sábado, 17 de março de 2018

LIBERDADE DE EXPRESSÃO



Se tem algo que realmente vale a pena nas redes sociais é essa tal de liberdade de expressão, que não importava muito no passado, até porque, não se tinha consciência do que realmente significava, até que a ditadura foi implantada e muitas vozes foram silenciadas.
E assim como num passe de mágica, alguns segmentos descobriram o valor da liberdade de poder dizer o que se pensa.
E aí, exercitar o uso das palavras foi um passatempo inconsciente, mas muito eficaz para os jovens daquela época, que buscaram nas leituras dos grandes mestres da literatura recursos linguísticos e filosóficos, caminho mais seguro para um aprendizado mais sólido, formando-se então, à época, um sem número de intelectuais que nos brindaram e alguns ainda brindam com os seus mananciais de conhecimentos, transformados em poesias e músicas que mesmo não tendo exata noção do bem que nos apresentavam, fazia enaltecer valores, sonhos e desejos, tão somente armazenados  e nunca expressados, deixando o abusado risco de arriscar para os mais afoitos ou manipulados.
O tempo passou, a globalização chegou e com ela a internet, que deveria ter aberto fronteiras de aprendizado para a maioria de pessoas como nós, ilhados também em sua maioria em terras esquecidas pela educação formal.
Mas não tem sido assim, infelizmente...
Todavia, dentre tantas novidades que a mesma nos trazia, chegou uma que nos libertou, dando espaço a todos sem discriminação, local sagrado que passou a ser chamado de rede social, onde movimentos de todas as naturezas se formaram, ideias e ideais proliferaram e, finalmente, sem qualquer controle, jovens e adultos, foram abraçando indiscriminadamente hábitos e costumes de infinitas localizações, fazendo do aqui e agora, no eu e não nós, a fórmula perfeita de se sentir livre.
Livre para falar o que justo lhe pareça, mesmo que vá doer na alma de outros que não comunguem com as mesmas impressões deste ou daquele assunto.
E para tanto se diz: “QUE SE RETE”, sem que se tenha exata extensão do egoísmo desta expressão, da brutalidade que nela reside, onde apenas o que se pensa existe e faz valer a opinião, numa desconsideração perversa ao tudo mais.
Penso então, que liberdade é antes de tudo saber se colocar entre as diferenças, num respeito sábio de si mesmo e do outro, enquanto contraditório, extraindo dele novas visões que não devem ser desconsideradas, a fim de não nos tornarmos ditadores individuais da verdade absoluta, portando por todo o tempo como arma de imposição nosso cada vez mais limitado entendimento sobre qualquer assunto que se apresente.
Pense nisto em todas as vezes que usar palavras como espada libertadora de suas frustrações solitárias, mesmo que amparadas  aos movimentos disto ou daquilo que, por enquanto, estão mais preocupados em defenderem seus interesses, mesmo que como tratores desgovernados, atropelem o tudo mais, com a bandeira libertária como escudo de guerra, mantenedor constante do separatismo, cujos exemplos podem ser constatados no cotidiano deste país varonil, onde os índices educacionais, real arma de combate a ignorância de qualquer natureza é desconsiderado e até mesmo discriminado.
Alguém escreveu que o “conhecimento” é o único poder de transformação e contra este, não os inteligentes, apenas os espertos se rebelam.




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