E as duas borboletas adentraram pela janela silenciosas para os demais, todavia, para mim, foi fácil percebê-las através do vibrar de suas asas.
Lindas! Com elas vieram a certeza e o querer de dias mais tranquilos e suaves.
O bater de suas aparentes frágeis asas são a amostra colorida da alegria que reina em meu coração.
Morrer?
Medo de partir?
Claro que tenho, mas acompanhando o medo, vem a certeza de eu jamais estarei sozinha. E esta é a minha mais preciosa riqueza que venho cultivando ao longo de minha vida, jamais desistindo daqueles que amo, jamais retendo o que já não me pertence mais.
Não há ouro, prata ou bronze que valha mais que os olhares, gestos e atenções que fui capaz de amealhar ao longo de meu caminho.
Que este universo bendito penetre em mim sarando minhas feridas físicas para que tenha ainda oportunidade como desculpa de continuar nesta vida que adoro, porque, afinal, tenho tanto para agradecer, tantos para adular e outros tantos que quero fazer enxergar o quanto a vida pode ser bonita se assim permitirmos.
Um beijo no coração de cada amigo que tem dirigido a mim suas preciosas vibrações.
Logo, logo, estarei de volta levando comigo as borboletas coloridas e muitas emoções
Beijos, Regina.
Texto escrito em 2015, pouco antes de ir para o hospital para uma cirurgia intestinal. Não só voltei com as graças de Deus, como por aqui me encontro nove anos depois, ainda escrevendo sobre a lindeza desta vida, sentindo-me, não a última bolacha do pacote, mas com certeza, uma bolacha recheada de amor.
Regia Carvalho-10.05.2024 Itaparica
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