Se tem algo
que realmente vale a pena nas redes sociais é essa tal de liberdade de
expressão, que não importava muito no passado, até porque, não se tinha
consciência do que realmente significava, até que a ditadura foi implantada e
muitas vozes foram silenciadas.
E assim como
num passe de mágica, alguns segmentos descobriram o valor da liberdade de poder
dizer o que se pensa.
E aí,
exercitar o uso das palavras foi um passatempo inconsciente, mas muito eficaz
para os jovens daquela época, que buscaram nas leituras dos grandes mestres da
literatura recursos linguísticos e filosóficos, caminho mais seguro para um
aprendizado mais sólido, formando-se então, à época, um sem número de
intelectuais que nos brindaram e alguns ainda brindam com os seus mananciais de
conhecimentos, transformados em poesias e músicas que mesmo não tendo exata
noção do bem que nos apresentavam, fazia enaltecer valores, sonhos e desejos,
tão somente armazenados e nunca
expressados, deixando o abusado risco de arriscar para os mais afoitos ou
manipulados.
O tempo
passou, a globalização chegou e com ela a internet, que deveria ter aberto fronteiras
de aprendizado para a maioria de pessoas como nós, ilhados também em sua
maioria em terras esquecidas pela educação formal.
Mas não tem
sido assim, infelizmente...
Todavia,
dentre tantas novidades que a mesma nos trazia, chegou uma que nos libertou,
dando espaço a todos sem discriminação, local sagrado que passou a ser chamado
de rede social, onde movimentos de todas as naturezas se formaram, ideias e
ideais proliferaram e, finalmente, sem qualquer controle, jovens e adultos,
foram abraçando indiscriminadamente hábitos e costumes de infinitas
localizações, fazendo do aqui e agora, no eu e não nós, a fórmula perfeita de
se sentir livre.
Livre para
falar o que justo lhe pareça, mesmo que vá doer na alma de outros que não
comunguem com as mesmas impressões deste ou daquele assunto.
E para tanto
se diz: “QUE SE RETE”, sem que se tenha exata extensão do egoísmo desta
expressão, da brutalidade que nela reside, onde apenas o que se pensa existe e
faz valer a opinião, numa desconsideração perversa ao tudo mais.
Penso então,
que liberdade é antes de tudo saber se colocar entre as diferenças, num
respeito sábio de si mesmo e do outro, enquanto contraditório, extraindo dele
novas visões que não devem ser desconsideradas, a fim de não nos tornarmos
ditadores individuais da verdade absoluta, portando por todo o tempo como arma
de imposição nosso cada vez mais limitado entendimento sobre qualquer assunto
que se apresente.
Pense nisto
em todas as vezes que usar palavras como espada libertadora de suas frustrações
solitárias, mesmo que amparadas aos
movimentos disto ou daquilo que, por enquanto, estão mais preocupados em
defenderem seus interesses, mesmo que como tratores desgovernados, atropelem o
tudo mais, com a bandeira libertária como escudo de guerra, mantenedor
constante do separatismo, cujos exemplos podem ser constatados no cotidiano deste
país varonil, onde os índices educacionais, real arma de combate a ignorância
de qualquer natureza é desconsiderado e até mesmo discriminado.
Alguém
escreveu que o “conhecimento” é o único poder de transformação e contra este,
não os inteligentes, apenas os espertos se rebelam.
Nenhum comentário:
Postar um comentário