quinta-feira, 15 de março de 2018

POIS É ...



Estava aqui quietinha neste sossego de minha casa, e como de costume, ouvindo os meus pássaros neste final de tarde; e como não poderia ser diferente, pensando em tudo que ouço, vejo ou diretamente vivencio e, é claro, que a minha cidade sempre é prioridade, todavia, ao colocar em palavras, preciso ter todo o cuidado para não enviar a intenção errônea das mesmas.
Talvez por esta razão eu seja tão didática, pois ofender e denegrir seja lá o que for, não faz parte de minha natureza pessoal e muito menos profissional.
Penso que estamos tão absortos com os horrores deste sistema social e político que deixamos em sua maioria o óbvio passar despercebido e, então, brincadeiras saudáveis como tivemos no “face” podem ser ricas fontes de inspiração no sentido de acordarmos para o básico que nos falta a cada dia, mas que os holofotes das desgraças, aparentemente maiores, nos cegam, tirando de cada um de nós o foco do que realmente precisamos.
É a terrível banalidade que vem assolando a nossa ética de prioridade de valores a serem preservados ou no mínimo restaurados, pois esta tarefa é a básica e a única capaz de ser exercida por nós, cidadãos.
A mídia de um modo geral, comprometida seja com o comercial ou com o político, ou ambos ao mesmo tempo, tem a expertise de nos manter confusos, invertendo, criando, distorcendo e assim soterrando de forma indelével a nossa coerência existencial em benefício de poucos que se revezam no poder.
Precisamos nos focar em nossa cidade, não para ficarmos como maritacas barulhentas, mas como sábias aves na busca de seu bendito alpiste.
 A educação e a saúde são quesitos básicos para o desenvolvimento de uma cidade e seu povo, pois se vão a contento todo o restante começa a fluir.
E no nosso caso em particular, nada mais é relevante que diminuir o baixíssimo índice educacional, assim como a assustadora fome. Um está atrelado ao outro e, juntos, são como fortes correntes de uma escravidão visivelmente perversa.
Se funcionam a meia boca, a simbiose doentia dos partidarismos atinge e mantém reféns mentes e vidas, num ciclo vicioso de simples troca dos atores nos tronos dos poderes, seja legislativo ou executivo.
Amar Itaparica, ou qualquer outra cidade, não é brigar, perseguir ou denegrir. Amar tem que ser, antes de tudo, união e respeito.
Filosofia, dirão alguns. Utopia dirão outros.
Digo apenas que é amor a esta cidade e ao seu povo.

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