sexta-feira, 7 de setembro de 2018

SEMPRE O PODER PELO PODER.

Já escrevi em algumas ocasiões do meu prazer e felicidade quando em 2008, finalmente participei corpo a corpo das eleições e pela primeira vez, pude falar para um número expressivo de pessoas em várias comunidades de nossa cidade.
Durante três meses, qualquer resquício de cansaço desapareceu desta senhora e como uma jovem, subi e desci ladeiras e trios elétricos, deixando escorrer suor e lágrimas de pura alegria por estar participando de um momento democrático, espetacular.
Naqueles benditos momentos de vida e liberdade, a mente estava livre e seguia o corpo arisco e ambos desconheciam a sensação do medo de qualquer natureza, pois tudo que verdadeiramente importava era o momento de sons e ideais que me moviam, levando-me a acreditar que tudo valia a pena, já que estava feliz e convicta de meus propósitos.
De lá para cá, perdi infelizmente a pureza que me moveu em 2007/8, pois conheci in loco a brutalidade da disputa do poder nos bastidores que, até então, ficava escondidinho dos olhos e ouvidos do ingênuo povo.
Hoje, com as redes sociais e a proliferação das mídias, repletas de repórteres também de qualquer natureza, a brutalidade é transparente e nos parece assustadora, todavia, ela sempre esteve presente e agora, que o senso já frágil dos limites se perdeu, parece novidade, qual nada, a violência, apenas se apresenta sem maquiagem, tal qual sempre foi; absolutamente grosseira e cruel.
A busca do poder é complexa e manter-se nele é ainda muito mais complicado, exigindo a perda de qualquer tipo de escrúpulos que por ventura tenha sobrado ao longo do processo.
Mas ainda assim:
"VIVA A DEMOCRACIA"!!

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