De acordo com Aristóteles, a lógica tem como
objeto de estudo o pensamento, assim como as leis e regras que o controlam,
para que esse pensamento seja correto. Para o filósofo grego, os elementos da lógica são o conceito, juízo e
raciocínio.
No nosso caso, uma
definição mais adequada seria a lógica uma forma de entendimento da realidade, utilizando-se o
raciocínio, a fim de se formarem pensamentos corretos, garantindo assim um
conhecimento mais autêntico.
Através de fatos
primários, nosso raciocínio é aguçado a buscar conclusões e maiores
entendimentos, reforçando argumentações em todas as áreas da atuação humana.
Saindo do
campo teórico e focando na política de nossa cidade, as premissas por nós
defendidas são basicamente as mesmas no anseio comum, variando, tão somente,
quanto a mais evidente precariedade em cada bairro ou comunidade da cidade, independentemente
da ideologia política partidária, o que logicamente expressa uma mesma intenção
de propósitos quanto as reivindicações.
Ora, se há
uma lógica de propósitos, dever-se-ia também existir uma lógica no
reconhecimento das evidências apresentadas ou não, assim como a constatação de itens
de fundamentais importâncias, como: prioridades, eficiência e custos.
Todavia, na
prática do cotidiano, isso não acontece por que somos contaminados pelas ondas
vibracionais das opções partidárias, tornando-nos quase que cegos em relação à
realidade dos fatos em sua apresentação primária, o que nos garante,
infelizmente, uma visão míope do todo apresentado, desde o seu início, mantendo
distorcidas todas as restantes apresentações, fazendo com que nossas críticas
em sua grossa maioria se mantenham em profunda distonia não só da realidade
como de nossos propósitos básicos.
O mesmo
processo avaliador ocorre com os políticos em questão, criando-se assim um
ciclo ininterrupto onde, certamente, a lógica dos interesses comuns não reside,
existindo tão somente interesses de grupos, tal qual, nós, soterrando com esta
simbiose, qualquer avanço quanto ao entendimento de bem comum, não sendo possível o envio de uma mensagem
coerente e, consequentemente, a mesma é recebida dentro dos mesmos moldes,
ficando pelo caminho uma infinidade de propósitos e um sem número de energias
desperdiçadas.
Traduzindo
em miúdos: bom seria se pudéssemos enxergar compreendendo o valor de cada
realização, assim como cobrarmos as demandas, respeitando valores existentes e
gastos, tempo de espera e de operacionalidade e qualidade dos mesmos, assim
como o critério das prioridades.
O ideal
seria formar-se um grupo de intenções sem partidarismo, onde somente a busca da
lógica do bem comum fosse a tônica vigente, a fim de se manter a coerência de
propósitos e uma real atenção fiscalizadora, quanto aos andamentos do
executivo.
A priori,
esta deveria ser a função dos vereadores, mas por inúmeros aspectos, sejam
intelectuais, morais, partidários ou éticos, jamais foi possível e,
particularmente, não tenho qualquer visão lógica que um dia venha a ser,
basicamente porque os mesmos além de fazerem deste cargo profissão e ganho de
vida, desvirtuando a ideologia e lógica de sua existência, com o agravante
do vínculo partidário que descaracteriza o princípio da prática básica de
qualquer autonomia, seja pessoal ou política.
Por esta
razão, até o momento, não participei de qualquer grupo oposicionista, até
porque, a lógica recomenda justo o contrário, afinal, na prática todos deveriam
estar unidos com um único objetivo, que deveria ser o desenvolvimento da
cidade, através de seus representantes legais e da cidadania, num exercício
cotidiano sem contra ou a favor desta ou daquela ideologia partidária. Afinal,
todo bem ou todo mal, atinge direta ou indiretamente a todo cidadão. Conclui-se
que nos falta uma liderança que aglutine intenções, transformando-as em ações
para o bem coletivo.
Essa é uma lógica que
todos conseguem assimilar.
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