sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

PIPAS COLORIDAS II


Na ingenuidade de alguém que verdadeiramente ama a cidade e busca sempre o melhor para ela, vi-me enredada no ano de 2009 na Câmara de Vereadores na mais decepcionante experiência, onde o engodo se fez presente.
A dor foi profunda, mas a lição foi apreendida e jamais esquecida.
Escrevi um texto com o título de PIPAS COLORIDAS e, através dele, deixei escoar a minha tristeza, quanto a constatação do inadequado, do ardiloso e da nenhuma real atenção e respeito ao povo itaparicano.
O tempo foi passando, alguns atores foram sendo trocados, mas a cúpula da malversação dos caminhos públicos, se não permaneceu de corpo presente, manteve-se nas sombras, tecendo suas artimanhas, nas entranhas da escuridão dos corredores do poder.
Hoje, como numa sessão especial, fui surpreendida com a exibição de um filme antigo, replay das PIPAS de 2009, já não senti dor, tão somente lamentei, como sempre o faço, quando me deparo com os horrores que chamam de política, perante o céu, num primarismo cênico, mas que infelizmente convence os distraídos ou inocentes de plantão.
São lobos tentando comer Hienas e que, infelizmente, apesar de não se destruírem, o que seria o ideal, com certeza frustram e mazelam sem dó e qualquer piedade, o povo sempre esperançoso, mas pouco lógico.
Estamos perdidos em meio a esta casta de espertinhos se digladiando na arena do poder, na busca pelo melhor lugar nas arquibancadas, não sem perderem o faro do sempre tentador erário público.
Este bailado de ações e intenções exclusivistas, desgasta e me leva a pensar, que TUDO ESTÁ COMO DANTES NO QUATEL DE ABRANTES.
E que sequer se aprimoram na representação, até porque, também o povo permanece alienado, perdido e abandonado.
O Jeito é irmos embora para PASSÁRGADA.


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