Conversando
com minha filha a respeito de uma nova forma de me comunicar nas redes sociais,
escutei dela o seguinte:
- Mãe
adorei, mas para fazer sucesso, precisa que suas mensagens sejam breves.
Não foi novidade
para mim, já que observo há alguns anos, que quando escrevo um texto mais
analítico recebo bem menos curtidas e comentários do que quando coloco
mensagens curtas e diretas, o que sempre me causou frustrações, afinal, para
que tanta pressa tem as pessoas hoje em dia?
Não vou
entrar em considerações, cada qual sabe de si, não é mesmo?
Mas fico
pensando que tanta pressa tem nos levado aonde, mesmo?
Não seria a
pressa uma nova vestimenta para a preguiça de se ir mais fundo, seja lá, aonde
for?
E que talvez
essa pressa contínua esteja flagelando os prazeres maiores, como ler um bom
romance, apreciar um lindo pôr do sol, bater um papo com amigos, sem necessariamente
ser na sexta no final do expediente com a adição etílica, ouvir um outro alguém
em seus instantes de dor, sei lá...
São tantos
os momentos que passamos a atropelar com nossas pressas irracionais, abraçando
retóricas que não permanecem e, quando se vão, deixam um profundo vazio.
Não seria a
pressa, tão somente, a necessidade de buscar rápido um tapa buracos de nossas
frustrações?
Lá vamos
perdendo a capacidade de concentração e, consequentemente, a de análise,
perdendo, assim, também o senso lógico, e aí, o comum à maioria passa a ser o
barato da hora, na realidade, o tampa buraco que só aumenta a distância entre
eu e o tudo mais...
E aí, “Lulinha,
paz e amor... “Diretas já... “Mãe do PAC ... Fora Temer ... e muitas outras, hoje
frustram muita gente.
Isso não é
justo, isso é sacanagem!
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