terça-feira, 24 de junho de 2014

APENAS VÔO


Um passarinho, cujo nome nunca sei, desliza rápido sobre o telhado da garagem e de onde estou, neste sofá daqui da sala, posso então vê-lo lépido, eternizando-se em minhas retinas, já encantadas, induzindo-me a pensar o quanto foi fundamental a minha escolha de estar aqui, nesta pequena roça.
Tornei-me rica sem ganhar qualquer tostão, virei proprietária deste universo infinito e nele, a cada instante, realizo fantasias, deliciando-me com todos os preciosos ornamentos que esta natureza, generosa, me oferece.
Viajo longe sem sair do meu lugar, bato minhas asas com vigor e entusiasmo, pegando sempre carona na ligeireza dos pássaros, sentindo cada aroma, enxergando cada cor, e quando o faço, logo me lembro de você.
Venha também voar em meio à paz.
Não custa nada é só um brinde da natureza, mas é preciso que você queira em algum momento enxergá-lo.
Enxergue o seu pássaro e venha voar comigo.



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