E lá estavam
elas, aparentemente estáticas em um acasalamento esplêndido diante de nossos
olhos que estarrecidos fixavam aquele espetáculo da reprodução.
De pé,
permanecíamos bem próximo em um deleite inigualável, analisando aquela obra de
perfeição de detalhes e cores cuja leveza contagiava e nos fazia então crer que,
se nos era permitida a sensibilidade em poder dividir com as borboletas seus
instantes de intimidade de vida, onde não havia barreiras separatistas, apenas
o bom senso em não tocá-las, seríamos, então, parte de um todo muito maior que
a nossa infinita mediocridade em não nos reconhecermos também como mais uma
maravilha da natureza.
E como bons
mortais que somos, passado o primeiro espanto, corremos a fotografar na desnecessariedade
própria de nossa ignorância em não percebermos os instantâneos de nossos olhares
que foram revelados nos semblantes de cada um de nós, como registros divinos de
nossa capacidade de ainda nos encantarmos com o simples, com o belo, com o tão
somente singelo.
Aos meus
queridos companheiros de Face, uma noite tão leve e apaixonante quanto às
borboletas que encantaram o meu dia.
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