Neste mês de Julho, fui agraciada com inúmeras rosas, hoje
mesmo, pude contar nove desabrochadas e mais quatro botões. Seus perfumes
invadem a casa, principalmente a sala onde escrevo, bastando abrir a janela,
para já sentir o aroma suave e adocicado de minhas meninas princesas, pois é
assim que as chamo.
Como não ser feliz com tantos presentes a cada dia, seja
verão, outono ou primavera? Imaginem então, no inverno!!!!
Olho para o céu e lá está o sol ainda fraquinho, mas como
sempre esplendoroso e penso que, afinal, estou viva e isto me basta, pois com
esta prerrogativa posso tudo que me convém, inclusive e principalmente, tentar
a cada instante, não esquecer que a vida é passageira e que de um momento para
o outro, posso simplesmente desligar, fechando meus olhos e meus sentidos ao
tangível, portanto, não perco meu precioso tempo, avistando sem enxergar as
maravilhas que a vida generosamente me oferece.
Respiro fundo e sorvo este perfume que minha arrogância crê
que só a mim pertence, fecho os olhos e me deixo sonhar que a vida é só beleza
e que o tudo mais lá fora, não mais existe e que tudo posso se assim o desejar
e neste embalo utópico e quase insensato, me sinto viva, abraçada e acolhida.
Não será viver uma utopia sem fim, um perder de tempo inútil
e insensato?
Então, roubo o tempo, contabilizando-o para mim, abusando da
sorte em poder sentir a vida, até quando, as luzes finalmente se apagarem.
Que neste domingo de finalzinho de inverno, o roubar o tempo seja o seu maior passa tempo
e o abusar da vida seja o seu encantamento.
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