São cinco e
sete desta manhã de sexta- feira de julho e o céu ainda está escurinho, pois o
dia com a preguiça que o inverno provoca, assim como nós, sente um friozinho
gostoso e não tem a menor pressa em começar a sua labuta diária.
Olho através
da janela e nada posso enxergar, apenas ouço a certa distância, os latidos de
alguns cães, assim como alguns grilos que insistentes, cantam e esticam a noite
envolta de si mesmos.
O som do
canto de um galo se faz presente e é claro, lembro-me imediatamente das roças
por onde andei e sorrio, afinal, que vida rica meu Deus!!!!
Meus
cachorrinhos impacientes arranham a porta, pedindo para entrar e penso então,
que o dia está de verdade amanhecendo, mesmo que meus olhos não enxerguem,
mesmo que a pressa em vê-lo surgir seja maior que a minha paciência em saber esperar.
Volto o meu
olhar para o meu interior, buscando filmes de dias e anos já vividos, tentando
recordar das pressas, das ansiedades e das enormes perdas de tempo.
Por não
saber esperar, não aprendemos a saborear as frutas saborosas que a vida oferece
e por consequência, não sabemos guardar os doces sabores que elas nos dão,
porque temos pressa, porque sempre queremos mais.
O mais e
mais que chega e vai embora, muitas vezes sem sequer dizer adeus, deixando-nos
solitários entre um querer e um poder, deixando-nos aflitos em relação há um
tempo que jamais nos pertenceu.
O dia ainda
não clareou, mas já amanheceu...
Os pássaros
já se aproximam e os sons já bem próximos são como de uma grande festa.
É a vida pedindo
passagem.
É o dia
sorridente, dizendo:
_ Regina,
Cheguei!!!!
-“Mulher,
para que tanta pressa”...
Hoje o nosso
Brasil vai jogar contra a Colômbia, ganhando ou perdendo ele sempre amanhecerá.
Vamos
esperar por ele?
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