Só nesta semana,
duas pessoas que são amigos no face e que acompanham o meu trabalho,
questionaram o fato da minha não participação política na cidade, já que é
público e notório o amor que sinto por ela, assim como de forma independente,
sempre promovi projetos e esclarecimentos sobre inúmeros assuntos que
certamente, contribuíram para o entendimento mais claro de quem me lia através,
do Jornal Variedades que editei por longos 12 anos, mensalmente ou me ouvia,
através da Rádio Tupinambá, por seis anos e simultaneamente, a partir de 2009,
pelos meus escritos no facebook.
A resposta é
simples, nenhum político jamais me quis por perto, como se eu tivesse uma
doença contagiosa. No início, confesso que sofria com o nítido afastamento, mas
aos poucos, fui compreendendo que eram vários os motivos para que me
mantivessem à distância, sem contar que apesar de ser muito acolhida por boa
parte deste povo maravilhoso, reconheço que sou de “fora” e o bairrismo por
aqui é forte. Afinal, entre mim e alguém deles, minhas chances se anulam.
Então, uma
vez conscientizada, entendi que meu trabalho independente seria de maior
proveito para a cidade e para o povo, e essa isenção de postura, distanciou
ainda mais os políticos de mim, até mesmo, aqueles que eu supunha gostarem de
minha pessoa.
No entanto,
ressalto que o Prefeito Raimundo da Hora, convidou a mim e a meu marido para
assumirmos o departamento de comunicação e, apesar de ficarmos lisonjeados e de
nos sentirmos capazes, agradecemos, já que na época, Roberto e eu, estávamos
muito envolvidos com a Rádio Tupinambá e o jornal, além do curso de Filosofia que
eu ainda tinha que dar conta e, seria impossível assumir outra responsabilidade
sem que prejudicássemos um ou outro. Uma questão de ética.
Aprendi ao
longo de minha convivência com eles que, verdadeiramente, não querem ouvir
críticas, não aceitam sugestões, a maioria é machista, até mesmo as mulheres, escolhem
a dedo seus aliados e como jamais tive tendência ao servilismo ou a
equilibrar-me na dura e sofrida dança das cadeiras das assessorias políticas, reconheço
que queimei todos os meus cartuchos, sendo absolutamente honesta com eles.
Mas qual
político quer honestidade? Afinal, eles já possuem seus camaradas de confiança,
reparem que se formos contar nos dedos, não chegam a seis os camaradas irmãos
que cada político tem ao seu redor estejam eles, aonde estiverem e isso, com
muito otimismo. O resto, no qual, eu me incluo, só tem que aplaudir e obedecer.
Todavia,
estou feliz sendo livre para pensar e comentar, aplaudir e criticar, reservando
em tudo que falo e escrevo a bendita isenção, que certamente, não conseguiria manter
na íntegra dos meus propósitos, se estivesse ligada a algum deles.
*Agora,
que o salário seria bem-vindo, não resta a menor dúvida, ainda mais com as
constantes gratificações, viagens, almoços e outras mordomias. É tão boa e
verdadeira esta premissa, que existe a cada eleição uma enxurrada de candidatos
querendo se estabelecer e para quem já foi eleito, largar o osso é impensável.
Vejam como
sou?
Como posso culpa-los,
por me manterem a distância?
Não sirvo
sequer para redigir um texto de campanha para eles...
Mas tirando o
humor de carioca moleque, que é outra característica que possuo, agradeço aos
carinhosos comentários, que ao longo destes anos venho recebendo, assim como, o
caloroso acolhimento que recebo diariamente das lindas pessoas desta cidade, também
esteja eu, aonde estiver. Isso me basta.
Beijos!
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