Cachorro, marido, filho, irmão, amigo?
Não, o único que nasce conosco e morre conosco é o nosso
corpo, e o que fazemos com ele e sua presença constante?
Quem pensa realmente no próprio corpo a não ser
esteticamente ou se estuda na área da saúde, e assim mesmo, a pesquisa é no
corpo dos outros.
Que coisa, hein!
Pois é, estou aqui pensando, estimulada pela mensagem do
OUTUBRO ROSA, que já começou bem cedinho na TV, e analisando que somos tão
alienados, que nem mesmo as infinitas informações que são oferecidas, nos fazem
despertar para os cuidados que deveríamos ter em relação a estrutura que nos
sustenta.
Imagine que nem lembrar de vacinar um filho, os responsáveis
por um número expressivo de crianças são capazes. Este é um assunto banal que
de tão primário e básico, chega a assustar pela falta da devida atenção por
aqueles que deveriam cuidar e proteger.
Então, se não se é capaz de lembrar de vacinar um filho,
como cuidar daquilo que não enxergam, como o interior de seus próprios corpos?
Resta, portanto, o cuidado em aumentar ou diminuir bundas e
peitos e no caso dos homens, manter a ereção até os 100 anos, assim como bombar
as demais musculaturas, numa disputa estética assombrosa.
Enquanto isso, o corpo vai sendo esquecido em nome de uma
estética perfeita, sem o conteúdo que o sustente e aí, assim como se fosse de
repente, lá vem um infarto aos 35 anos, uma overdose de algum milagroso aditivo
aos 18, sem que a lógica humana possa encontrar razões para existir.
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