quinta-feira, 31 de outubro de 2019

FLASHES IMPACTANTES



Último dia do mês de outubro e mesmo com tantas perguntas e dúvidas, a secretaria de Turismo e Cultura, não se deu ao trabalho de oferecer uma explicação oficial sobre o FITA, como se não precisassem dar satisfações ao povo, como se este em sua maioria, por ter sido praticamente alijado das festividades anteriores, não estivesse interessado.
Ledo engano.
Aproveito a ocasião para também me desculpar, por insistir em temas que costumeiramente, ficam engavetados ou velados por flashes luminosos de obras impactantes. Compreendo que sou um pé no saco, mas na realidade, no dia a dia, tudo é importante e fundamental e é preciso, muita sensibilidade para ir atendendo aqui e acolá e ainda assim, muito fica por fazer.
Espero que o próximo gestor que pode ser a mesma atual, comece o mandato mais agilmente, afinal, num mandato de quatro anos, não é justo o povo sofrer dois anos e meio para então, poder usufruir de alguns benefícios como forma de retorno aos impostos pagos e votos oferecidos.
Este é um vício político corriqueiro que vivencio desde que me entendo por gente, afinal, a memória do povo é pequena e logo se esquece dos benefícios recebidos, então, só se faz obra, um ano  e poucos meses antes  da próxima eleição, pois assim, ainda está fresco na mente do cidadão que até se esquece que permaneceu chupando dedo por um longo período.
Pelo menos, Marcus Vinícius, nosso vizinho, quebrou esta regra cruel e logo no primeiro mês de gestão, mostrou a que veio. Sua atitude inédita nas imediações, acabou por criar um sério problema para a vizinhança e para seus sucessores, pois chamou a devida atenção para o marasmo da mesmice habitual, despertando os eleitores para uma realidade que eles desconheciam que era justo, compreender que é possível sim, colocar a mão na massa, logo no início, e que a eterna desculpa de ter que pagar dívidas, é assunto do passado, pois com as atuais arrecadações, é possível pagar e realizar.
O povo vem aprendendo rápido através da comunicação online, mesmo que ainda comprometida com partidarismos e fakes News.
Concluo que se os políticos atuantes, não mudarem suas formas arcaicas de lidar com o povo, frustrarão a sim mesmos, como já vem acontecendo sistematicamente, aqui ou no Brasil de um modo geral.
O FITA, no qual muito honrada participei, modestamente, com minha família e cuja ideia foi maravilhosa, infelizmente, nasceu com poucas perspectivas de vida longa, pois não foi estruturada no mesmo gigantismo de seus propósitos e, portanto, como tudo de bom e necessário para a melhoria da qualidade do povo itaparicano que é o mais importante, perdeu-se sem qualquer maior satisfação.
Penso então, que nas lutas pela carniça farta, os lobos esfomeados desconhecem o valor da mesma.

quarta-feira, 30 de outubro de 2019

POR QUÊ?



Só nesta semana, duas pessoas que são amigos no face e que acompanham o meu trabalho, questionaram o fato da minha não participação política na cidade, já que é público e notório o amor que sinto por ela, assim como de forma independente, sempre promovi projetos e esclarecimentos sobre inúmeros assuntos que certamente, contribuíram para o entendimento mais claro de quem me lia através, do Jornal Variedades que editei por longos 12 anos, mensalmente ou me ouvia, através da Rádio Tupinambá, por seis anos e simultaneamente, a partir de 2009, pelos meus escritos no facebook.
A resposta é simples, nenhum político jamais me quis por perto, como se eu tivesse uma doença contagiosa. No início, confesso que sofria com o nítido afastamento, mas aos poucos, fui compreendendo que eram vários os motivos para que me mantivessem à distância, sem contar que apesar de ser muito acolhida por boa parte deste povo maravilhoso, reconheço que sou de “fora” e o bairrismo por aqui é forte. Afinal, entre mim e alguém deles, minhas chances se anulam.
Então, uma vez conscientizada, entendi que meu trabalho independente seria de maior proveito para a cidade e para o povo, e essa isenção de postura, distanciou ainda mais os políticos de mim, até mesmo, aqueles que eu supunha gostarem de minha pessoa.
No entanto, ressalto que o Prefeito Raimundo da Hora, convidou a mim e a meu marido para assumirmos o departamento de comunicação e, apesar de ficarmos lisonjeados e de nos sentirmos capazes, agradecemos, já que na época, Roberto e eu, estávamos muito envolvidos com a Rádio Tupinambá e o jornal, além do curso de Filosofia que eu ainda tinha que dar conta e, seria impossível assumir outra responsabilidade sem que prejudicássemos um ou outro. Uma questão de ética.
Aprendi ao longo de minha convivência com eles que, verdadeiramente, não querem ouvir críticas, não aceitam sugestões, a maioria é machista, até mesmo as mulheres, escolhem a dedo seus aliados e como jamais tive tendência ao servilismo ou a equilibrar-me na dura e sofrida dança das cadeiras das assessorias políticas, reconheço que queimei todos os meus cartuchos, sendo absolutamente honesta com eles.
Mas qual político quer honestidade? Afinal, eles já possuem seus camaradas de confiança, reparem que se formos contar nos dedos, não chegam a seis os camaradas irmãos que cada político tem ao seu redor estejam eles, aonde estiverem e isso, com muito otimismo. O resto, no qual, eu me incluo, só tem que aplaudir e obedecer.
Todavia, estou feliz sendo livre para pensar e comentar, aplaudir e criticar, reservando em tudo que falo e escrevo a bendita isenção, que certamente, não conseguiria manter na íntegra dos meus propósitos, se estivesse ligada a algum deles.
*Agora, que o salário seria bem-vindo, não resta a menor dúvida, ainda mais com as constantes gratificações, viagens, almoços e outras mordomias. É tão boa e verdadeira esta premissa, que existe a cada eleição uma enxurrada de candidatos querendo se estabelecer e para quem já foi eleito, largar o osso é impensável.
Vejam como sou?
Como posso culpa-los, por me manterem a distância?
Não sirvo sequer para redigir um texto de campanha para eles...
Mas tirando o humor de carioca moleque, que é outra característica que possuo, agradeço aos carinhosos comentários, que ao longo destes anos venho recebendo, assim como, o caloroso acolhimento que recebo diariamente das lindas pessoas desta cidade, também esteja eu, aonde estiver. Isso me basta.
Beijos!

terça-feira, 29 de outubro de 2019

COMEÇOU, MINHA GENTE!!!!!



 Ontem quando fui fazer compras no GA e depois, cortar o cabelo no Salão Stylus, por um instante, ao ver um trator quebrando parte da calçada da rua direta, pensei alto para o Roberto:
_ Meu Deus, o que é isso?
_Será que a Embasa não cansa de esfolar a nossa cidade?
Roberto, então falou:
_ Não parece ser, pois os trabalhadores não estão uniformizados.
Confesso que fiquei chateada, mas com um pouquinho de esperança que já fosse o início das obras de asfaltamento, todavia, a dúvida pairava por estar acontecendo a quebradeira, justo na calçada.
Mas qual a minha agradável surpresa, quando à noite, li a postagem da Prefeita, anunciado tratar-se realmente do início das obras, tão esperadas por um grande número de itaparicanos, que precisam circular regularmente por aquela via.
Sorri de satisfação, pois meu mantra diário, sempre foi pedir a Deus que um dia, algum prefeito asfaltasse e arrumasse as calçadas, tal qual, o projeto de Claudio Neves, que na época, não teve recursos de arrecadação que pudesse arcar com os custos previsto.
Portanto, como munícipe consciente das necessidades de um ir e vir mais adequado, além da repaginação visual da entrada de nossa cidade, só posso agradecer.
Espero, no entanto, que doravante, haja maior fiscalização quanto ao uso abusivo dos comerciantes em ocuparem indevidamente o passeio com suas mercadorias, evitando que os transeuntes precisem ir para a via, assim como, exigir a colocação de depósito aéreo de lixeiras para que seus lixos não fiquem expostos nas calçadas, sendo rasgados pelos cães.
Espero também que os ambulantes, recebam como subsídio da Prefeitura, barracas padronizadas para que o visual se harmonize e que os mesmos, possam mais confortavelmente, empreenderem seus negócios.
Ser um cidadão consciente é participar, interagindo junto a gestão, oferecendo ideias e sugestões, cobrando serviços de relevância ao bem comum e reconhecendo quando as mesmas acontecem, independentemente de bandeiras partidárias.
Feliz, muito feliz ...


segunda-feira, 28 de outubro de 2019

DOIS PESOS E DUAS MEDIDAS



Nesta segunda-feira ensolarada em meio a paz que me cerca, comecei a raciocinar só um pouquinho, na busca de respostas para algumas perguntinhas básicas que, insistentes, confundem meu real entendimento sobre comentários e preconceitos, com os quais convivo a vida inteira.
Por favor, este é apenas um ensaio sobre o comportamento humano, jamais uma tentativa de denegrir as lutas seja de quem for, pois acredito que se não pensamos, discutimos e trocamos informações, com certeza, estagnamos e é baseada nas infinitas leituras e vivências que também, exponho minhas impressões.
Que a hipocrisia faz parte dos nossos hábitos e costumes num contraponto absurdo da franqueza, isso nós sabemos e até denominamos de educação, afinal, não devemos e não podemos em respeito ao outro, dizer tudo que realmente pensamos, mas daí, a procedermos como vaquinhas de presépio ou macaquinhos de realejo, existe uma enorme diferença.
Nossos políticos e suas camarilhas só comparáveis a corte francesa da época de Luis XIV, só existe, porque somos preguiçosos para mudarmos nossas realidades, preguiça esta, que está inserida em nosso DNA de índios, acostumados a aceitar os comandos dos CACIQUES e PAJÉS sem qualquer discussão, assim com milhares de negros escravizados, que ficavam assistindo um CAPATAZ bater sem piedade e um SINHOZINHO determinar sobre sua vida ou morte, num servilismo que atravessou séculos de maus-tratos e ignomínias possíveis de serem constatadas nos livros da história mundial.
A psicologia, a antropologia, a sociologia e todas as “gias” acadêmicas, certamente tem suas explicações que são frutos de longas pesquisas e estudos, todavia, há exatamente 131 anos, a escravidão acabou em nosso país, o mundo se transformou nos hábitos e costumes e no entanto, continuam no ritmo das lamentações, amparando-se em “senhores” e “”bandeiras” que lhes facilitem um caminho para a desforra, quando deveriam buscar uma autêntica emancipação pessoal, como muitos fizeram e ainda fazem, até mesmo, em meio a escravidão de um sistema oportunista, agarrando-se a preciosas chances, num reverso de preconceito absurdo, pois há muito a escravização humana se estende a negros e brancos sem qualquer distinção em qualquer favela e periferias deste imenso e injusto democrático país de senhores e mandatários que se amparam na preguiça mental de parte expressiva do povo, para permanecerem com o chicote em riste, tal qual, retratou Castro Alves em sua fantástica narrativa poética do NAVIO NEGREIRO.
Ele era negro, ainda um menino, pois tinha somente 15 anos, quando o escreveu.
O mesmo se expandiu para a política desde sempre pelos mesmos motivos e o espantoso é que em pleno século 21, às portas de 2020, continuamos aplaudindo e defendendo por preguiça e acomodação, os mesmos carrascos de nossa soberania de cidadão.
Aceitamos as esmolas como troféus, reverenciamos nossos pífios políticos como se fossem santidades escolhidas por Deus, tal qual, a ignorância dos séculos passados, numa fuga emocional doentia e assustadora, ofuscando e tentando apagar todas as luzes de um claro entendimento, justo por inércia, cobiça miserável ou herança maldita de um servilismo patológico.
E aí, como todo inconsequente alucinado, abraçamos o ilógico como conquista de progresso, e num processo de dois pesos e duas medidas, como hábito de transferência de culpa, nos dividimos idiotamente, esquecendo da história, que mesmo corrompida em diversos aspectos, é bem clara em relação a quem rouba e explora quem.
Desde quando, o Norte e o Nordeste precisaram de um líder carioca ou Gaúcho ou de qualquer outra região, para escravizar o seu povo, deixando-os em perpetuo atraso em relação ao restante do país?
E qual lança ou chicote em riste, foi forte o suficiente para impedir um negro ou um branco de suplantar as dificuldades de origem, afim de atingirem seus objetivos?
Os QUILOMBOS e os ZUMBIS, estão registrados na história e ainda presentes para quem quiser conhecer a resistência com garra e determinação, de homens e mulheres de um passado sem internet e telefone, mas com sangue de lutadores e mente de brio de si mesmos, na luta da sobrevivência da vida e da liberdade. Afinal, sobreviver a perseguição, a fome, a infinitas doenças, assim como a dor causada pela maldade humana, acredito era mais difícil que qualquer conquista que a atual cruel sociedade, seja capaz de impor a negros e a brancos.
Da mesma forma, hipocritamente estamos aceitando todos os modismos e paranoias sociais, como absolutamente normais, mas ao mesmo tempo, ainda isolamos a prostituta, o deficiente mental, assim como discriminamos tudo que não nos é afim, matamo-nos por qualquer estúpido motivo, e não satisfeitos, elegemos e reelegemos o absurdo político ou de qualquer outra natureza, como ídolos salvadores.
Confesso que estou cansada desta hipocrisia sem fim, destes desmandos oficializados, desta confusa e doentia noção de convivência humana.
A impertinência é a amparadora perpétua do ostracismo.


E AÍ, PREFEITURA????

E AÍ, PREFEITURA????

A FLICA terminou ontem na cidade de Cachoeira e nós em Itaparica, sequer sabemos o que aconteceu com o nosso Fita.
Não houve uma sequer explicação oficial pública pela não realização neste mês de outubro, desta que deveria ter sido um marco de cultura e arte de nossa cidade.
Um evento desta natureza, não deve e não pode ser moldado pela improvisação e imediatismo, sem prévio amparo de objetivos e previsão financeira.
O povo deveria nas edições anteriores, como ocorre tanto em Cachoeira, como em Parati, ter sido envolvido muito além de tão somente, participar de vendas disto ou daquilo, no local do evento.
Se o propósito era criar um mecanismo de integração com outras cidades, transformando o evento num polo de captação turística, seria lógico a presença do povo e suas comunidades como pilar de amostragem de suas qualificações culturais.
Bem , mas isso é outra discussão.


O que merecemos é pelo menos uma palavra oficial sobre o assunto, pois do contrário, ficará a marca da arrogância e desconsideração para com as pessoas que, como eu, aplaudi e aplaudirá sempre as boas iniciativas.

sexta-feira, 25 de outubro de 2019

COMO É DIFÍCIL...


Há quase sessenta anos atrás quando comecei a escrever, sentadinha em minha escrivaninha em meu quarto de filha praticamente única, pois meu irmão era dez anos mais velho, percebi que gostava de escrever sobre gente e suas especificidades, assim como muito atenta, tudo ia registrando em meus caderninhos, hábito que trago até os dias atuais, jamais me atendo ao comum e corriqueiro, mas a tudo quanto eu percebia e que se camuflava em sorrisos, risinhos e palavras fáceis. Tudo muito intuitivo.
O tempo foi passando, mas os meus hábitos permaneceram, apenas, devida as labutas naturais da vida, fui adaptando meus escritos ao qualquer hora e lugar, já que por inerência de meu próprio trabalho, não me era possível fazer escolhas e com isto, ampliei a minha capacidade adaptativa e aproveitei para também ampliar meu raio de visão, o que me impulsionou a também buscar nos grandes pensadores da raça humana, uma maior compreensão em relação a todo e qualquer contraditório, extraindo dele sempre, ricos aprendizados em relação a incapacidade de nós humanos em não sermos isentos da paixão que imprimimos às nossas escolhas.
E é esta paixão que nos leva aos desentendimentos interpessoais de vários níveis, inclusive passionais ao ponto da destruição do outro, justo porque, não nos preparamos nem para a conquista de nossos ideais e tão pouco pelo fracasso dos mesmos.
E aí, com a paixão mesclada quase sempre com a ambição de inúmeras naturezas, levantamos nossas bandeiras, vestimos nossas armaduras de papelão e saímos como desvairados mundo a fora em defesa primária do que acreditamos ser a verdade, nossa, não resta a menor dúvida, mas o que importa a verdade do outro?
Bela caminhada, não resta a menor dúvida.
Grandes aprendizados que tento repassar aos demais.
Todavia, o que mais aprendi foi sobre as mentes humanas, fontes inesgotáveis de singularidades que como atenta sempre estou, certamente me capacita, não como mais uma letrada desta vida, mas como provavelmente, uma pessoa sensível que buscou por toda a vida entender e vivenciar a ética, não dos outros em seus mares de interesses próprios, mas para os outros na certeza de todo o meu respeito aos seus pensares.
Por isto, não brigo, não discrimino, apenas leio, ouço ou assisto, pondero, analiso, busco referências e depois, se me convenço ou renego, reservo para quem se interessar, minhas próprias argumentações, baseadas em fatos concretos e comprováveis, deixando as falácias e argumentações limitadas aos preguiçosos que não se dão ao trabalho de olhar a coisa ou as coisas, nas suas diversas dimensões.
Exercer a ética, reconheço não é para qualquer um, pois dá trabalho e geralmente, menos dinheiro ainda.
Coisas da vida!!!!

quarta-feira, 23 de outubro de 2019

NÃO ERGA A VOZ, MELHORE OS ARGUMENTOS.

Infelizmente, estamos vivenciando uma era de profundo retrocesso, onde o tom de voz, assim como as injúrias e as condenações públicas sem prévio direito de defesa, tem determinado destinos, confundindo realidades e esfacelando o respeito.
A falta total de argumentação, atinge todos os níveis da sociedade, abrindo espaço para o silêncio dos devidos esclarecimentos, limitando-se a acusação e defesa, seja lá do que for, anulando o mais belo mecanismo de interação humana que é justo o bendito diálogo, sem o qual, jamais se chega a uma conclusão que tenha como conteúdo, o conhecimento amplo de qualquer questão.
É preciso estar atento aos chamados emocionais, altamente indutores e gravemente repleto de intenções determinadas, cujo objetivo é tão somente, o disfarce do cerne das questões, alienando através do grosseiro ou vitimizado.
Um servidor público eleito através do voto popular, precisa responder as dúvidas da coletividade, na qual, serve e não se defender, muito menos, utilizando-se de amigos ou servidores, evitando assim, o devido esclarecimento, além de soterrar a arrogância da presunção de se achar ofendido e na não obrigação de esclarecer.
Portanto, baixar o tom e apresentar argumentos é o princípio básico do respeito ao povo.

SINFONIA DE PARDAIS

Quem diria que de um certo dia em diante, esta sublime cantoria se transformaria em despertador de cada um de meus amanheceres.
Melodia forte, completa, trazendo em suas modulações, os graves e agudos de um sem número de outros componentes, formando o mais belo coral da natureza se exibindo, penso eu, na soberba de minha vaidade, só para mim.
E enquanto, ouço, penso na vida rica de emoções que tenho vivido, onde o ostracismo jamais encontrou morada e o banal, não se atreveu a visitar.
Pensando, lembro dos muitos medos, das muitas angustias e das muitas perdas, mas enquanto, lembro das muitas lágrimas que meu rosto serviu de regado, também lembro de cada um dos sorrisos e das infinitas largas gargalhadas que as fizeram secar.
Penso então, que feliz sou eu, que posso ouvir os sons da natureza, despertando-me a cada amanhecer e com eles aprendendo e ensinando que a vida é bonita e é bonita, parodiando tantos outros que encontraram, assim como eu, no simples, o belo de suas inspirações.

segunda-feira, 21 de outubro de 2019

SOMOS TODOS DA MESMA CÊPA (Linhagem)

O Brasil é imenso e diversificado culturalmente, mas ainda assim faz parte de um só montinho de intenções e necessidades. Portanto, se desejamos acabar com qualquer tipo de preconceito regional, devemos deixar de lado o excesso de regionalismo e pensarmos até transbordar nas emoções, somente na pátria, que é solo e abrigo de todos os brasileiros. Pensar das razões que mantiveram as diferenças econômicas e educacionais de uma região para outra é o primeiro passo para maiores esclarecimentos.

Liberdade em pensar democraticamente exige de cada um de nós a quebra de grilhões que nos mantém reféns da submissão eleitoral, onde a lógica do bem comum, sempre é discursada, mas que na prática é sempre pífia.
Pensar, analisar, comparar e finalmente, entender a cidade, o estado e o país que queremos e que tanto necessitamos, onde os separatismos regionais,sejam apenas uma feia, rude e maléfica palavra, que define a ignorância que nos foi incutida.
Aceitar a vontade popular é antes de tudo uma demonstração de respeito a nós e ao tudo mais que nos é apenas, diferente.
Um bom dia com a certeza de que podemos individualmente, ir criando inicialmente uma marola de saudáveis intenções, no desejo ardente que pelo caminho das nossas águas amorosas, esta se torne uma onda que crescente, engula as inseguranças, invejas e despeitos que somos capazes de manter com nossas atitudes.
Um enorme beijo no coração desta carioca, casada com um mineiro e mãe de um candango e de uma mineirinha que não satisfeitos com a diversificação familiar, casaram-se com baianos, numa demonstração bendita de que no amor e no senso de pertencimento, não existem fronteiras limitantes.

domingo, 20 de outubro de 2019

MINHA ITAPARICA



Linda, esplendorosa para este coração envelhecido, mas a cada dia mais sensível às belezas que geralmente, passam batido ou tão somente, apreciado, vez por outra, como se a grandeza estivesse unicamente, no instante em que é observada.
Qual nada...
Lá está a minha bela, sempre pronta a encantar meus olhos, levando-me a pensar egoisticamente, que só existe para me fazer feliz.
E quando falo da minha maravilhosa Itaparica, falo de tudo que nela existe, até mesmo do que pode parecer atrasado e impensável no terceiro milênio, e aí, afundo-me nas águas mornas deste mar incomparável e quando emerjo, só consigo dizer; obrigada Deus, pelo privilégio de ter um mar só meu, um espaçoso quintal de areias mornas para eu caminhar a cada momento deste meu renascimento de vida e liberdade.
E então, quando a cada esquina ou em qualquer lugar em que eu me encontre, ouço o bendito som de uma voz dizendo; olá dona Regina, o mundo fica mais bonito,  neste abraço fraterno, onde não há lugar para a solidão, afinal, o sentimento do fantástico pertencimento me acolhe e me torna o centro do mundo, onde apenas sou e por ser, sou acariciada com as mais singelas e adoráveis fraternidades.
Sinto-me tão à vontade que olho para as estrelas como se fossem, apenas filhas ou irmãs, com as quais, tudo posso confessar, sem que haja culpas ou ressentimentos.
Amo este sol translúcido e gigantesco que ao deita-se, deixa rastros lentos de infinitas cores que somente a arte do sábio Deus é capaz de desenhar.
Neste momento em que deixo transbordar o mel sedoso de minha alma, só posso agradecer por este fim de linha incrível, onde o céu e a terra me acolhem em cada instante de felicidade, só encontrada, neste pedaço de terra bendita, que amorosamente, digo que é meu.



sábado, 19 de outubro de 2019

GLAUCOMA


Você sabia que o Glaucoma é a maior causa de cegueira irreversível, uma doença crônica que dura toda a vida, e é necessário que o paciente mantenha a continuidade do tratamento para reduzir a pressão intraocular e evitar a perda de visão?
Consulte com regularidade o oftalmologista, principalmente a partir dos 35 anos. O diagnóstico precoce é fundamental para o controle da doença;
Não se descuide da adesão ao tratamento. Muitas pessoas deixam de seguir as recomendações do médico, primeiro pela ausência de sintomas, depois, porque os medicamentos são muito caros. Esse descuido pode ter graves consequências.
Precisamos recorrer aos vereadores da cidade para que se crie um projeto de lei para que o atendimento oftalmológico, seja regulamentado nos postos de saúde, pelo menos uma vez por mês, como prevenção e tratamento desta e de outras doenças que incapacitam as pessoas, afinal, prevenir é bem mais barato que remediar.
SAÚDE É PRIORIDADE SEMPRE.
Cidadania é pensar e agir no bem-estar de todos.
SIMPLES ASSIM

MUTIRÕES DE SOLIDARIEDADE



Realmente sou uma criatura que parece que nasci para contrariar o andamento do sistema social, com seus rótulos e conceitos sem qualquer lógica racional, levando-se em consideração o universo que o ampara.
Pareceu-me sempre que a hipocrisia era o princípio básico de todas as normas e condutas disseminadas como corriqueiras nos relacionamentos  interpessoais, o que a meu ver, mais que necessário para que houvesse equilíbrio nas relações, mas que transformou-se em molde de uso contínuo em qualquer circunstância, anulando realidades e consequentemente, destruindo a naturalidade sagrada da originalidade.
Tudo é normal até que a criança na sua espontaneidade comece a incomodar, causando constrangimentos ao seu redor e então, sem a menor devida orientação, o que era até mesmo motivos de risos, passa a ser considerado como algo feio e inoportuno.
A partir daí, inicia-se a fase educacional, geralmente sem qualquer maior esclarecimento, além da utilização do “não” e do “feio”  e a amostragem de um sim, geralmente duvidoso, por ser incoerente à observação de qualquer criança que, aguçada na sua capacidade de observação, detecta a inconsistência, mesmo que não tenha capacidade cognitiva para avaliar com precisão absoluta.
Todavia, o subconsciente capta e armazena e mais adiante, faz o seu trabalho em ir fornecendo ao consciente, exemplos que vão permitir que brote a lógica racional que dará sentido ou não ao visto e ao ouvido.
Estas atribuições que dispomos biologicamente, são precisas, mas absolutamente contamináveis, portanto, não é por nada, que vivemos na maioria das vezes como baratas tontas sistêmicas, indo de um lado para o outro, mais por condicionamento postural, como por real necessidade de nossas aflitas afinidades pessoais que ao longo do tempo, vão se atrofiando e se perdendo e muitas delas desaparecendo entre o que o sistema exige e o que se é, verdadeiramente.
Esse ciclo vicioso machuca e em alguns casos, fere de morte, exemplificado pelo suicídio em números alarmantes, mas que a hipocrisia sistêmica camufla e cada um de nós, disfarça fingindo que não existe ou que não nos atingirá, seja direta ou indiretamente.
Lutamos por nossas bandeiras pessoais, pois queremos destruir o muro da vergonha que aprendemos a chamar de  TABU, disto ou daquilo que somos e que gostaríamos que fosse aceito, justo por ser de nossa natureza, mas como não nos foi permitido uma transição genuína nas devidas fases de nossas vidas, usamos a hipocrisia ou a invasiva imposição, violência como método maior de nossas lutas individuais.
Enquanto isso, vivemos e convivemos na mais hipócrita superficialidade, enxergando e ouvindo, tão somente o que nos convém e fechando todos os nossos atentos sentidos ao belo, puro e natural que é o que somos, com raríssimas exceções, como ocorre nos demais sistemas ao nosso redor, afinal, somos uma ínfima, mas importantíssima partícula deste universo, infelizmente, sempre em total dicotomia com o mesmo.
Comecei pensando em escrever a respeito dos chamados que recebemos para que venhamos a participar deste ou daquele mutirão solidário e acabei enveredando rumo ao sem sentido de quase tudo que fazemos em dicotomia conosco, numa simbiose que comprova o caos humano e sistêmico que provocamos a cada milionésimo de segundo, enquanto, vida possuímos no uso abusivo da hipocrisia, no ledo engano de sermos aceitos e amados.
Um sábado de paz interior, sorrisos espontâneos e abraços fraternos, afinal, tudo quanto, a nossa persistente resiliência, ainda nos permite oferecer de original e, portanto, sagrado como as cores, os aromas e os sabores da bendita natureza que nos criou.


terça-feira, 15 de outubro de 2019

O QUE VAI SER?



Pois é, a gente que está à margem das grandes autoridades, no labute diário da, tão somente, sobrevivência, não tem condições de acompanhar as lógicas administrativas dos gestores da nossa cidade, e aí, os escândalos, as acusações e os rebites nada explicativos nos deixam totalmente confusos, o que de repente, esta é a intenção, já que as décadas se sucedem e pouco e quase nada muda no comportamento dos mesmos, e por incrível que se possa constatar, se revezam, se unem e se digladiam, a depender tão somente da ocasião, justo, creio eu, pela confusão que geraram na cabecinha sofrida de cada eleitor.
Mas quando, por algum presente da vida, envelhecemos, o tempo rende mais, e aí, exercitamos a meditação sobre o vivido e os comparamos com o que vivemos nos dias atuais e, neste aspecto, por mais que o ciclo vicioso force a barra, na tentativa de impedir mudanças, mas aí, a física se apresenta devastadora, igualzinha  a uma cachoeira caudalosa que vai levando com  sua correnteza tudo quanto é frágil e pouco consistente.
Às vezes, são necessários anos a fio de quedas e arrastos, mas em algum momento será possível ver-se delinear novas configurações nas resistentes pedras a beira do rio.
A lava Jato chegou como uma cachoeira devastadora, arrastando o impróprio à tão bela paisagem que é o nosso Brasil e as pedras que ainda resistem, será somente uma questão de tempo, para que se percam ao longo do caminho.
Não há lugar mais para discursos e promessas e muito menos para explicações inúteis, as pedras deste rio caudaloso despertaram para a tão necessária resistência, como um marcar de lugares, onde direitos e obrigações precisam ser claras e absolutamente transparentes.
O que será em 2020 e até mesmo em 2022, não somos gurus para determinar, mas com certeza, as pedras que afirmam que vão permanecer sem ter em suas estruturas conteúdo que as sustentem, definitivamente, não permanecerão.
Afinal, as pedras resistentes à beira do rio, precisam de espaço para deixar que as águas fartas da cachoeira possam correr livres rio abaixo, sem feri-las tanto.

domingo, 13 de outubro de 2019

REFLETINDO SOBRE IRMÃ DULCE



Estou desde a madrugada, assistindo a canonização de Irmã Dulce, buscando tão somente, conhecer um pouco mais o verdadeiro milagre que continua a acontecer através de cada criatura que com algum tipo de sofrimento, seja físico ou emocional, recebe em sua gigantesca obra, o devido acolhimento.
Tudo o mais é para mim como um teatro litúrgico, uma cerimônia cênica que provoca muitas emoções, mas que só fazem sentido, se direcionarem também, muitas reflexões.
Em dado momento, após a cerimônia, tomei conhecimento do volume dos atendimentos, diários, mensais e anuais, não só no hospital como em relação ao apoio às crianças em tempo integral, observando que nada falta em ambas instituições para a realização de tão amplo trabalho de respeito a vida e de repente, senti profunda tristeza com o tudo mais que venho assistindo e presenciando ao longo de minha vida em relação a hipocrisia e desfaçatez que permitimos consolidar-se em nosso sistema social/político, onde tudo se tem e muito pouco pode ser realizado.
Pensei e comparei nossos hospitais públicos, nossas universidades, nossas polícias, tanto civil como a militar, nossas instituições públicas, nosso judiciário e o nosso tudo mais que emperrado pela burocracia e a ladroagem de todas as naturezas, impedem que o brasileiro receba como retorno dos impostos pagos, o devido respeito quanto ao atendimento de suas demandas cotidianas.
Pensei de imediato naquelas pessoas que tudo possuem e pouco produzem e que ainda defendem o indefensável e que aplaudem os abusivos de plantão, oferecendo a eles, carta branca para as suas pífias atuações administrativas e que, não satisfeitos, ainda agridem e afrontam todos aqueles, que por se colocarem isentos das paixões partidárias, lutam nos seus cotidianos nem sempre abastados, por um pouco mais de respeito para si e os demais.
As perguntas que deixo para que cada um responda são:
_Como uma instituição que atende milhares de pessoas por dia sem que absolutamente nada falte a começar pelo abrangente acolhimento, consegue esta proeza, apenas com os recursos do SUS e Doações, mesmo 30 anos depois do falecimento de sua idealizadora e os gestores de todas as instituições que vergonhosamente atuam em nosso país, excluindo-se as raríssimas exceções, estão sempre a beira da falência e culpando este ou aquele Governo, seja  Municipal, Federal ou Estadual?
_Que epidemia é esta que assola a ética de todos nós, impedindo-nos de enxergar o bendito bem comum, muito falado, mas pouco compreendido?
Que humanidade frágil é esta que precisa de heróis capengas que mentem, prometem, iludem e só oferecem migalhas como alimento e ilusão como esperança?
Penso que mais que um símbolo de santidade, a sempre Irmã Dulce dos pobres, seja um estímulo à conscientização da fraternidade, não apenas esporádica e material, mas basicamente, como transformação de atitudes, onde o Deus que buscamos nas igrejas, seja enxergado na vida, a partir de nós mesmos.
Um beijo no coração e um domingo de paz.


sábado, 12 de outubro de 2019

OLHEM A HIPOCRISIA ...


Desde quando o Brasil precisa de um Bolsonaro para alastrar a violência?
As balas perdidas e os esfaqueamentos, violações de todos os níveis, assaltos e roubos, mortes e agressões de todas as ordens, começaram agora na campanha eleitoral ou vem nos últimos 15/20 anos devastando todo sentido de paz em qualquer rua, bar, esquina ou casa de alguém?
A culpa não seria do aumento populacional, perda de parâmetros éticos e morais, famílias destruídas por um modernismo alucinado, onde tudo pode e é permitido, estímulo do se dar bem a qualquer preço, institucionalização de uma corrupção desumana que oferece farelo com uma mão e com a outra, toma sem dó e piedade todos os direitos de base e sustentabilidade de uma sociedade, enriquecendo uma casta de políticos e puxa-sacos sanguessugas insaciáveis?
Faço um esforço imenso de não dar opinião, mas confesso que me é impossível ver os desmandos acontecendo debaixo de meu nariz e, ainda, tentar me convencer que nada realmente tenho com isso.
Como não me injuriar em ler ou ouvir verdadeiras falácias exploratórias de endeusamento de um partido que faliu o país, roubando descaradamente e abrindo espaço para o pobre comprar carro, TV e ir para a faculdade, enquanto dilacerava os recursos que propiciariam uma saúde de real qualidade, um ensino decente e uma infraestrutura digna, isso sem esquecer da violência, causa direta destas mazelas que proliferaram como rastilho de pólvora; e ainda usam os incautos, devotos ou alienados que continuam com uma miopia absurda crendo que a merda jamais chegará à sua porta ou de um filho.
Provavelmente, Jair Bolsonaro não represente o ideal de Presidente, pois falta a ele postura de estadista, mas e daí, por acaso esta seria a primeira vez em que apostaríamos numa mudança que nos trouxesse uma realidade menos crítica e vergonhosa aos padrões humanitários.
A maldade social que é estimulada em fakes idiotas , mas não menos danosos, que apresentam sulistas contra nordestinos em uma época em que o caos institucional abraçou a todos, corroendo nosso respeito cidadão já tão enfraquecido, num pouporri de besteiróis inimagináveis em mentes sadias, fazendo aflorar a arrogância e a ignorância do sentimento de frustração embutida em cada cidadão deste país, por compreender seu gigantismo em tamanho, beleza e riqueza e ver, sistematicamente, castas de fdp que se perpetuam roubando descaradamente cada possibilidade de real cidadania, pois abrem escolas pífias e contaminadas com o fel do separatismo, da incompetência e do maldito comunismo, que nada mais é do que a mais trágica, violenta e destruidora das ditaduras.
Nós, somente nós, somos responsáveis por esta violência sempre crescente, pois compactuamos com ela, seja reverberando, nos omitindo ou, o que é pior, por medo de pensar, analisar, comparar, buscando um mínimo de lógica nos absurdos lidos e ouvidos.
Se tudo está perfeito e ideal, por que reclamamos tanto?
Hospedemos em nossas casas o traficante que matou o nosso vizinho, acoitemos com o nosso silêncio e omissão a falta de remédio nos postos de saúde, a falta de leitos nos hospitais, a fome e a lama, o esgoto a céu aberto, bem próximo de nós, e o tudo mais que no mínimo deveriam nos afrontar e nos forçar a PENSAR, que afinal é de graça e só depende de nossa vontade pessoal.
E que não exige doutorado e nem riquezas bancárias...
Tomei horror de política partidária, nos moldes aqui praticados, pois embrutece e vicia, além de fortalecer a ignorância.
Sou Brasil e sou povo brasileiro, estejamos nós no nordeste, no sul ou em qualquer chão bendito do meu país.

SER CRIANÇA



Pois é, o dia está chuvoso, mas o sol teimoso, insiste em se fazer presente negando a si mesmo o segundo plano neste céu universal, que posso apreciar enquanto escrevo de minha confortável cadeira, na sala que descortina através da janela, o meu velho e companheiro quintal que, também insistente, se refaz a cada estação e assim, me ensinando que só depende de mim e de mais ninguém a busca constante do renascimento.
Cada pessoa em seu mundo social, busca e ampara este renascer na cultura na qual, está inserida, mas há um contexto maior que norteia e influência enormemente cada uma delas e é neste ponto que me fixo, quando emito opiniões baseadas no acúmulo de conhecimento diverso que fui adquirindo ao longo da vida.
Bem, tudo isso que escrevo, tem como objetivo focar especialmente no dia de hoje, afinal, além de ser dedicado a nossa senhora da Aparecida, padroeira do Brasil, também é o dia da criança e neste ponto,  minha reflexão paira no antagonismo que ora vivemos, pois se por um lado desenvolvemos a capacidade da compreensão, quanto a proteção e estímulos à criança, com o objetivo de preservar seus direitos básicos, assim como o seu direito de apenas ser criança, por outro, inundamos seus universos pessoais com informações através de mensagens mais que explicitas, sobre todos os aspectos vivenciais que a raça humana é capaz de construir e com essa atitude, cerceamos as searas da ingenuidade e da originalidade com propostas que só deveriam chegar a elas, nas fases seguintes de suas cronologias.
Não há nada que desculpe o afrontamento de tais modalidades, levando cada criança a uma vivência de experiências sensoriais e intelectuais, muito além de suas capacidades de real assimilação e compreensão cognitiva.
AH, mas a internet e o mundo das ruas, estão infestados destas realidades e elas devem crescer, acostumando-se a naturalidade dos novos costumes (esse é o argumento mais poderoso de justificativa para todas as exposições nas quais, coloca-se a criança como telespectador), num abusivo antagonismo que confunde mais que orienta.
Sim,  isso seria verdade, se houvessem nas família e nas escolas uma capacidade em amenizarem os impactos, com a devida orientação assimilativa que só ocorre através de parâmetros outros que não, a indução ou simples alienação dos novos fatos em si, buscando através dos valores morais e éticos, estabelecer um padrão de normalidade e não de acirramento ou imposição disto ou daquilo que esteja aquém da possibilidade real e constatável de assimilação nas devidas faixas etárias.
Estabelecem os novos conceitos como se fossem tratores desgovernados e esperam imediato entendimento por parte de mentes em formação e ainda dizem que não estão induzindo e isso é no mínimo criminoso.
Portanto, neste dia das crianças, lembro da minha e de a meus filhos e ao vê-los hoje, centrados em suas vidas, penso que apesar de ser oriunda de um período de grandes e inéditas alterações de hábitos e costumes sociais que, abriram espaço para que hoje, modelos de vida e liberdade se fizessem presentes, ainda fomos capazes de receber limites e orientações amorosas suficientes para que transmitíssemos aos nossos filhos o mínimo de amorosidade capaz de direcioná-los a buscarem o equilíbrio , a razão e o amor em relação a tudo em suas vidas.
Obrigada vida pelos anos 50, onde desfrutei de uma deliciosa infância, onde tudo que eu precisava saber e viver era dentro dos limites em ser, apenas criança.

sexta-feira, 11 de outubro de 2019

JARARACAS DO PODER


Bolsonaro é exatamente a representação do pouco refinamento da maioria dos brasileiros que não suporta mais a convivência com o politicamente correto.
Ambos jamais se conformaram por terem que seguir o aparente certinho, como se fosse a representação do ideal de qualquer coisa.
O brasileiro, finalmente cansou do “me engana que eu gosto”, de ver malandro(as) se darem bem e ainda serem chamados de autoridade, brasileiro já não tem medo de mudanças e começa a acreditar que é o “manda chuva do pedaço”.
Brasileiro alegre, musical e talentoso quer mais é ser feliz e cansou de representar o papel de babacão de fuleiros metidos, safados articuladores.
A venda da submissão passo a passo vai caindo, deixando a luz da liberdade, mãe sagrada da democracia, iluminar a sua mente.
E são os benditos sinais que também são impossíveis de serem evitados nas articulações políticas, que vão, tanto de um lado como do outro, deste já podre sistema social/político, mostrando as vísceras das intenções daqueles insistentes carreiristas e manipuladores do “sempre se dar bem”, ludibriando o povo com suas fantasias eleitoreiras.
As regras do jogo eleitoral estão se alterando, mas alguns viciados jogadores, insistem nas mesmas cartadas, como se como senhores milenares da escravização, nada viesse a atingi-los.
Ledo engano...
Humildes sim, tolos nunca mais...
A cada eleição, os ratos vão sendo extirpados e tentar voltar, através de alianças camufladas é no mínimo nojento, até mesmo para ser considerado.
Há quem esteja de olho, só para que não se iludam pensando que ainda estejamos todos vendados e não tenhamos já percebido o rastejar peçonhento das Jararacas do poder.



quinta-feira, 10 de outubro de 2019

AH! COMO EU QUERO



Passamos a vida pensando e expressando desejos e por esta razão, também passamos os nossos instantes de vida, correndo atrás da realização deles, esquecendo-nos completamente do que verdadeiramente precisamos.
Nesta corrida que é sempre muito estressante, deixamos de lado os prazeres mais gratificantes, os sentimentos mais agregadores e a visão dos mais valiosos bens.
Tudo porque nos disseram logo bem cedinho em nossas vidas, que precisaríamos crescer e lutar muito para sermos alguém, como se até então, nada fôssemos.
Éramos vida pulsante no desabrochar de nós mesmo, mas ainda assim, nada.
Que forma medíocre de apresentar a vida a uma criança e tudo quanto dela, pode ser extraído.
Tudo que aprendemos foi o lúdico; eu quero.
As vezes a mensagem é tão forte, que somente próximo do fim é que a criatura percebe com dolorosa clareza, a imensa necessidade de apenas viver.
A aí, entre suspiros e olhares perdidos, exclama:
_AH! Deus, como eu gostaria de ser eterno.


quarta-feira, 9 de outubro de 2019

O BOM PARA MIM, PRECISA SER PARA VOCÊ TAMBÉM



Quando vamos às urnas e depositamos o nosso voto, imediatamente estamos garantindo uma nova situação pessoal ao candidato, abrindo-lhe as portas de inúmeras benécias que o status de autoridade oferece, portanto, este é o maior oferecimento que podemos ofertar, pois a partir daí, o então eleito, tem a obrigação de em contrapartida, cuidar da cidade, estado ou país, resolvendo com precisão e acima de tudo imparcialidade, as demandas que se apresentam.
Não cabe ao eleitor se tornar voluntário de absolutamente nada e muito menos oferecer soluções, pois parte-se do princípio que o mesmo foi eleito com base em suas propostas de projetos, que foram a base de sua campanha.
Quanto a fazer-se política, todo cidadão sem distinção de cor, credo ou nacionalidade, o é, pois, o fato primário de existir em sociedade, já o torna um sujeito interativo e política é interatividade, desde a ida a padaria, esperando-se um pão de qualidade, até a convivência com vizinhos e amigos, portanto, este argumento chulo de que devemos oferecer soluções a quem foi eleito e ganha muito bem, além de dispor de recursos financeiros e de profissionais imagina-se qualificados, não tem o menor sentido prático e racional.
Bom seria se as pessoas pudessem se educar o suficiente para compreenderem o conceito de democracia e de sociedade participativa, onde cada cidadão é um agente de preservação de seu meio ambiente, onde tudo, absolutamente tudo tem relevância, começando com o bem-estar a partir de si, nas suas condutas e no entendimento da noção de grupo.
A figura chamada, geralmente sem critérios de oposição, mas que na realidade crua em sua maioria é aquele que não se conforma com as ações chamadas de meias bocas ou eleitoreiras, é o responsável pela não acomodação dos agentes políticos, pois é público e notório que ao serem eleitos, são contaminados por um germe chamado acomodação partidária, onde passam a dirigir suas ações, privilegiando seus aliados, além de pagarem dívidas de campanhas e em dado momento, também passam a realizar obras impactantes que comovem o eleitor e que o leva a votar sistematicamente no mesmo, como se esse fosse a resposta de seus apelos, mas esquecendo-se de observarem as reais intenções embutidas em tais ações.
Enquanto, formos pelo caminho do egocentrismo com a falta de visão do todo social, restringindo nossas ideias e ideais ao nosso mundo restrito de amigos e companheiros  partidários, estaremos deixando brechas enormes para que o separatismo social se expanda, proliferando as mazelas que no final das contas, de uma forma ou de outra, atinge a todos indiscriminadamente.
A violência urbana é talvez a mais dura e cruel de todas, aliada a ignorância de todos os níveis.
Enfim, não é fácil transformar-se em cidadão consciente, mas aos poucos, se houver real vontade de evoluir de forma cidadã, abrindo a mente para as observações mais apuradas, compreendendo paulatinamente, que para algo ser ótimo para si, precisa pelo menos ser bom e razoável para os demais, certamente, estar-se-á buscando uma luz no final do túnel.
E aí, é possível que em certo momento, as atuais dúvidas ou enganos avaliativos se transformem em possibilidades de maiores visões periféricas entre o real e o fantasioso em relação ao que queremos ou somos induzidos a acreditar.


segunda-feira, 7 de outubro de 2019

SIMPLES ASSIM?

É preciso que tenhamos o dever da devida consciência para o reconhecimento das ações realizadas pelos nossos gestores para que, tenhamos o direito de também com a devida isenção de qualquer natureza, cobrar o que nos é de direito.
No final, na hora do voto, estaremos com a mente pronta para uma avaliação coerente, não em termos comparativos, mas com a visão ampla das reais possibilidades que o mesmo dispunha e o que nos foi apresentado.
Comparar com gestores que já passaram pela cidade é chover no molhado, pois um povo busca sempre mais, muito mais, quando elege um novo gestor.
Comparar com outras cidades é um absurdo ainda maior, pois cada uma dispõem de sua própria realidade econômica e financeira.
O que devemos é mensurar com critério e seriedade o nosso próprio aporte de recursos e as obras e ações realizadas, excluindo-se os programas eleitoreiros dos Governadores em questão, pois muitas vezes, a obra é solicitada por um gestor, mas somente outro a recebe por ser do interesse e aliança partidária do governo do estado.
Digo que é simples, mas na realidade não o é, afinal, somos acostumados a receber migalhas e com elas nos regalarmos, além, de termos uma vocação ao endeusamento, o que turva violentamente a nossa capacidade avaliativa.
E o que é quase imperdoável, pois por termos sido beneficiados de alguma forma, desconsideramos os que permaneceram em absoluto esquecimento.
Um gestor consciente, distribui por toda a cidade, ações que atendam um pouco de cada região, já que é impossível, remodelar-se tudo em apenas quatro anos, mas com certeza é possível, mudar o perfil do abandono continuado.
Pense nisso e tente ser justo, dando a César, tão somente o que é de César.
Afinal, nem tanto ao céu, nem tanto ao inferno.
Bom dia a todos e uma semana abençoada.

SEI QUE É DIFÍCIL...

Pois é, hoje quem insinua ou mesmo afirma que estou em guerra contra a gestão, engana-se, afinal, cobro tudo quanto me traz dúvidas e reconheço tudo quanto seja realizado a meu favor ou a favor dos demais.
Sei é que é de difícil compreensão esta minha capacidade de simplesmente me ater aos fatos e me colocar numa postura de isenção, pois vivemos em um local, onde tudo tem a conotação de pessoal, assim como estamos vivendo uma era de extremismos, onde se não está comigo, está contra mim.
Não ter veneração induzida por políticos com suas sempre tremulantes vantagens e amizades, fez de mim, apenas uma pessoa capaz de enxergar sem qualquer influência e sempre livre para reconhecer ou cobrar, tudo aquilo que é de obrigação de um gestor realizar, seja ele quem for.
Este meu comportamento se estende a tudo e a todos em minha vida cotidiana, no que se incluiu os poucos patrões, com os quais tive o prazer de trabalhar e muito aprender.

NAS CERCANIAS DO CÉU


Gente, a ficha finalmente caiu, novembro está chegando e eu vou fazer 70 anos. É mole?!...
Então, de que adianta me aborrecer por mais alguma coisa?
Vou à praia diariamente, como tudo que gosto, beijo muito na boca, abraço com satisfação as pessoas e me realizo no simples ato de viver, dispensando os excessos e privilegiando tudo que realmente me é indispensável.
Agora, eu só quero aproveitar bastante tudo que ainda posso vir a ter pela frente, pois não tenho tempo a perder, a não ser que seja, curtindo o meu paraíso encantado, onde os pássaros transformaram em maternidade oficial e onde a paz está sempre presente, mesmo ao som de algum arrocha nas alturas, do vizinho em suas férias de verão.
Ser feliz, sorrir muito e ser grata a esta bendita vida sempre foi a minha sina, por estas razões, jamais joguei a toalha, desistindo seja lá do que fosse, assim como aprendi a me adaptar, tanto às situações agradáveis, como aquelas em que a maioria desiste, só em pensar.
E aí, a vida generosa não deixou faltar aqueles instantes mágicos, me fazendo sentir que o vivido, mesmo sendo difícil, valera a pena e que é preciso estar pronto para sorver tudo quanto ela nos reserva, mantendo o coração amoroso e a mente lúcida.
Ser feliz é uma opção e que independe dos fatores externos, já que o comando da permanência do nosso bem-estar está na nossa capacidade de escolha e nas cores que pincelamos nas situações cotidianas que se apresentam.
O céu e o inferno é uma questão única de escolha, e eu, sempre optei em pelo menos estar nas cercanias do céu, onde as inspirações advindas das cores e dos aromas se expandem e estão à disposição de todo aquele que não desiste de ser um poeta de si mesmo.

sexta-feira, 4 de outubro de 2019

INTERAGINDO COM O UNIVERSO ...


A tua dor é maior porque vem acompanhada da consciência da perda de quase tudo, inclusive da ingenuidade em acreditar tão somente na capacidade da humanidade em sobrepujar-se ao mal.
Amiga, o mal é convincente, colorido e despido das proibições.
O mal ilude com se bom fosse, na posse integral das almas. Conheces, tão somente uma pequena parte do universo terreno e és incapaz de mensurares a potencialidade do ser humano em burilar o mal a seu favor.
A vaidade que para ti é jamais, para a maioria é sempre, aguçando egos, aliciando mentes, corrompendo almas.
Não te iludas, esta é a raça humana na sua permanente dualidade, da qual, tanto tens escrito, se bem que sem grandes convicções, já que és uma eterna admiradora da grandeza e potencialidade que o humano é capaz de ser e produzir.
O sopro das brisas em tua vida é tão somente a vida através da natureza te saudando a cada amanhecer e em todos os instantes em que te permites relaxar e apenas ser.
Escrito em Equilíbrio, Razão e Amor em 2003
Hoje, neste instante, acabei de me esbaldar aos pés da linda pitangueira. Louvada seja a vida nas suas infintas formas de nos encantar.
Um lindo dia para você que me lê.

quarta-feira, 2 de outubro de 2019

PENSANDO


Do conforto da poltrona observo
Os pássaros que solitários surgem
Aos poucos a outros se unem
Formando um bando aparentemente unido.
Vez por outra um pássaro se extravia
Indo em busca de um atrativo alpiste
E quase sempre o pássaro se perde
Apenas voa, enquanto, suas asas aguentam.
Não raras as vezes que ao bando retorna
Deprimido, fraco, entorpecido.
Raras as vezes que acolhido, se integra.
Do conforto aparente da poltrona
Voo com os pássaros, bato asas e sou livre
Egoísta, talvez ao jogar o alpiste
Armadilha perfeita para o retorno dos pássaros.
Do conforto da poltrona, observo
As estações se sucedem e eles sempre voltam
Onde será, que encontram a liberdade
Se pelo alpiste, eles retornam e nada muda.

terça-feira, 1 de outubro de 2019

ÚNICO FIEL AMIGO.



Cachorro, marido, filho, irmão, amigo?
Não, o único que nasce conosco e morre conosco é o nosso corpo, e o que fazemos com ele e sua presença constante?
Quem pensa realmente no próprio corpo a não ser esteticamente ou se estuda na área da saúde, e assim mesmo, a pesquisa é no corpo dos outros.
Que coisa, hein!
Pois é, estou aqui pensando, estimulada pela mensagem do OUTUBRO ROSA, que já começou bem cedinho na TV, e analisando que somos tão alienados, que nem mesmo as infinitas informações que são oferecidas, nos fazem despertar para os cuidados que deveríamos ter em relação a estrutura que nos sustenta.
Imagine que nem lembrar de vacinar um filho, os responsáveis por um número expressivo de crianças são capazes. Este é um assunto banal que de tão primário e básico, chega a assustar pela falta da devida atenção por aqueles que deveriam cuidar e proteger.
Então, se não se é capaz de lembrar de vacinar um filho, como cuidar daquilo que não enxergam, como o interior de seus próprios corpos?
Resta, portanto, o cuidado em aumentar ou diminuir bundas e peitos e no caso dos homens, manter a ereção até os 100 anos, assim como bombar as demais musculaturas, numa disputa estética assombrosa.
Enquanto isso, o corpo vai sendo esquecido em nome de uma estética perfeita, sem o conteúdo que o sustente e aí, assim como se fosse de repente, lá vem um infarto aos 35 anos, uma overdose de algum milagroso aditivo aos 18, sem que a lógica humana possa encontrar razões para existir.

ESPLENDIDO GOZO

De onde surgiu o meu improviso, não sei precisar, mas, com certeza, sempre foi a minha mais autêntica realidade, custando-me em algumas ocas...