A cada
notícia que me chega relatando o falecimento de alguém próximo, me abalo, mesmo
tão consciente que sou de minha perenidade.
Fazer o que,
não é mesmo?
Tudo é tão
real e ponderável que não há espaço para surpresas, mas ainda assim nos
surpreendemos, como se não soubéssemos que amanhã, ou daqui a pouco, pode ser
um de nós.
E embalados
nesta pseuda surpresa, nos esquecemos da necessidade de viver o momento, de
sentir os instantes, não como se fossem os últimos, mas com certeza como se
fossem únicos, onde precisaríamos de muita serenidade para não desperdiçá-los.
Mas somos
tolos, arrogantes e covardes, seguimos em frente, fingindo que somos eternos.
Brigamos com
a vida, elegemos coisas, desejamos tudo e não sorvemos nada.
E como espadachins
do praticamente nada, cortamos a luz de nossos instantes presentes, brigando por
tudo e enxergando quase nada.
Noutro dia
foi-se meu amigo Prof. Massa, hoje a Regina do Novo Tempo, amanhã, pode ser eu
ou você, e aí, fazer o quê?
Somos tolos,
muito tolos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário