sexta-feira, 28 de setembro de 2018

EU, NA CÂMARA DE VEREADORES ll ...



Pois é, desta vez entrei sorrindo em um ambiente limpo, já refrigerado e perfumado, o que vem provar que pessoas observadoras que falam de inadequações, assim como eu, sempre tem a sua valia, mesmo desagradando aqui ou acolá.
Mas o assunto hoje, com certeza, será os arranca rabos entre alguns vereadores e parte da mídia local das redes sociais.
Esse filme é antigo e, certamente, começou comigo nas edições do Jornal Variedades e depois com a Rádio Tupinambá, que por algumas ocasiões sofri manifestações de desagravo às minhas considerações, coisa que faço até hoje.
Provavelmente, a imensa diferença, resida justo no respeito mútuo que jamais permiti que se ausentasse, e aí, por isso o confronto jamais tenha acontecido, até porque, o meu profissionalismo não abre mão do fator primordial que é o meu carinho real pelas pessoas e a consciência das posturas apropriadas ao ambiente em que me encontre, criando assim uma barreira invisível, mas poderosa, que contém qualquer excesso.
Afinal, no meu entender, nada, absolutamente nada, de certo ou errado, pode ultrapassar os limites da fraternidade humana que, por sinal, anda em baixa, levando as pessoas, na defesa de seus ideais ou pontos de vista, a esmagarem as outras como se fossem tratores desgovernados, tendo na direção motoristas de egos inflamados.
De repente, posso estar na contramão dos hábitos atuais, fora das sempre surpreendentes novidades sistêmicas, meio que velha, carcomida pelo tempo, mas o que eu sei é que é feio demais ver pessoas que respiram o mesmo ar, pisam na mesma terra e bebem água da mesma Fonte da Bica, bicando-se sem dó e piedade, desvirtuando o sentido e a lógica dos interesses comuns que, aliás, deveriam ser unicamente o foco de qualquer discussão na Casa da Cidadania.
Esses embates, ao invés de debates, enfraquecem a já frágil democracia, empobrecem o sistema político e contribuem para o não desenvolvimento do espírito crítico dos presentes, levando-me humildemente a pensar que ainda precisaremos de muito tempo para finalmente compreendermos que sem propósitos de bem comum jamais atingiremos a excelência, seja lá do que for.



Recadinho


Um bom dia especial, com o poder de um abraço caloroso, assim como o de um sorriso franco e um aperto de mão sincero. Bom demais!!!!

quinta-feira, 27 de setembro de 2018

BOM DIA! ...



Enquanto tomava o café da manhã, senti uma vontade imensa de vir escrever e, então, como uma criança que nada pode esperar, literalmente corri para o computador e aqui estou, feliz, sorrindo e tentando relatar os meus sentimentos em relação à vida.
Bom demais...
Adoro viver e não me importo se parecer piegas, pois é a minha realidade a cada milionésimo de segundo em que constato o prazer que sinto e que sempre que posso distribuo para quem vive ao meu redor, mesmo sendo muitas vezes criticada, afinal, se sentir continuamente bem, mesmo em situações difíceis, jamais esteve na moda e fez parte do estereótipo social, ainda mais, nos tempos atuais em meio a tantas tormentas e desvios de conduta.
O estado de felicidade está associado ao sentimento de gratidão desde quando compreendi o privilégio de estar vivendo, precioso ensinamento que recebi de meus pais que, antes de tudo, não deixaram passar batido, me mostrando as belezas que a vida oferece e que a maioria das pessoas muitas vezes sequer enxergam, mas que fazem toda a diferença, quando inseridos na mente e no entendimento lógico do ato aparentemente banal da vivência.
Pois é, penso então que, independentemente de qualquer dificuldade, é preciso viver a vida com felicidade, pois se a finitude não é surpresa, muito menos a consciência de que os instantes presentes são insubstituíveis.
Então sorria...  Pois a vida é bonita, é bonita e é bonita!


domingo, 23 de setembro de 2018

ENALTECIDA DEMOCRACIA



Nada como a paz de um domingo ensolarado em meio a este paraíso que é a nossa Itaparica, para descansar a mente e deixa-la fluir, indo e vindo através dos anos, décadas, buscando alguma semelhança a qualquer expressão de coerência governamental e, inevitavelmente, perceber sem assombro, mas com uma dosagem razoável de desânimo, que falamos mais que exercemos essa, que deveria ser a bendita democracia.
Como se situar como um democrata fiel se sequer nos enxergamos como cidadão, a não ser na defesa permanente do que chamamos ser nossos direitos, mas que, na realidade, são apenas nossos interesses momentâneos, onde o coletivo simplesmente não existe e, sem o senso do coletivo, não é possível compreender a extensão da visão de bem comum e, sem ambos, simplesmente não existe democracia, talvez um arremedo de script, mal escrito através de Constituições flexíveis, juristas tendenciosos, legislativos precários e executivos aprisionados às correntes pesadas e abusivas do poder econômico.
E ficamos nós, em sua maioria esmagadora (no que me incluo), a discutir políticas sem delas nada entendermos nas suas complexidades e, mais uma vez, comprando mercadorias de quinta, como em finais de feira, onde o preço (no caso, nossas visões distorcidas), nos parecem mais adequados.
Se meu entendimento é como o lote de bananas e laranjas bem maduras a ponto de apodrecerem, então, somos convencidos pelo esperto feirante que, certamente, estamos fazendo um grande negócio.
Mas se somos da casta de compradores abastados, chegamos cedo, escolhemos o melhor disponível, pagamos além do valor devido e deixamos as sobras expostas no balcão à disposição da maioria, que até acredita que é feliz por ter sobras para comprar.
Penso nas aposentadorias públicas e privadas, penso nas moradias (quando existem), dos públicos e dos privados, penso nos salários, públicos e privados, penso na saúde pública e privada, penso na infraestrutura pública e privada e finalmente, penso na educação pública e privada, razão maior que possibilita minhas ilações dominicais, mas que também frustra na conclusão final.
Que regime é esse que é exercido por um povo que sequer o conhece nos seus mais básicos fundamentos?
Democracia que é exercitada pelo povo enaltecendo pessoas, quando deveria controlar ações?
Democracia cuja Constituição fornece espaço para dois pesos e duas medidas em qualquer de seus artigos, mesmo parecendo tão lógica e contundente?
Democracia em um país, onde o moral e a ética social foram soterradas, dando um novo significado e direcionamento a mais sagrada de suas atribuições que é a bendita liberdade de ser e de existir.
Democracia Tupiniquim, Constituição maleável, liberdade de tolos e inconsequentes.

“Existe um povo que a bandeira empresta
P’ra cobrir tanta infâmia e covardia!…
E deixa-a transformar-se nessa festa
Em manto impuro de bacante fria!…
Meu Deus! Meu Deus! Mas que bandeira é esta,
Que impudente na gávea tripudia?

Tu que, da liberdade após a guerra,
Foste hasteado dos heróis na lança
Antes te houvessem roto na batalha,
Que servires a um povo de mortalha!”…

Navio negreiro – Castro Alves.

sábado, 22 de setembro de 2018

CONSTRANGIMENTO



A fome me constrange, o sistema político, seja lá qual for, me constrange, a pessoa humana indiferente à fome, me constrange, a hipocrisia do sistema social que a disfarça, me constrange, conhecer a fome de minha cidade e país e, ainda, pedir voto para candidatos, me constrange, exaltar celebridades de qualquer natureza social ou política, me constrange, o apartheid humano visível em cada esquina, me constrange, a gritante desigualdade, cujo abismo social deveria envergonhar qualquer cidadão, me constrange, encarar a defesa dos ladrões do dinheiro público, me constrange, abraçar qualquer outra causa se comparados à fome, se torna irrelevante e me constrange, ter que ir obrigada às urnas nas eleições, me constrange.
Este sempre foi o meu grande questionamento pessoal, afora em época passada, aonde eu ainda acreditava que seria possível um grupo político priorizar e mobilizar uma nação na disposição da criação de mecanismos governamentais que extirpassem a fome e não institucionaliza-la, criando uma nuvem traiçoeira, populista e enganadora para disfarçar as intenções de suas contumazes ações de improbidade administrativa que só induziu a mais e mais fome, estabelecendo a miséria moral que se espalhou mais rápido que um rastilho de pólvora e que explode a cada instante em todos os níveis sociais, destruindo os alicerces do pouco que ainda resistia em meio à fome e a constante dispersão mental, que era o senso de limites de quaisquer naturezas.
Entendo a fome como expressão máxima da violência e sinto vergonha por ter de votar em quem, de pronto, sei que nada, absolutamente nada fará para contê-la, evita-la ou, finalmente, acabar com ela e com todas as mazelas que dela se originam, já que é preciso que houvesse disposição dos políticos de um modo geral para que se produzissem profundas e coerentes reformas políticas, sociais e comportamentais, neste sistema corrompido que chamamos de “democracia brasileira.
Como posso não me constranger com uma democracia que não prioriza o seu povo, mas que garante às castas específicas, acúmulos de privilégios em nome de leis e de uma Constituição que não abraça a todos os cidadãos, apesar de se intitular “Constituição Cidadã”?
Que Constituição é esta em que o moral e a ética se moldam aos interesses, tão somente, de uma parte da sociedade, segregando e ao mesmo tempo impingindo ao restante dos cidadãos suas distorções?
Votar no atual processo eleitoral, me constrange.

sexta-feira, 21 de setembro de 2018

EU, NA CÂMARA DE VEREADOES ...


Esperar o início da sessão que geralmente atrasa já habituais 30/40 minutos, certamente é enfadonho, principalmente num local em que falta a refrigeração devida em uma cidade onde o calor não só pode ser abrasador, como estimulador do desencadeamento de um mal humor contagiante, ainda mais se levarmos em consideração as intenções de embates que, camuflados, se expressam através de apertos de mãos e sorrisos.
Para um razoável observador, não só o calor incomoda, como as péssimas condições da maioria das cadeiras, assim como a limpeza das mesmas que deixa a mostra teias de aranha e pó de poeira acumulados, sufocando a qualquer pessoa que, como eu, sofra mesmo levemente de problemas pulmonares.
Todavia, isso é só o começo de uma longa e desanimadora observação de pessoas que procuram enxergar bem mais além do lugar comum, buscando entendimento dos comportamentos humanos com o objetivo único de não ser mais uma a incorrer nos mesmos vícios de atacar ou se defender frente à qualquer demanda, seja pública ou não, pois na realidade todas se tornam privadas pela incapacidade do ser humano, salvo raras exceções, de se ater ao foco das questões que estão sendo discutidas.
Bem, aí começa a problemática, pois as ações em pauta são colocadas com o agravante da culpa, buscando castigo, e, consequentemente, a resposta vem através da vitimização, buscando perdão.
E aí, neste emaranhado confuso de intenções e prática, a única novidade, pelo menos para mim, foi o terno novo do “vereador Nixon” que o tornou, certamente, o mais elegante dos edis presentes, não esquecendo da sua sempre irreverência, que, afinal, contagia e nos faz sorrir.
Bom seria que os básicos propósitos das pessoas presentes fossem capazes de derreter a geleira da proteção da vaidade e dos interesses individuais, abrindo espaço para adentrar o contraditório respeitoso e, a partir daí, todos pudessem dialogar, ampliando e enriquecendo assim toda e qualquer perspectiva, independentemente dela ser pública ou privada, com o propósito único deste tal de BEM COMUM, tão falado, mas pouco exercitado, seja na mente ou na prática.
Mas o mais triste que constatei foi o fato das alunas do ensino fundamental, todas adolescentes saudáveis, não saberem que a casa da cidadania é a casa do povo e que nela o acesso é livremente permitida por lei. Afinal, precisou que uma se arriscasse a buscar autorização e, ainda assim, precisou insistir para que as outras acreditassem que poderiam adentar no salão nobre, mesmo enxergando a porta aberta e por ela passando dezenas de vizinhos e amigos de suas comunidades.
E aí, me pergunto:
Como cobrar cidadania desta juventude mal instruída nos seus mínimos direitos?
Como esperar que votem com consciência se sequer entendem as funções das instituições de seu país?
Que educação familiar e escolar os jovens estão recebendo, além de se tornarem megafones repetidores da improbidade sistêmica?
Ir à Câmara dos Vereadores de Itaparica, e provavelmente de qualquer outro local, é sempre muito revelador...

COMPREENDENDO A PAZ

O que é a paz do mundo, se não, um nosso exercício contínuo de respeito, através da resiliência, generosidade e perdão pessoal, que propiciam equlíbrio, razão e amor, garantindo-nos uma convivência harmoniosa conosco e por consequência com o tudo mais.

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Cartão.



Envio para você que, pacientemente, leu os meus pensamentos, uma rosa imaginária, na cor de sua preferência, desejando uma noite tranquila e que a primavera, amanhã, chegue também para você para lembrá-lo com alegria de que a vida é bonita, é bonita e é bonita.

CONSTATANDO



Em todas as ocasiões onde o emocional se torna protagonista, a razão e o bom senso perdem presença e abrem espaço às distorções.

domingo, 16 de setembro de 2018

“DEUS E O DIABO ATÉ 7 DE OUTUBRO”



Fico impressionada a cada período eleitoral com a capacidade de um sem número de pessoas que se transformam em altos e soberbos conhecedores da política e das intenções dos políticos que nomeiam como ideais republicanos.
Levam tão a sério suas convicções que, da noite para o dia, excluem de seus relacionamentos qualquer um que não comungue de suas preferências, isto quando não ofendem e denigrem, como se fosse um atributo pessoal defenderem seus partidos, político ou ambos a qualquer preço.
As redes sociais são provas empíricas desta atitude abusiva, e cá entre nós, com demonstrações absurdas de arrogância em não saber respeitar sequer a escolha do outro, assim como fechando a mente para qualquer ponderação, como se sua escolha fosse o máster da sabedoria.
Com o atravessar de décadas as discussões políticas foram se estreitando, dando lugar ao fanatismo de ideias que nada acrescenta, apenas limita o senso crítico, tão necessário a qualquer escolha.
Todo debate é saudável, estimulante e enriquecedor. Talvez em parte por esta razão de obtusidade mental e consequentemente participativa estejamos vivenciando o pior momento de nossa história político/social e institucional de nosso país.
Nas escolas e faculdades aliciam-se os jovens, quando, dever-se-ia dar a eles as ferramentas básicas e necessárias para exercitarem o diálogo livre, levando cada jovem a um emburrecimento disfarçado de democracia, que destrói a nação nos seus alicerces e faz doer a alma de cada cidadão, mesmo que na ignorância de sua inconsciência.
Discutem-se legendas e não programas de governo, elegem-se Ídolos e não chefes de estado.
De um lado o Deus e do outro o Diabo que se alternam em suas expressabilidades a cada quatro anos republicanos.
“Eleição é coisa séria, histeria só mesmo com análise psicológica. ”

sexta-feira, 14 de setembro de 2018

PENSANDO...



Olho para uma sólida construção datada de 200 anos atrás, curto sua estrutura bruta e, ao mesmo tempo, a leveza de seus contornos e adornos, sem esquecer da precariedade instrumental e da escassez de técnicas e, no entanto, lá está ela, monumental em sua grandeza de obra de arte, produzida pelo hábil homem.
Olho as obras de grandes e expressivos pintores ou ouço as árias de eternizados clássicos de alguns remotos compositores e os enxergo nas mesmas condições precárias de referências; e penso inevitavelmente nas suas tenacidades.
Leio romances e poemas de históricas criaturas, cujas vidas geralmente curtas foram entremeadas de grandes sofrimentos e vislumbro, em cada um deles, a resiliência e a capacidade de irem bem mais além de seus próprios universos, adentrando num espaço infinito, onde o mísero cotidiano jamais poderia alcançar.
Olho para mim, neste reduzido pedaço de Ilha e me sinto e me enxergo com as asas da imaginação cortando nuvens, no meu voo livre, buscando sóis e chuvas, ventos e tempestades, águas correntes de vida e liberdade.

"Eu Sou do Tamanho do que Vejo"



 Da minha aldeia veio quanto da terra se pode ver no Universo... 
Por isso a minha aldeia é tão grande como outra terra qualquer
Porque eu sou do tamanho do que vejo
E não, do tamanho da minha altura...
Nas cidades a vida é mais pequena
Que aqui na minha casa no cimo deste outeiro.
Na cidade as grandes casas fecham a vista à chave,
Escondem o horizonte, empurram o nosso olhar para longe de todo o céu,
Tornam-nos pequenos porque nos tiram o que os nossos olhos nos podem dar,
E tornam-nos pobres porque a nossa única riqueza é ver.

Alberto Caeiro, in "O Guardador de Rebanhos - Poema VII"
Heterónimo de Fernando Pessoa


TUDO BEM! ...

A chuva fina traz consigo um leve vento frio que faz arrepiar o corpo. Há quem corra para cobrir melhor o corpo, há, como eu, quem prefira aproveitar o prazer dos arrepios, como se os mesmos fossem abraços do universo, num estreitamento acolhedor de vida e liberdade.
Em parceria com o universo.

quinta-feira, 13 de setembro de 2018

REFLETINDO


Existe um ditado popular que diz que não se pode ter tudo nesta vida.
Em diversas ocasiões, achei que tudo isto era apenas balela, já que haviam exemplos bem próximos de mim que me pareciam seres completos, pois nada parecia lhes faltar.
Ao mesmo tempo, também bem próximo era possível observar o contrário, pois havia aquelas criaturas que eram desprovidas senão de tudo pelo menos de quase tudo e este antagonismo social não só me fascinava pelo contraponto gritante, como me direcionou a inúmeros questionamentos e determinou a minha trajetória pessoal de querer entender os paradoxos da vida em relação aos sistemas sociais e até mesmo à Deus.
Comecei a achar que Deus era o chefão do separatismo, pois se nem uma folha cairia de uma árvore sem a sua vontade, por que, então, permitia a si mesmo, criar criaturas tão díspares entre si?
Que critérios ele se baseava para escolher esta ou aquela criatura e até mesmo povos inteiros a serem mais e terem mais que outros?
Por que criara o bem e o mal, se poderia tão somente criar o bem e deixar sua criação humana seguir o seu rumo dentro de padrões menos cruéis?
Para que dar mente e senso lógico a criatura humana e, ao mesmo tempo, deixa-la solta com um tal de livre arbítrio para criar seus próprios parâmetros existenciais sem sequer dar uma mãozinha de orientação?
Estaria Deus fazendo um experimento ou, tão somente, foi enredado pela própria complexidade que acabara de implantar na criatura humana, deixando, afinal, que ela mesma buscasse alternativas?
Mas ainda assim, não explicava para a minha mente curiosa as gritantes diferenças estéticas, neurológicas e emocionais.
Passei então a estudar os grandes pensadores e, não importando a origem e a época de suas buscas, confesso que percebi exatamente as mesmas dúvidas e a mesma falta de conclusão, levando-me a acreditar que cada um tentou desenhar em pensamentos e escritas um Deus de acordo com a sua capacidade em assimila-lo, deixando sempre uma larga margem para inúmeras interpretações filosóficas que são estudadas até hoje, mas também percebi que houvera muitos que preferiram, mesmo repletos de dúvidas, não fugir à regra, negando-o.
Querer ter tudo ao mesmo tempo, provavelmente, está fora de cogitação, já que Deus não esqueceu de deixar um espaço sempre aberto as atrações contraditórias que com o auxílio do livre arbítrio, circunstâncias vivenciais, origem e coisa e tal, deixou reservado para a sua criação, sempre o mal como um predisposto a atuação, manchando assim o ideal do perfeito, afinal, só ele o poderia ser.
Mas seria parte do perfeito a criação do mal?
Parte superior do formulário

quarta-feira, 12 de setembro de 2018

SIMPLES ASSIM ...



Não há entre o sol e a terra nada, absolutamente nada, que seja mais poderoso que as foças energéticas que conduzem o universo.
E é exatamente destas energias que o tudo mais se forma e se apresenta, uma diversidade e universalidade incalculável à inteligência humana, pelo menos até o momento presente.
Daí a necessidade evolutiva se expressar cada vez mais impressionante aos olhos humanos se observado o passar do tempo, se bem, que a cada tempo o excepcional sempre se apresentou, mostrando as conquistas da busca do conhecimento.
Todavia, se por um lado as manifestações são favoráveis, por outro, há uma resistência que mantém a maior parte das criaturas humanas numa espécie de obscuridade intelectual, apesar de sempre haver algum tipo evolutivo, porém quase que imperceptível, ficando esta camada como tão somente seguidores ou observadores passivos de um processo evolutivo.

PENSANDO


Precisamos mudar os rumos emocionais que conduziram até então o processo político de nossa cidade, se desejamos vê-la crescer, alijando os maus hábitos e construindo um ambiente onde o debate político seja possível, contribuindo assim com um grande serviço para o desenvolvimento do espírito crítico da população.
E longe de ser uma panaca, sou antes de tudo alguém que roga a Deus todos os dias, perdão pelos abusos, intolerâncias e ignorâncias minhas e dos demais . Que tal, também você perder um tempinho para exercitar o polimento pessoal?

terça-feira, 11 de setembro de 2018

UMA QUESTÃO DE LÓGICA



De acordo com Aristóteles, a lógica tem como objeto de estudo o pensamento, assim como as leis e regras que o controlam, para que esse pensamento seja correto. Para o filósofo grego, os elementos da lógica são o conceito, juízo e raciocínio.
No nosso caso, uma definição mais adequada seria a lógica uma forma de entendimento da realidade, utilizando-se o raciocínio, a fim de se formarem pensamentos corretos, garantindo assim um conhecimento mais autêntico.
Através de fatos primários, nosso raciocínio é aguçado a buscar conclusões e maiores entendimentos, reforçando argumentações em todas as áreas da atuação humana.
Saindo do campo teórico e focando na política de nossa cidade, as premissas por nós defendidas são basicamente as mesmas no anseio comum, variando, tão somente, quanto a mais evidente precariedade em cada bairro ou comunidade da cidade, independentemente da ideologia política partidária, o que logicamente expressa uma mesma intenção de propósitos quanto as reivindicações.
Ora, se há uma lógica de propósitos, dever-se-ia também existir uma lógica no reconhecimento das evidências apresentadas ou não, assim como a constatação de itens de fundamentais importâncias, como: prioridades, eficiência e custos.
Todavia, na prática do cotidiano, isso não acontece por que somos contaminados pelas ondas vibracionais das opções partidárias, tornando-nos quase que cegos em relação à realidade dos fatos em sua apresentação primária, o que nos garante, infelizmente, uma visão míope do todo apresentado, desde o seu início, mantendo distorcidas todas as restantes apresentações, fazendo com que nossas críticas em sua grossa maioria se mantenham em profunda distonia não só da realidade como de nossos propósitos básicos.
O mesmo processo avaliador ocorre com os políticos em questão, criando-se assim um ciclo ininterrupto onde, certamente, a lógica dos interesses comuns não reside, existindo tão somente interesses de grupos, tal qual, nós, soterrando com esta simbiose, qualquer avanço quanto ao entendimento de bem comum,  não sendo possível o envio de uma mensagem coerente e, consequentemente, a mesma é recebida dentro dos mesmos moldes, ficando pelo caminho uma infinidade de propósitos e um sem número de energias desperdiçadas.
Traduzindo em miúdos: bom seria se pudéssemos enxergar compreendendo o valor de cada realização, assim como cobrarmos as demandas, respeitando valores existentes e gastos, tempo de espera e de operacionalidade e qualidade dos mesmos, assim como o critério das prioridades.
O ideal seria formar-se um grupo de intenções sem partidarismo, onde somente a busca da lógica do bem comum fosse a tônica vigente, a fim de se manter a coerência de propósitos e uma real atenção fiscalizadora, quanto aos andamentos do executivo.
A priori, esta deveria ser a função dos vereadores, mas por inúmeros aspectos, sejam intelectuais, morais, partidários ou éticos, jamais foi possível e, particularmente, não tenho qualquer visão lógica que um dia venha a ser, basicamente porque os mesmos além de fazerem deste cargo profissão e ganho de vida, desvirtuando a ideologia e lógica de sua existência, com o   agravante do vínculo partidário que descaracteriza o princípio da prática básica de qualquer autonomia, seja pessoal ou política.
Por esta razão, até o momento, não participei de qualquer grupo oposicionista, até porque, a lógica recomenda justo o contrário, afinal, na prática todos deveriam estar unidos com um único objetivo, que deveria ser o desenvolvimento da cidade, através de seus representantes legais e da cidadania, num exercício cotidiano sem contra ou a favor desta ou daquela ideologia partidária. Afinal, todo bem ou todo mal, atinge direta ou indiretamente a todo cidadão. Conclui-se que nos falta uma liderança que aglutine intenções, transformando-as em ações para o bem coletivo.
Essa é uma lógica que todos conseguem assimilar.


segunda-feira, 10 de setembro de 2018

PENSE NISSO ...



Ora, ora meu amigo, o que pensas que é a vida, se não um constante sob e desce de emoções, afinal, o convívio é sempre um enorme desafio e manter-se equilibrado nele é o maior triunfo que um alguém pode alcançar.

sexta-feira, 7 de setembro de 2018

SEMPRE O PODER PELO PODER.

Já escrevi em algumas ocasiões do meu prazer e felicidade quando em 2008, finalmente participei corpo a corpo das eleições e pela primeira vez, pude falar para um número expressivo de pessoas em várias comunidades de nossa cidade.
Durante três meses, qualquer resquício de cansaço desapareceu desta senhora e como uma jovem, subi e desci ladeiras e trios elétricos, deixando escorrer suor e lágrimas de pura alegria por estar participando de um momento democrático, espetacular.
Naqueles benditos momentos de vida e liberdade, a mente estava livre e seguia o corpo arisco e ambos desconheciam a sensação do medo de qualquer natureza, pois tudo que verdadeiramente importava era o momento de sons e ideais que me moviam, levando-me a acreditar que tudo valia a pena, já que estava feliz e convicta de meus propósitos.
De lá para cá, perdi infelizmente a pureza que me moveu em 2007/8, pois conheci in loco a brutalidade da disputa do poder nos bastidores que, até então, ficava escondidinho dos olhos e ouvidos do ingênuo povo.
Hoje, com as redes sociais e a proliferação das mídias, repletas de repórteres também de qualquer natureza, a brutalidade é transparente e nos parece assustadora, todavia, ela sempre esteve presente e agora, que o senso já frágil dos limites se perdeu, parece novidade, qual nada, a violência, apenas se apresenta sem maquiagem, tal qual sempre foi; absolutamente grosseira e cruel.
A busca do poder é complexa e manter-se nele é ainda muito mais complicado, exigindo a perda de qualquer tipo de escrúpulos que por ventura tenha sobrado ao longo do processo.
Mas ainda assim:
"VIVA A DEMOCRACIA"!!

quinta-feira, 6 de setembro de 2018

INDO ALÉM DO LUGAR COMUM ...



Indo além do lugar comum, descortina-se um mundo esplendoroso de vida e graça, mesmo que se apresente bravo e muitas vezes violento.
Indo além do lugar comum, a plenitude assume o papel principal, nessa peça às vezes aborrecida e sem graça, onde quase tudo se repete e quase nada se renova.
Indo além do lugar comum, o brilho das estrelas se tornam faróis que fazem os caminhares menos enfadonhos, pois também iluminam todos os entornos, deixando aparecer o verde das folhas e coloridos das flores.
Indo mais além do lugar comum é possível sentir os perfumes que delas se desprendem, mesmo que para o olhar viciado, sequer elas existem.
Indo mais além, saio do lugar comum e enxergo a vida.
Indo além do lugar comum, encontrei a inspiração e me expressei.

quarta-feira, 5 de setembro de 2018

AÇÕES CONJUNTAS



Apenas reclamar, no caso do povo ou apenas se desculpar, no caso a polícia, sem que haja sugestões práticas que não se limitem a enfiar a mão no bolso, certamente não é o caminho mais adequado para se conter o volume de assaltos, agressões e medo que estamos vendo crescer em nossa cidade nos últimos 10 anos.
Instalação de câmaras de monitoramento, com eficaz e pronta ação correspondente, assim como, maior efetivo, mais viaturas, armamento adequado ao enfrentamento de bandidos bem equipados com armas de última geração, prisão dos receptadores, velhos conhecidos da polícia, postos policiais em Misericórdia, Amoreiras e centro e rondas constantes.
Elaboração de um Conselho Comunitário independente, com a participação de líderes de cada comunidade que façam levantamentos localizados dos problemas existentes e que fiscalizem de forma séria e apartidária as ações tanto policiais quanto, da gestão pública.
Concomitantemente, a Prefeitura, desenvolver programas sociais voltados aos jovens, com monitoramento de frequência e aproveitamento, numa parceria das secretarias de educação, saúde e ação social, com a finalidade de tirá-los das ruas nos horários contrários ao horário escolar.
Desenvolver programas sociais de apoio educacional continuado aos pais, oferecendo a eles mecanismos de apoio ao resgate da dignidade familiar, através de centros localizados nas comunidades e com compromisso diário e constante.
Ter a presença de um guarda-Municipal nas unidades escolares devidamente capacitado para amenizar conflitos, assim como nos ónibus escolares.
Criação da casa da cultura e artes que dará oportunidades para o jovem desenvolver seus talentos artísticos e cujo ingresso se dará a partir de seleção pública com os alunos matriculados nas redes oficiais de ensino.
Caberá a secretaria de Turismo, esporte e lazer, promover no decorrer do ano de forma sistêmica, atividades em que o jovem de cada comunidade participe, com a finalidade de desenvolver em cada um o espírito de equipe, competição saudável e disciplina.
Criar-se através da secretaria de educação, competições e promoções, onde os jovens pudessem participar através de trabalhos literários e para tanto, seria premiado publicamente, com a finalidade de desenvolver sua autoestima.
Estas são algumas providências entre tantas outras que se bem aplicadas, não eliminariam de todo o problema da violência urbana da cidade, pois seu contexto é bem mais complexo, pois inclui competências dos órgãos aplicadores e fiscalizadores, interesses e corrupção, mas com certeza seria um limitador, possibilitando uma mais aberta e livre integração do povo com a cidade, abrindo espaço para um ir e vir menos traumático.
O caminho educacional é amplo e irrestrito, provavelmente o mais árduo e que exige mais dedicação dos envolvidos, todavia é o único capaz de promover surpreendentes resultados. Afinal, nunca em tempo algum, uma cidade ou um país na história da humanidade se desenvolveu se não, através da disciplina educacional que estimula a criatividade e o bem-estar de seu povo.
Itaparica e tantas outras pequenas cidades que hoje se encontram mergulhadas na violência, precisam de menos conversas e firulas carimbadas e mais pragmatismo operacional, tanto dos órgãos oficiais, quanto de cada cidadão, afinal, administrar uma cidade, exige muito esforço e sacrifícios de um gestor e sua equipe, assim como ser um cidadão é bem mais que pagar impostos.



terça-feira, 4 de setembro de 2018

TRISTEZA ou ENFADO?



Sei lá como adjetivar meus sentimentos, tudo que sei é que estou com um profundo cansaço deste sistema político, jurídico e administrativo que venho acompanhando desde que comecei a ter noção de cidadania, o que aconteceu ainda em minha infância, quando me foi ensinado a não jogar o papel da bala na calçada.
Tudo me parece a cada dia mais surreal, impossível de ser compreendido e, quando ouço os candidatos aos cargos políticos, fico ainda mais desolada, crendo que estamos no fim dos tempos, pelo menos em nosso país.
Não consigo enxergar qualquer veracidade em nenhuma afirmativa de nenhum candidato, tudo me parecendo mais uma exposição conveniente ao momento, sequer levando em conta que entre os ouvintes e leitores, certamente existem aqueles que, como eu, já não acreditam em mais nada.
Como acreditar se vivo e convivo a minha vida inteira com políticos embusteiros? Cada qual, com sua máscara devidamente adequada ao seu descaramento pessoal.
Salvo algumas exceções que, de tão raras, se perdem num amontoado de improbidades.
Enquanto, a educação e a preservação da cultura, valer menos que o endeusamento deste ou daquele artista popular, enquanto, a segurança for menos importante que as mordomias de uma casta privilegiada, enquanto, a fome for negligenciada pela arrogância de prefeitos e vereadores, deputados e senadores, certamente, o país continuará nesta destruição cruel, marginalizando-se a cada eleição.


domingo, 2 de setembro de 2018

BOM DIA DE UM NOVO TEMPO



O bailar dos dias nas ações do passar do tempo, só são notadas quando deixamos a juventude para trás, como se houvesse um sininho interno que nos avisasse que daqui para frente, tudo vai ser diferente.
Claro que existem aqueles que chegam aos mais avançados estágios cronológicos, afirmando em alto e bom som que a juventude lhes pertence, mas cá entre nós, isso é mais uma propaganda enganosa, afinal, quem na juventude pensa na velhice ou mesmo na morte? Isso só acontece quando o espelho, cruel revelador constata as ações devastadoras do passar do tempo e aí, a juventude já se foi, tão rápida quanto o passar do tempo.
Quando se é jovem, uma hora pode parecer uma eternidade, quando se é velho, um minuto a mais é vida.
“E aí, o tempo perguntou ao tempo, que tempo o tempo tem, e o tempo respondeu ao tempo, que tanto tempo tem o tempo, quanto o tempo tem”.
Como podem observar, o que não me falta é tempo.
Tempo para pensar, tempo para admirar, tempo para amar e até tempo para escrever sobre o tempo que, afinal, existe tão somente para que possamos dele nos apropriar para vivenciarmos este delicioso domingo de um tempo que certamente, não irá retornar.

sábado, 1 de setembro de 2018

VARINHA MÁGICA



Não existiu até o momento, um só dia em que eu e Roberto saíssemos de carro para percorrer a cidade sem que, nos sentíssemos absolutamente surpreendidos com a cara de pau de nossos governantes, quanto a afirmativa de que trabalham para o povo.
Ontem, a cocada da vez, foi o passeio realizado próximo ao fórum em Bom Despacho que estava sendo refeito em parte e que, tão logo meses passados foi concluído, comentei com o Roberto que logo estaria estragado, principalmente por não terem colocado travamento no meio fio.
Esse é apenas um exemplo dos infinitos e grotescos disparates nas obras que fui constatando ao longo dos anos e, pensar que sou jornalista e não engenheira, mestre de obras, calceteira ou sabe se lá o que mais.
O custo de tantas mal feituras?  Sabemos nós os valores, pois com certeza dói de forma arrasadora nos cofres públicos.
Não se trata de ser oposição ou não ter descido do palanque, trata-se de uma constatação dolorosa de uma cidadã em ver no século 21, uma cidade linda a poucos quilômetros de uma expressiva capital, entregue dolorosamente às baratas à espera do momento em que se torne prioridade nas agendas executivas e judiciárias.
Sou carioca e conheço bem a realidade das favelas, pois já existiam quando eu nasci, mas mesmo naquela época, sem traficantes (sessenta anos passados), a qualidade espacial era infinitas vezes melhor para cada residente que a encontrada hoje em qualquer bairro (comunidade) existente em nossa cidade.
E de quem é a culpa, só dos governantes?
A culpa é de todos nós que nos calamos e aplaudimos, atacamos e vaiamos, mas em momento algum somos capazes de formar um núcleo de união para defender o nosso pedaço de chão, celeiro de glórias, poder e fartura para alguns, sofrimento e pobreza para a maioria.
No bendito dia em que a juventude (devidamente educada), puder compreender que cada erro, abandono, falta de ações ou improbidade dos governantes, tira deles o direito de viver com mais dignidade, certamente a partir daí nossa cidade adentrará no rumo de um real progresso.
Sugiro que olhem sem paixão de qualquer natureza e depois me digam se estou exagerando. Afinal, no decorrer dos muitos anos desde que aqui cheguei e me encantei, só pude constatar com muita tristeza, a cidade ir se deteriorando, a despeito de seu povo bonito e acolhedor, não havendo real progresso continuado em nenhuma área.
Tudo muito precário e se continuarmos nesta equação esquisita e sem nexo, nos próximos 20/30  anos, tudo poderá ser comparado a idade da pedra, pois só sobrará, pedra sobre pedra, fazendo da biologia milagre Divino, pois renascerão milagrosamente os Tupinambás, já armados de tacape e declamando os versos de Viva o Povo Brasileiro de João Ubaldo Ribeiro, tendo como plateia, remanescentes escravos africanos com a brava liderança de Maria Felipa, tão somente para aplaudirem o articulado cacique e defenderem a costa devastada de lixos urbanos, deixados pelos ilustres antepassados.
Todavia, a semana está terminando e terça-feira vem aí, o tão esperado dia “D”com grandes novidades.
O que será? Será o quê?
Pilim Plim Plim da varinha mágica das obras públicas, finalmente vai funcionar?
Aguardemos com fé em Deus e em todos os orixás, porque em matéria de “Divino e de água”, estamos sempre muito bem cercados.


MUITAS EMOÇÕES

Há quem imagine que levo uma vida solitária em meu reduto tranquilo de paz entre pássaros e borboletas, mas sequer imaginam a profusão das i...