Eram os anos sessenta..
O fervilhar dos hormônios, turvava qualquer pensamento que não tivesse relação
com a paixão, com o amor que eu começava a sentir, sem sequer entender bem, nem
como e nem o porque de estar sendo
invadida e envolvida, sem sequer achar
ruim.
A mocinha recatada de sonhos primaveris, certo dia, dormiu como
uma criança e se viu acordando como uma mulher sem sequer se importar com a
metamorfose, preferindo tão somente se deixar navegar nas aguas indescritíveis
dos sentidos e das emoções, que beijavam como as marolas a beira mar, as areias
ainda virgens, moldando cuidadosamente um cenário, um histórico de amor, para
toda uma vida.
Ao eterno navegador deste barco, o meu muito obrigado, pelos
caminhos marítimos que me levou a conhecer, onde não faltou emoção, onde não
faltou o esmerado cuidado e muito menos o bendito, amor.
Como então, não ser feliz?
Como não viver sorrindo?
Como não ter inspiração para escrever?
Como não amar o meu próximo?
Afinal, foi um deles que como navegador perspicaz, roubou de
mim a infância, mas doou-me o sempre prazer em viver.
Que neste final de tarde, um som, uma imagem ou um
pensamento, faça um link e leve você ao melhor de sua vida.
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