terça-feira, 11 de setembro de 2018

UMA QUESTÃO DE LÓGICA



De acordo com Aristóteles, a lógica tem como objeto de estudo o pensamento, assim como as leis e regras que o controlam, para que esse pensamento seja correto. Para o filósofo grego, os elementos da lógica são o conceito, juízo e raciocínio.
No nosso caso, uma definição mais adequada seria a lógica uma forma de entendimento da realidade, utilizando-se o raciocínio, a fim de se formarem pensamentos corretos, garantindo assim um conhecimento mais autêntico.
Através de fatos primários, nosso raciocínio é aguçado a buscar conclusões e maiores entendimentos, reforçando argumentações em todas as áreas da atuação humana.
Saindo do campo teórico e focando na política de nossa cidade, as premissas por nós defendidas são basicamente as mesmas no anseio comum, variando, tão somente, quanto a mais evidente precariedade em cada bairro ou comunidade da cidade, independentemente da ideologia política partidária, o que logicamente expressa uma mesma intenção de propósitos quanto as reivindicações.
Ora, se há uma lógica de propósitos, dever-se-ia também existir uma lógica no reconhecimento das evidências apresentadas ou não, assim como a constatação de itens de fundamentais importâncias, como: prioridades, eficiência e custos.
Todavia, na prática do cotidiano, isso não acontece por que somos contaminados pelas ondas vibracionais das opções partidárias, tornando-nos quase que cegos em relação à realidade dos fatos em sua apresentação primária, o que nos garante, infelizmente, uma visão míope do todo apresentado, desde o seu início, mantendo distorcidas todas as restantes apresentações, fazendo com que nossas críticas em sua grossa maioria se mantenham em profunda distonia não só da realidade como de nossos propósitos básicos.
O mesmo processo avaliador ocorre com os políticos em questão, criando-se assim um ciclo ininterrupto onde, certamente, a lógica dos interesses comuns não reside, existindo tão somente interesses de grupos, tal qual, nós, soterrando com esta simbiose, qualquer avanço quanto ao entendimento de bem comum,  não sendo possível o envio de uma mensagem coerente e, consequentemente, a mesma é recebida dentro dos mesmos moldes, ficando pelo caminho uma infinidade de propósitos e um sem número de energias desperdiçadas.
Traduzindo em miúdos: bom seria se pudéssemos enxergar compreendendo o valor de cada realização, assim como cobrarmos as demandas, respeitando valores existentes e gastos, tempo de espera e de operacionalidade e qualidade dos mesmos, assim como o critério das prioridades.
O ideal seria formar-se um grupo de intenções sem partidarismo, onde somente a busca da lógica do bem comum fosse a tônica vigente, a fim de se manter a coerência de propósitos e uma real atenção fiscalizadora, quanto aos andamentos do executivo.
A priori, esta deveria ser a função dos vereadores, mas por inúmeros aspectos, sejam intelectuais, morais, partidários ou éticos, jamais foi possível e, particularmente, não tenho qualquer visão lógica que um dia venha a ser, basicamente porque os mesmos além de fazerem deste cargo profissão e ganho de vida, desvirtuando a ideologia e lógica de sua existência, com o   agravante do vínculo partidário que descaracteriza o princípio da prática básica de qualquer autonomia, seja pessoal ou política.
Por esta razão, até o momento, não participei de qualquer grupo oposicionista, até porque, a lógica recomenda justo o contrário, afinal, na prática todos deveriam estar unidos com um único objetivo, que deveria ser o desenvolvimento da cidade, através de seus representantes legais e da cidadania, num exercício cotidiano sem contra ou a favor desta ou daquela ideologia partidária. Afinal, todo bem ou todo mal, atinge direta ou indiretamente a todo cidadão. Conclui-se que nos falta uma liderança que aglutine intenções, transformando-as em ações para o bem coletivo.
Essa é uma lógica que todos conseguem assimilar.


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