Apenas reclamar,
no caso do povo ou apenas se desculpar, no caso a polícia, sem que haja
sugestões práticas que não se limitem a enfiar a mão no bolso, certamente não é
o caminho mais adequado para se conter o volume de assaltos, agressões e medo
que estamos vendo crescer em nossa cidade nos últimos 10 anos.
Instalação
de câmaras de monitoramento, com eficaz e pronta ação correspondente, assim
como, maior efetivo, mais viaturas, armamento adequado ao enfrentamento de
bandidos bem equipados com armas de última geração, prisão dos receptadores,
velhos conhecidos da polícia, postos policiais em Misericórdia, Amoreiras e
centro e rondas constantes.
Elaboração
de um Conselho Comunitário independente, com a participação de líderes de cada
comunidade que façam levantamentos localizados dos problemas existentes e que
fiscalizem de forma séria e apartidária as ações tanto policiais quanto, da
gestão pública.
Concomitantemente,
a Prefeitura, desenvolver programas sociais voltados aos jovens, com
monitoramento de frequência e aproveitamento, numa parceria das secretarias de
educação, saúde e ação social, com a finalidade de tirá-los das ruas nos
horários contrários ao horário escolar.
Desenvolver
programas sociais de apoio educacional continuado aos pais, oferecendo a eles
mecanismos de apoio ao resgate da dignidade familiar, através de centros
localizados nas comunidades e com compromisso diário e constante.
Ter a
presença de um guarda-Municipal nas unidades escolares devidamente capacitado
para amenizar conflitos, assim como nos ónibus escolares.
Criação da
casa da cultura e artes que dará oportunidades para o jovem desenvolver seus
talentos artísticos e cujo ingresso se dará a partir de seleção pública com os
alunos matriculados nas redes oficiais de ensino.
Caberá a
secretaria de Turismo, esporte e lazer, promover no decorrer do ano de forma
sistêmica, atividades em que o jovem de cada comunidade participe, com a
finalidade de desenvolver em cada um o espírito de equipe, competição saudável
e disciplina.
Criar-se
através da secretaria de educação, competições e promoções, onde os jovens
pudessem participar através de trabalhos literários e para tanto, seria
premiado publicamente, com a finalidade de desenvolver sua autoestima.
Estas são
algumas providências entre tantas outras que se bem aplicadas, não eliminariam de
todo o problema da violência urbana da cidade, pois seu contexto é bem mais
complexo, pois inclui competências dos órgãos aplicadores e fiscalizadores,
interesses e corrupção, mas com certeza seria um limitador, possibilitando uma
mais aberta e livre integração do povo com a cidade, abrindo espaço para um ir
e vir menos traumático.
O caminho
educacional é amplo e irrestrito, provavelmente o mais árduo e que exige mais
dedicação dos envolvidos, todavia é o único capaz de promover surpreendentes
resultados. Afinal, nunca em tempo algum, uma cidade ou um país na história da
humanidade se desenvolveu se não, através da disciplina educacional que
estimula a criatividade e o bem-estar de seu povo.
Itaparica e
tantas outras pequenas cidades que hoje se encontram mergulhadas na violência, precisam
de menos conversas e firulas carimbadas e mais pragmatismo operacional, tanto
dos órgãos oficiais, quanto de cada cidadão, afinal, administrar uma cidade, exige
muito esforço e sacrifícios de um gestor e sua equipe, assim como ser um
cidadão é bem mais que pagar impostos.
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