Ruas desertas, árvores absolutamente inertes e até as
estrelas parecem que exaustas deitaram-se no firmamento reluzindo pouca luz, fazendo
o céu escurecer, não permitindo que as sombras me façam companhia.
Um cachorro preguiçoso espreguiça-se
literalmente no meio da rua, como se esta fosse sua cama e toda a redondeza seu
quarto, deixando com sua displicência eu pensar que apenas ele existe em meio a
todo aquele paradeiro que em outro pode até enlouquecer, mas que a mim só
reforça a certeza de que a paz sempre será bem-vinda, mesmo que com a aparência
da não existência de nada, mas totalmente pulsante em tudo para quem aprendeu a
distinguir no silêncio sistêmico, os sons do universo.
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