Que coisa,
viu!!! De repente é bem capaz de mais ninguém lembrar deste produto tão
utilizado pelas mulheres até meados dos anos setenta.
Paguei o
mico mais absurdo do mundo, procurando nas farmácias os benditos “pó de arroz” que
ganharam outros nomes mais atualizados e, até mesmo, chiques por estar em inglês,
mas que na realidade é o mesmo pozinho delicado que colocamos após a base em
nossos rostos.
Pensando
nisso, lembro do tudo mais que permaneceu igual, mas com nova nomenclatura,
assim como, penso fazendo uma analogia com a linguagem entre pessoas, que
apesar de representarem exatamente suas intenções, ganharam expressões modernas
que confundem o desavisado, tipo eu, por exemplo.
Sou o que se
poderia comparar com uma “porca espanada”, sempre fora destas mudanças
sistêmicas, mas pelo menos, sem vergonha de dizer:
- O que é
isso mesmo?
Claro que
para os descolados, antenados e ligadões em tudo e em todos, sou uma toupeira,
mas e daí, quem disse que quero concorrer ao título de esperta?
- Acorda,
você não sabia?
- Em que
mundo você vive?
E quem disse
que eu quero perder o meu precioso instante presente, atualizando-me junto ao
modernismo que muda por todo o tempo, banalizando os “pós de arroz” que, assim
como tantas outras coisas, ajudou durante décadas a eu ser uma pessoa mais fiel
e menos volúvel?
Tenho como
relíquia, guardado na gaveta da cômoda, uma embalagem das antigas do meu
inseparável pó de arroz da juventude, símbolo real da minha personalidade
tradicional, que preza a qualidade sem fazer dela uma constante mutação,
abrindo espaço para o leviano e o banal.
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