segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

NÃO ME PERTENCE MAIS...




Amanheci depois de uma noite abreviada, afinal, como não ficar acordada para ouvir os fogos da passagem para um novo ano?
Sair, nem pensar, afinal, jamais gostei de aglomerações, preferindo a tranquilidade em poder assistir a grandiosidade dos fogos na Praia de Copacabana e ouvir a minha vizinhança que este ano, assim como eu, optou em permanecer em casa, comendo seus churrasquinhos, bebendo suas cervejas e ouvindo, desta vez, graças a Deus, boas músicas e numa altura suportável.
Minha casa também bombou, tem gente pra todo lado, mas a casa é grande e a nossa felicidade em tê-los, maior ainda.
Ontem, depois das 11 horas, quando todos saíram para ir assistir ao show, eu e meu Roberto, sentamos na varanda e, como de costume, fizemos nossa resenha de um tudo, um pouco, inclusive, agradecendo a Deus por estarmos vivos e ainda produtivos, além de felizes.
Reconhecemos que já não podemos nos dar ao desfrute dos exageros que dantes nos pareciam normais, como comer e beber qualquer coisa, pois o organismo, imediatamente, dá o seu sinal de alerta. 
Mas quem precisa de verdade dos exageros?
O bom do amadurecimento saudável é que vamos aos poucos, de forma natural e sem ressentimentos, deixando a nossa natureza conduzir as nossas necessidades, induzindo a mente sutilmente de que isso ou aquilo, já não “nos pertence mais”.
E aí, tudo vai se adaptando a uma nova realidade que está longe de ser desagradável ou limitadora, pois, também aos poucos, vão se descortinando alternativas que jamais seriam cogitadas na juventude que, também por sua natureza, é rebelde, apressada e pouco degustadora.
Concluo que todas as fases da vida são deliciosamente degustáveis, se soubermos como pássaros ariscos, ciscarmos apetitosamente e sem ressentimentos, pelos canteiros que vamos deixando para trás

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