povo brasileiro numa única cor de bandeira, numa única letra de Hino, numa única luta pelo progresso.
Quando nos demos conta e muitos ainda não se deram, estávamos divididos, num rachar sem sentido de propósitos, num confuso atacar e defender sem lógica, numa agressão, muitas das vezes irônica de falácias contínuas, no lugar dos argumentos lógicos, numa insensatez sem limites, num estado de negação patológico, numa miscelânea de batalhas diversificadas, onde a derrota da legítima liberdade no seu mais profundo sentido, se transveste de vitórias sem glórias, pois a imposição tomou o lugar do convencimento, numa cópia as avessas do mais que nunca arraigado preconceito, seja lá do que for.
Nunca em tempo algum, a violência esteve tão maciçamente presente em todas as camadas da pirâmide social, não livrando a cara e muito menos a vida de quem quer que seja, mas ainda assim, somos induzidos a cada instante, a crer que somos um povo guerreiro e vencedor, mesmo que nos asfaltos do cotidiano, o sangue de infinitas criaturas, ainda não faça brotar flores, para pelo menos nos lembrar, o quanto brutal ainda somos, o quanto sozinhos, no final de cada batalha, nos encontramos.
Sem as flores no asfalto ensanguentado, que na realidade seria a nosso entendimento, sobre a grandeza de estarmos vivos, a lógica do bem comum perde espaço, dando lugar a arrogância das imposições inúteis.
Um final de domingo com um pouco de paz, fazendo nascer uma flor em seus propósitos.

sábado, 16 de novembro de 2019

UMA PESSOA, UMA HISTÓRIA



Sentada, silenciosamente em minha cadeirinha nas areias da praia, nesta manhã, como em infinitas outras, prestava atenção nas pessoas que desfilavam diante do meus olhos, e como criança travessa, fiquei imaginando suas histórias, como se todo aquele cenário fantástico, como pano de fundo, fosse adorno de um enorme palco, repleto de atores, cujos textos, mesmo decorados, estavam bem guardados, atrás dos sorrisos e dos seus caminhares, nem sempre livres.
Adoro contemplar as pessoas e a vida em toda a sua exuberância, e este meu bem-querer, absolutamente encruado no meu jeito de ser, é como um imã que atrai sorrisos amistosos, acenos espontâneos, assim como, posturas tão inusitadas que, mesmo frequentes, sempre me encantam.
Penso e imagino insistentemente um histórico para cada uma, sempre buscando transformá-las em personagens de contos de fadas, como se o sol que abraça seus corpos, fosse o eterno farol de suas felicidades, mesmo reconhecendo serem apenas falácias mentais de uma velha senhora, em seus devaneios de um mundo perfeito.
Em meio aos meus auspiciosos sonhos, sob a sombra bendita de um coqueiro, desfrutei de tudo e sorvi um pouco de todos, adicionando à minha própria história, os fragmentos das energias, que todas elas, mesmo sequer me notando, doaram-me generosamente.


sexta-feira, 15 de novembro de 2019

TORCEMOS O RABO DO PORCO



Nada como se ter um vizinho competente e que com seriedade, desde o primeiro dia de gestão, mostra à que veio.
Estou e sempre demonstrei a minha alegria pelo povo de Vera Cruz, assim como o de minha querida Itaparica, pois graças ao exemplo do vizinho, a nossa gestão, botou o carro para andar.
Compreendo que pela forma com que os políticos geriram por décadas as cidades brasileiras, tenha se criado uma lentidão administrativa e até mesmo, uma certa distância entre o dever e o prazer, mas hoje, com alegria estamos vendo as burras se abrirem no favorecimento do povo, e então, como uma das munícipes, só posso aplaudir, não sem antes reconhecer, que só mesmo torcendo o rabo do porco, para ele gemer.
Durante dois anos e meio, a casa segundo a gestão estava tão bagunçada que, não deu para quase nada ser realizado, mas depois, frente a pressão constatável nas esquinas pelos apoiadores não empregados na Prefeitura, finalmente, a ficha caiu para os mandatários e, milagrosamente, a pouco mais de ano das próximas eleições, a pipocação de obras impactantes surgiram, como uma abertura de represa.
Confesso que estava preocupada, afinal, o povo acordou e mesmo feliz com o apoio maciço do governo do Estado, sentia que estava faltando os cofres da cidade serem abertos em favor de uma mudança visual e estrutural, que elevasse a sua autoestima, afim de que, satisfeito e feliz, voltasse as urnas, para digitar o tão badalado 12.
Agora vai, não é mesmo?!! Porque até então, não tinha ido além do fervor de seus mais acalentados apoiadores.
Nada como os parâmetros para surtir efeito, seja lá no que for, afinal, sem a concorrência de qualquer espécie, a tendência a acomodação marca história.


quinta-feira, 14 de novembro de 2019

BOLERO DE RAVEL



Durante todo o ano de 2018, o Disque 100, canal de denúncia oficial do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, recebeu 17.093 denúncias de violência sexual contra crianças e adolescentes. Das denúncias recebidas, 80,86% são relacionadas ao abuso sexual e 15,78% à exploração sexual. Cada uma dessas violências possui características distintas, mas os danos causados às vítimas são igualmente devastadores.
Enquanto isso, escamoteia-se o assunto, fingindo-se hipocritamente que este absurdo, não está de forma brutal ligado à pobreza e sua consequente marginalização.
As ações públicas de denúncia, prevenção e punição existem, mas ainda de formas tímidas, se comparadas à outras que ocupam as redes nacionais de notícias e as mentes das pessoas, como se uma não estivesse intrinsecamente ligada a outra, num ciclo de violência que só cresce, miserabilizando as sociedades como a nossa que possui baixíssimo índice educacional.
Em breve, com a chegada do verão, as mídias televisivas, buscarão em seus arquivos as velhas e carcomidas notícias sobre o assunto, realçando o turismo sexual, como se este, fosse o mantenedor deste tumor maligno, que em sua maioria é encontrado no próprio corpo doméstico.
Não há promoção sobre o assunto, pois este é mais um “tema tabu”, ficando como tantos outros, relegado a flashes noticiosos e pesquisas quase invisíveis, além de prevenções e punições públicas sem qualquer maior empenho, enquanto isso, discute-se em defesa ou acusações, sem qualquer consciência da existência da lógica, os emocionais fascinantes sobre a cor da cueca que “Lula” irá usar no almoço no Palácio de Ondina, esquecendo-se da tragicômica situação de um Governador, representante do povo de um estado, receber com honrarias um ex-presidente condenado por diversos crimes, como se o palácio em questão, fosse propriedade de um partido e não de uma população nacional.
Essas incongruências posturais em todos os níveis, podem até não parecerem perigosas e responsáveis pela situação caótica do flagelo humano de nossa esmagadora população dos “sem tudo” que dominam o cenário nacional, mas são, e precisam ser combatidas com a mesma veemência que outros, não menos importantes, que o foram e são a cada instante, nas telas, nas mídias, nas esquinas e nas nossas consciências, quanto ao reconhecimento de que tudo que se vivencia, não surge do nada e que tudo, está irremediavelmente, ligado ao todo..
Breve, Fernandinho Beira-Mar poderá ser convidado para receber a “medalha da ordem e do mérito”, por ser o mais antigo condenado a liderar do presídio, o inferno de Dante em todo o país.
Enquanto, a consciência não se estabelece, resta dançar-se o Bolero de Ravel, melancolicamente no palco da caótica vivência cotidiana.

quarta-feira, 13 de novembro de 2019

BOM DIA!!!!



E uns pinguinhos ariscos de chuva refrescam este meu despertar, alegrando os pássaros, refrescando as flores. E eu, que não sou de perder os espetáculos da vida, cá estou, fascinada, com mais este amanhecer, absurdamente estimulada a não perder um só instante, desta abusada quarta-feira de ainda primavera, travestida de verão.
Enquanto, escrevo inspirada pelos aromas que se intensificam ao serem banhados pela inesperada chuvinha, posso ouvi-la se intensificando, causando-me leves arrepios, nada estranhos, mas sempre surpreendentes.
Um dia extraordinário para todos e que, assim como a chuvinha, que consigamos ariscos também nos surpreender, doando um pouquinho de nós, a nós mesmos.
Um Beijo carinhoso e o meu respeito também.


terça-feira, 12 de novembro de 2019

FICA A DICA


AO INVÉS de tentarmos segregar as pessoas, determinando o melhor espaço para cada uma, melhor seria, se criássemos meios respeitosos de educação ambiental e de convivência, fatores primordiais a qualquer desenvolvimento que se ambicione, aqui ou em qualquer lugar deste vasto, rico e poderoso planeta.

INCRÍVEL FANTÁSTICO E EXTRAORDINÁRIO.



No século passado, mais precisamente no final dos anos cinquenta, quando, ainda a TV era um sonho americanizado para a grossa maioria dos brasileiros, havia um programa às sextas- feira na RádioTupi do Rio de Janeiro, comandando pelo então, jornalista Henrique Fôreis Domingues, o “Almirante”, que mexia com o imaginário dos ouvintes. O programa contava histórias fantásticas de terror e mistério enviadas pelos ouvintes.
Ainda me lembro que sentadinha no tapete ao chão, rodeada pelos meus pais e irmão, acomodados em suas poltronas, após o jantar, ouvia as tenebrosas histórias, que foram tão impactantes, que até hoje, posso lembrar da voz poderosa do narrador, que me assustava mais que as histórias que a minha mente de criança de quatro /cinco anos, não era capaz de compreender.
Não esqueci é verdade, assim como, ficou guardadinha no inconsciente, como se fosse um sinalizador mental, que identificava o inadequado que, eficiente, indicava com precisão todas as manifestações do inadequado.
E aí, ao longo de minha vida, fui detectando a cada momento tudo quanto, me pareceu incrível, fantástico e extraordinário, no tocante não só ao inadequado, mas principalmente, a todas as grandezas possíveis de serem encontradas na criatura humana.
Através destas descobertas fabulosas, convivi e aprendi muito, no entanto, confesso que ainda me assusta, o quanto, o misterioso de qualquer natureza, permanece intocável, frente a necessidade humana em acreditar no extraordinário, mesmo que beire as raias do absurdo.
Os sons incríveis que atravessavam fabulosamente a tela tecida de barbante amarelado do rádio de minha casa, definitivamente, adentraram em minha mente infantil, determinando com paixão a minha futura predileção pelas narrativas do cotidiano, sempre impregnadas do incrível, do fabuloso e do extraordinário comportamento humano.
Amanheci pensando na exclusão continuada que não é enxergada e muito menos compreendida com naturalidade, nos sutis ou inflamados discursos aos quais nos acostumamos a ouvir ou ler, mas que na realidade, escondem enganadoras falácias sobre desenvolvimentos sustentáveis e inclusões democráticas humanas, onde o disfarce ao preconceito se apresenta de mil formas envolventes que, por incrível que se possa parecer, ainda engana e distorce a seriedade da busca do que seria o ideal socialista, através do equilíbrio nas convivências.
E aí, lembro que no feriado passado, enquanto secávamos os corpos à sombra de um bucólico coqueiro nas areias em Ponta de Areia, que abusadamente chamo de meu quintal, somos surpreendidos com uma família que chegou com cooler e churrasqueira.
Sorrimos para eles e ficamos pensando, o quanto a praia é democrática, dando espaço a todos sem qualquer cobrança, enquanto, nós, filhos da arrogância, primos da infâmia e irmãos da segregação, cremos que podemos e devemos impedir que a liberdade se estabeleça e o direito seja respeitado, ignorando o simples fato de que sempre há lugar para todos, desde que sejam respeitados os limites necessários para a preservação do individual e do tudo mais.
Final da história, foi que os “Turistas farofeiros” nos ofereceram uma latinha de cerveja, a qual, aceitamos com prazer.
Simples assim...
OBS: O que uma coisa tem com a outra? Na apenas leitura do texto, nada, mas ao interpretá-lo, provavelmente, tudo.


domingo, 10 de novembro de 2019

MAIS LUZ, POR FAVOR.



A maioria do povo brasileiro, gostando ou não da religião ou do comportamento esquisito do sr. Jair Bolsonaro, votou nele, pois acreditou que seria um caminho mais seguro de impedir que os eternos sonhadores socialistas, os necessitados e os espertinhos de sempre elegessem os insaciáveis, pois enxergou de imediato que se assim o fosse, breve o povo brasileiro estaria mergulhado num país com um sistema ditatorial, travestido de ações sociais caridosas, afinal, ideia de liberdade de direitos jamais escraviza ideologicamente, ocupando definitivamente o lugar sagrado dos reais direitos humanos, transformando pessoas em sombras de si mesmas, máquinas repetidoras de falácias mofadas e falidas mundo à fora, zumbis sociais, escravos emocionais.
Portanto, penso que o bom senso venceu esta duríssima batalha e ao invés de ficarmos compartilhando ofensas e mostrando abusos verborreicos contra os perdedores, numa insana necessidade de retrucar a estupidez humana, dando luz às trevas, ignoremos através da divulgação das ações que a mídia fraudulenta esconde e que o próprio presidente e sua equipe, pouco divulgam.
É preciso que não esqueçamos que trocar um presidente inadequado será sempre menos doído que reconstruir uma nação.
A mais eficiente forma de resistência ao mal é estarmos sempre prontos e convictos para defender com argumentos sólidos, assim como a nossa mais indignada reprovação a toda e qualquer atitude dos servidores públicos de qualquer natureza que forem contra os interesses comuns, onde direitos e deveres estejam prevaricando, acima do logro das belas e bem articuladas palavras, que possam afrontar o bom senso e a segurança do povo como um todo.
Resistir à tentação de retrucar aos constantes ataques, evitando assim, adentrarmos no jogo primário e arcaico da troca de ofensas, pois dar luz às trevas é tudo quanto o Diabo deseja.
E antes que pensem que minhas palavras são uma devoção de direita extremista, carregada de todas as rotulagens contemporâneas, peço humildemente que leiam, analisem e compreendam que, para mim, tudo que mais importa é o bendito direito de pensar por mim mesma, utilizando-me das amostragens que os sistema e a vida em sua completude me oferecem a cada instante.

Façamos o nosso melhor como cidadãos, acreditando seriamente que somos uma importante célula deste corpo fantasticamente rico e belo que é o nosso BRASIL, e que o nosso bom desempenho no corpo ainda saudável desta pátria é tudo de valioso que podemos e devemos oferecer, pois, a ela, amamos mais que a qualquer ideologia ou pessoa, e este amor, será sempre determinante para que o caos jamais se instale.
A luminosidade do sol, jamais precisou das trevas para expandir sua luz.
OBS: Não podemos impedir que as trevas, através das mídias e das redes sociais continuem fervorosamente dividindo o país em regiões, crenças, gênero, cor e almas, mas com certeza podemos com firmeza de atitudes, não compartilhar, não denegrir comentando, tão somente, divulgando as conquistas que a nossa determinação alcançou nas eleições de 2018, quando, como células livres e não contaminadas, impedimos um ainda maior desenvolvimento da doença que corroía de forma silenciosa e oculta a nossa soberania.
Um domingo de luz para todos nós.


sábado, 9 de novembro de 2019

UMA COISA LEVA A OUTRA



Ação e reação, num ciclo que se repete nas convivências de quaisquer naturezas vivas, e aí, amanheci ouvindo e lendo barbaridades no face que mais parecem atitudes de animais selvagens sem qualquer raciocínio, quanto mais, lógico e de repente, numa compulsão indutora, pensei comigo mesma, mas olhando para o sol que acabara de nascer, que, afinal, o que justifica viver em meio a este caos humano brasileiro, onde limites parecem não mais existir e o respeito mínimo se perdeu em prol de uma divisão estúpida, alicerçada em princípios cada qual mais esdrúxulo que o outro, num festival de grosserias até há poucos anos atrás, inimagináveis.
E não me refiro somente em relação a política, mas a todas as relações que se embrutecem a cada instante, num acompanhamento feroz da tecnologia, que também a cada instante, está ostensivamente, substituindo o homem com toda a sua bagagem emocional, pelas rebuscadas máquinas, e nós, seres manipuláveis, ao invés de nos unirmos numa resistência de vida e liberdade, em favor da preservação da espécie e do nosso lugar de um ser completo neste mundo, hoje globalizado, nos dividimos, nos fatiamos e nos tornamos a cada dia mais vulneráveis às intempéries da própria galáxia, frente as insistentes devastações que a submetemos.
Esse é o maior e mais tenebroso horror que praticamos sem tréguas perante os céus de um Cosmo infinito, que a nossa ignorância é incapaz de mensurar, transformando o outro e o tudo mais em constantes inimigos e, assim, a vida numa banalidade imprópria à capacidade racional que nos é concedida.
Dane-se Lula, dane-se Bolsonaro, dane-se todo e qualquer líder ou instituição que não seja capaz de semear a paz entre as criaturas, promover a integração de um povo e estimular o que de melhor é possível extrair de seres tão criativos e capazes.
Dane-se, portanto, a nossa também incomensurável arrogância, fruto da nossa profunda ignorância em preferir idolatrar que construir, aplaudir ou vaiar, ao invés de mudar a nós mesmos, para transformar o tudo mais.
Que coisa horrível ...

quinta-feira, 7 de novembro de 2019

O TEXTO É LONGO, COMO A PACIÊNCIA DE TODOS NÓS.



Como munícipe e como comunicadora, se eu não reconhecesse as benfeitorias que estão acontecendo no município, eu não mereceria o respeito de absolutamente, ninguém. Afinal, as obras de asfaltamento, calçamento, manilhamento e outras tantas, beneficiam diretamente uma camada expressiva da população e a cidade como um todo.
Todavia é publico e notório que a gestão em se tratando de prioridades que é a meta principal de qualquer administrador, deixou a cidade ao léu, durante os dois primeiros anos, privilegiando a estrutura administrativa, assim como a capacitação do corpo de funcionários recém admitidos, pois a maioria desconhecia suas reais atribuições e assim, a gestão esqueceu de intercalar ações diretas ao povo em suas mais primárias demandas.
Sei o que estou falando, pois acompanhei através do meu trabalho junto a Rádio Tupinambá, a enorme dificuldade dos secretários à época em desenvolverem os seus trabalhos, pois faltava tudo de primordial, começando pelos remédios.
Hoje, ontem e esperemos que não seja amanhã, o mesmo sistema de carência disto ou daquilo permanece, restando apenas o mínimo do mínimo que não atende a enorme demanda, pois não há continuidade prevista em lei.
E não me venham com defesas chulas, pois não cabe, quando o assunto é saúde e acessibilidade dos munícipes.
Médico nos postos, só tem o clínico que só atende 10 pacientes pela manhã e dois a tarde de segunda a quinta, portanto, devido a demanda, torna-se necessário, madrugar em busca de uma senha.
Aí eu pergunto:
É justo, um município tão pequeno sofrer com estas carências tão primárias?
O serviço de saúde oferecido pelo estado como a Clínica de Valença e os mutirões anuais, são as salvações para todo aquele que não precisa de um serviço continuado de recebimento de remédios e consultas, tanto médicas especializadas, clínicas e dentárias.
Você sabia por exemplo que as especializações foram suspensas. Falta dinheiro é o que respondem, mas se falta, como podem fazer obras?
Neste e em muitos outros casos, a resposta é sempre a mesmo, tudo tem que ser legal e aí, nós os incautos de plantão, ficamos sem entender que droga de repasses são esses, tanto do Governo estadual, quanto federal, que permitem festas, asfalto, calçamento, aluguéis de carros, recolhimento pífio de lixo a peso de ouro, viagens, gratificações e o escambau e impedem ao administrador, comprar remédio, contratar profissionais da saúde para se evite problemas maiores aos cidadãos.
Da mesma forma, por que não usam o valor estabelecido em lei que dispensa licitações, quando os valores são dentro do limite estabelecido?
Não bate na cabeça de nenhuma pessoa que pense um pouco sem idolatrias partidárias, tamanhas incoerências.
Assim como a manutenção de secretarias absolutamente irrelevantes, frente as realidades arcaicas e deploráveis que se apresentam, servindo apenas, como cabides de empregos aos amigos e apoiadores.
Antes que afirmem que os gestores anteriores, nada fizeram se comparados a atual, afirmo que é verdade, mas também, nenhum deles, teve a disposição, tamanho orçamento mensal.
Pensar, questionar e reivindicar promessas de campanha, mas acima de tudo necessidades reais é, acima de tudo, um direito constitucional.


quarta-feira, 6 de novembro de 2019

SOCORRO PREFEITA!!!!



Venho pedindo socorro a infraestrutura e ninguém me ouve, creio que estão muito ocupados com as obras impactantes que precisam ser terminadas até o limite permitido para as próximas eleições.
Portanto, só me resta pedir diretamente a gestora.
Cuide de nós, pelo amor de Deus!!!!
Enquanto isso, o mato continua crescendo, o lixo se acumulando e os buracos e lombadas de terra ressequida, vão destruindo carros, bicicletas, cascos dos cavalos que pastam livremente pela rua e é claro, nós que, precisamos ir e vir no nosso cotidiano de munícipes esquecidos.
Estamos em 2019 do século 21 e é muito triste pensar que apesar dos impostos pagos, não recebemos a menor atenção pública.
Será que é muito oneroso manter a pista limpa e o lixo retirado?


domingo, 3 de novembro de 2019

TAREFA DIFÍCIL



Muito interessante são os nossos filhos, quando crescem e acreditam piamente que nós, os pais que tudo sempre fizeram para educa-los, já não sabemos de absolutamente nada, aliás, de umas décadas para cá, somos vistos como úteis apenas para cuidar dos filhos deles, enquanto, trabalham, todavia, nós, por não termos tido a mesma facilidade, tínhamos que nos virar nos trinta, pois é bom lembrar que nem todas as mulheres eram apenas donas de casa.
E a coisa começa cedo, exatamente na escola, e aí, muitas vezes, riem das nossas caras frente aos métodos atualizados de ensino, que até podem nos parecer estranhos, mas que também estão bem aquém dos antigos, pois naquelas épocas remotas, aprendíamos melhor e mais rápido.
Lembro-me de ter decorado o poema Navio Negreiro de Castro Alves com apenas 9 anos, enquanto cursava a antiga terceira série primária, e de ter ganhado o primeiro lugar em um concurso público, promovido pela Editora Abril Cultural, sobre os 400 anos do Rio de Janeiro, com apenas 14 anos, cursando o segundo ano do ginásio.
Mas quando chegam na faixa dos 14/15 anos, aos olhos de nossos filhos, deixamos de ser pessoas para nos tornarmos completos retrógrados, completamente fora da atualidade, afinal, só existe aí, uma realidade que é não poder competir com os “amigos”, sempre muito mais atraentes e inteligentes. É neste crucial momento, que sentimos o nosso mundo de pai e mãe desabar, pois descortina-se no cotidiano das relações familiares a dolorosa sensação de impotência, já que reconhecemos não estarmos preparados para o árduo duelo com as influências que, em muitas ocasiões, nos fazem pensar que aqueles filhos que geramos e educamos,  nos parecem verdadeiros estranhos.
Mas nada como um dia atrás do outro, afinal, superadas essas fases, agora com os filhos mais adultos, alguns trabalhando outros estudando, pensamos aliviados que, pelo menos, as preocupações amenizaram-se. Qual nada, aí é que o bicho pega, pois de uma hora para outra, lá estão eles, namorando, transando e muitos fazendo filhos, imagine que nós, os abobalhados, segundo eles, ainda teremos que educar para que eles possam ganhar e construir suas vidas, isso, quando não trazem os parceiros amorosos para viver debaixo do nosso teto, para que possam economizar ou nada fazer, como uma assustador número de jovens modernos e descolados.
Mas o pior, ainda estará por vir, caso venhamos a viver muito e nos tornemos velhos, pois a inutilidade aos olhos dos filhos toma proporções que vão além do imaginário, afinal, velho não sabe cuidar do que tem, velho não pode fazer isso ou aquilo e, de repente, nos tornamos filhos, nem sempre, infelizmente, bem atendido pelos filhos, mas sempre irremediavelmente inúteis aos olhos de cada um, excetuando-se o cartão da aposentadoria que fatalmente passa a ser controlado e sacado sob os olhares atentos do dedicado filho, que teme que papai ou mamãe sejam roubados na porta do banco ou que simplesmente percam, e aí, neste dia abençoado a cada fim ou início do mês, todas as atenções se voltam para os pais, velhos, inúteis e cansados, mas possuidores de uma alforria mensal, que pode durar, quando muito, até o saque.
Tarefa difícil é a de ser pai e mãe, pois, quando o final é feliz e tudo que eu escrevi fica diferente depois que se tornam adultos, ainda assim, deixamos de ser gente para nos tornar, tão somente, velhos incapazes aos olhos dos filhos, a fim de não mais sermos produtivos e apaixonados, levando-os a acreditarem que por envelhecermos, perdemos o gosto de vivenciar tudo quanto gostávamos na nossa juventude.
Bem, aqui em casa é diferente, pois além de não darmos bola para o que pensam ao nosso respeito, ainda seguimos privilegiando e adaptando os prazeres às nossas realidades, que a cada dia, se altera, mas não incapacita.
Deixar de beijar gostoso, mergulhar nas águas mornas de nossa Ponta de Areia, conversar com os pássaros e sentir os perfumes de cada amanhecer, assim como comer delícias e beber com moderação com extremo prazer, serão sempre as tônicas cotidianas, enquanto a vida, assim o quiser.
A tarefa foi difícil, mas nos trouxe muitas felicidades e a sensação gratificante do dever cumprido.

sábado, 2 de novembro de 2019

CUIDANDO DE QUEM, MESMO?



Hoje, como de hábito, fizemos o city tour pela orla de Itaparica, em busca do Pastel e da cerveja geladinha do Bar do Manoel, só entre a Marina e o início do mercado, numa força tarefa de dar inveja, contei 08 funcionários uniformizados fazendo a limpeza das calçadas e via, deixando bonita para os barões do pedaço e os usuários dos bares e restaurantes da área, quase todos amigos ou parentes dos amigos. Enquanto isso, o verão está chegando e o mercado do peixe, naquele abandono e a praça do mercado, sem nenhuma manutenção.
Ai, lembrei da minha Ponta de Areia, reduto dos ônibus de farofeiros e de moradores sem importância maior e concluí, que pra nós, a Prefeitura não acredita que precisa fazer absolutamente nada que melhore a nossa qualidade de vida, deixando as areias imundas.
Lembrei do lixão sem container e do recolhimento de quinta categoria, deixando pelo mato que só cresce, todos os resíduos que o vento, os cavalos e os cachorros já espalharam.
Afinal, o que os olhos dos bacanas não veem, corações oficiais não doem.
Abuso, falta de respeito, pouco caso, uma prefeitura deixar ruas imundas sem o devido cuidado.
Reclamo e reclamarei sempre, pois cuidando de nós é que não está, mesmo.
Não peço calçamento e nem asfalto, apenas limpeza dos matos, alisamento da terra e retirada dos lixos, mínimo de uma gestão cujo slogan é:
“CUIDANDO DE VOCÊ”

BOM DIA!!!



E o sol ainda escondido, deixa escapar um pequeno facho de luz, anunciando que hoje, vai ter muita luminosidade, se bem que teremos que aguardar pela saída das invasoras nuvens que, insistentes, permanecem como cercas invisíveis, dividindo a terra do céu, numa crença absurda de que o sol, não a romperá.
Qual nada, tudo uma farsa como num jogo de forças estranhas ao nosso entendimento, com tempo certo de começar e mais certo ainda para terminar.
E os pássaros ressabiados, cantam tímidos suas melodias, marcando, contudo, suas presenças, para nos lembrar que, faça chuva ou faça sol, na vida, são breves os instantes para serem vividos...
Portanto, se seu coração e mente estão nublados, sorria e deixe o insistente facho de luz, adentar na sua vida.
Beijos carinhosos e um sábado de paz.

ESPLENDIDO GOZO

De onde surgiu o meu improviso, não sei precisar, mas, com certeza, sempre foi a minha mais autêntica realidade, custando-me em algumas ocas...