Agradecer à zelosa
Presidente Dilma, por ter oferecido equipamentos para os municípios adquiridos
com o dinheiro dos brasileiros que pagam uma das maiores taxas de impostos do
mundo em explícita motivação eleitoreira, e desconsiderar os esforços das
prefeituras no sentido de preencherem os requisitos para recebê-los é primeiro
uma incoerência, já que estas mesmas pessoas que falam isto são as mesmas que afirmam que o dinheiro é público e
que os políticos não fazem mais que suas obrigações, pois foram eleitos e
ganham para isso, e depois uma enorme maldade, pois imbuídas de suas ganâncias
pessoais, deixam de prestar um enorme serviço de utilidade pública explicando
aos mais simples os mecanismos burocráticos que são necessários para ser contemplado com isto ou aquilo do Governo
Federal ou Estadual.
A
comemoração é justa e necessária. Justa, pois é resultado de um trabalho que
culminou em sucesso, e necessária como forma de prestação de contas ao povo em
geral para que saibam de forma clara que parte do dinheiro público é para pagar
mão de obra competente, capaz de criar mecanismos sólidos, pelos quais o real
desenvolvimento se faça presente.
Denegrir o
bem feito, sem qualquer interesse maior que os de si mesmo, desconsiderando as
benécies que estes equipamentos e ações
poderão vir a realizar de amparo
a um melhor ir e vir do povo em geral, formando um coro desumano e cruel,
jamais pode ser chamado de política e muito menos de amor a qualquer coisa.
Amar é
cuidar, e cuidar é realizar, e realizar é antes de tudo buscar as possibilidades
com bom senso e respeito.
Amar é
amparar, e amparar é proteger, e proteger é também vigiar com atenção e com
discernimento.
Quem não
consegue enxergar o bem feito, jamais estará qualificado para sequer pensar em
criticar o mal feito, pois faltar-lhe-á sempre a isenção emocional às críticas,
quanto aos valores.
Fala-se muito
em pecado, não seria o maior deles, induzir-se à cegueira quem só viveu na escuridão?
Amar uma
cidade e sua gente é antes de tudo realizar, produzir e se envolver,
independentemente de quem está no poder.
Amar é ir
para rua, fazendo o seu papel primeiro de cidadão e depois de ser humano,
estendendo os seus conhecimentos para amenizar a ignorância de quase tudo que permeia
a pobreza e a miséria, criando e executando sem que haja necessariamente um
poder atrelado a si.
Portanto, na
qualidade de cidadã, reconheço os avanços que o país desenvolveu na última
década, pois não sou cega e nem surda e aprendi a ler, faz muito tempo, assim
como reconheço com tristeza infinita, minha decepção em relação aos valores
éticos que se perderam, assim como a degradação de nossas instituições sociais,
descredenciando-as em todos os níveis, justo pela ganância que foi se
desenvolvendo e se transformando numa fera selvagem que acredita e faz
acreditar aos ineptos ou espertos de que todos os meios são válidos para se
chegar a um determinado fim.
Lamento,
finalmente, que o grande amor que é dedicado a Itaparica e a seu povo, esteja
atrelado às falsas verdades que induzem a cegueira ou no mínimo a uma
informação errônea.
E para quem
ainda não entendeu, vou desenhar:
Para ser contemplado por qualquer projeto de
qualquer área oferecido pelo governo Federal, o Município, seja ele qual for,
precisa estar adimplente, ou seja ( com as contas pagas) e estas, precisam ser
pagas com recursos próprios, daí concluir-se que parte da renda do município
foi destinado a estes pagamentos.
Além disso,
precisa-se de funcionários qualificados e naturalmente devidamente bem pagos,
para justamente buscarem e prepararem toda a documentação necessária, o que não
é tarefa pequena, levando em conta o estado deplorável em que a cidade se
encontrava.
Obrigação?
Sim... é verdade, mas isto não desmerece a qualidade dos feitos e muito menos
os esforços empreendidos e tão pouco deva ser usado de forma maliciosa com um
único intuito que é o de confundir.
Erros, mal
feitos e outras coisitas mais, certamente deva estar acontecendo nesta como
aconteceu nas demais gestões, porque afinal, em tudo está inserido o ser humano
que, notoriamente, é o predador de si mesmo.
Agora, dizer
que nada está acontecendo, que Itaparica está abandonada, que tudo vem caindo
do Planalto Central, com o dinheiro do povo brasileiro, porque a Presidente Dilma
é boazinha e o PT e seus aliados são os Salvadores, aí é brincadeira de mal
gosto.
Dizer que
tudo está desleixado e que o povo está sendo enganado é fechar os olhos
novamente para um passado recente, onde aí sim, nada acontecia a não ser em
benefício de alguns poucos e onde o silêncio se fez presente, pois eram tantos
os desmandos que a oposição sequer se preocupou em denunciar, afinal, já davam
como favas contadas a suas vitórias eleitorais.
E então, eu
lhes pergunto:
Onde esteve
e com quantas chaves esteve guardada toda a devoção ao povo e à cidade de
Itaparica que não puderam, não quiseram ou não era conveniente aparecerem como
amantes defensores, para aí sim, tentarem ajudar com no mínimo pronunciamentos
de indução à busca de uma dignidade pessoal.`
Me poupem
pelo amor de Deus, pois de conversa fiada, também o povo simples, mas não
idiota, já está cheio.
Façam
política sadia, mostrem alguma novidade, saiam do lugar comum, cresçam de forma
bonita, fazendo um jogo de luta bonito, em nome de Deus.
Guerreiro
não mais é aquele que, tão somente, persegue seus objetivos, mas sim aquele que
enquanto persegue, produz.
Por que
estou escrevendo isto?
Simplesmente
porque não aceito que me chamem de mentirosa, pois todos os dias, através de
meu trabalho, levo aos ouvintes, não minhas verdades, mas apenas e, tão
somente, fatos, e todas as vezes que me vejo diante de falas inconsequentes,
sinto-me atingida e naturalmente reajo, pois enquanto eu dispor de voz,
falarei, de uma caneta, escreverei, e de um microfone, falarei e defenderei o
bendito direito à educação que, afinal, é possível de ser doado em qualquer
situação.
Pois
educação é a única verdade possível de ser reconhecida, pois através dela,
seguem-se os fatos.
Um beijo no
coração e desculpe o desabafo desta incorrigível senhora que sempre acreditará
que somos todos capazes de sermos bem mais.