sexta-feira, 14 de setembro de 2018

PENSANDO...



Olho para uma sólida construção datada de 200 anos atrás, curto sua estrutura bruta e, ao mesmo tempo, a leveza de seus contornos e adornos, sem esquecer da precariedade instrumental e da escassez de técnicas e, no entanto, lá está ela, monumental em sua grandeza de obra de arte, produzida pelo hábil homem.
Olho as obras de grandes e expressivos pintores ou ouço as árias de eternizados clássicos de alguns remotos compositores e os enxergo nas mesmas condições precárias de referências; e penso inevitavelmente nas suas tenacidades.
Leio romances e poemas de históricas criaturas, cujas vidas geralmente curtas foram entremeadas de grandes sofrimentos e vislumbro, em cada um deles, a resiliência e a capacidade de irem bem mais além de seus próprios universos, adentrando num espaço infinito, onde o mísero cotidiano jamais poderia alcançar.
Olho para mim, neste reduzido pedaço de Ilha e me sinto e me enxergo com as asas da imaginação cortando nuvens, no meu voo livre, buscando sóis e chuvas, ventos e tempestades, águas correntes de vida e liberdade.

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