Portanto, de
todas as criatividades marqueteiras em prol de suas candidaturas, a mais
danosa, certamente, é a da desqualificação do concorrente, onde as falácias dão
lugar às evidências comprováveis de que no mínimo em outros momentos, ambos por
interesses pessoais, calaram-se, omitindo denúncias que, em tempo hábil,
provavelmente teriam sido corrigidas com a devida exposição dos culpados.
Esse a meu
ver é sem dúvidas o golpe mais baixo que faz parte do script dos candidatos espertalhões
que somente visam alcançar os seus objetivos, não respeitando absolutamente
nada, nem mesmo suas competências pessoais de criar um programa administrativo
ao invés de utilizarem palanques e incautos para propagarem suas ineficiências
pessoais.
Cercam-se,
por todo o tempo, de puxa sacos contumazes que por esta mesma razão não pensam,
não raciocinam, direcionando suas interpretações sobre qualquer assunto
relativo ao momento político à esquemas que somente eles são capazes de
decifrar, transformando esses momentos onde o poder da expressabilidade de
ideias acontece , em um circo pobre de argumentos e propostas.
E alguns, vão
longe em seus devaneios oportunistas e eleitoreiros, chegando até mesmo a
utilizar as sagradas tribunas públicas para expurgarem seus venenos interesseiros
e descompromissados com o povo que os elegeram, fazendo escárnio do tempo que
lhes restam, manchando assim com injúrias e falsos protestos, a confiança que
lhes foi conferida através dos votos populares.
Observo que
a cada momento político, mais se esvaziam os comícios e também avalio que não é
pelo show musical que não mais pode acontecer, e sim, pela babaquice e falta de
propósitos que transformam, a cada eleição, os comícios em representações
pobres e sem brilho, onde um punhado de aspirantes a autoridades se arvoram de
supostos poderes de salvadores da pátria e com suas espadas emprestadas pelo
partido e candidato, proferem acusações sem conteúdo comprobatório, detonam a língua
portuguesa em detrimento da lógica oferecendo ao ouvinte em alguns momentos, a
pieguice do “nada tenho a falar que mereça ser ouvido”, restando então às
pessoas de um modo geral, o direito supremo de não se permitir invadir-se com o
feio, o banal e o inconsequente.
Que pena...
penso eu neste instante, e em todos os demais instantes, onde o respeito às
causas públicas se perde em favorecimento ao sarcasmo e aos verdadeiros pulhas
que assolam o nosso país, posando de Deuses salvadores da humanidade que,
afinal, nada mais são que hilários e perniciosos personagens, largamente expressados através da
reprodução genial de grandes escritores, ensaístas e pensadores.
Quem não se
lembra de Roque Santeiro, Sinhozinho Malta e Sasá Mutema!
Perde-se com
isto valorosa oportunidade de, verdadeiramente, fazer-se política pública de
qualidade e de respeito ao coletivo.
Itaparica
merece mais que esse espetáculo público que trás tristeza e desolação diante da
falta de expectativas!
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