Ela é
conquistada a partir de um esforço contínuo de, apenas, querer ser ou de
espertamente perceber que apesar de toda a trabalheira é sempre altamente
gratificante.
Ser feliz dá
trabalho, mas ser infeliz, adoece, envelhece e escurece a nossa matéria, refletindo
em todo o nosso ser, transformando-nos em seres de apenas casca frágil,
facilmente rompível.
Ao se
permitir o permanente duelo interior, entre o Deus sorridente e radioso, com a
força devastadora do Diabo, cria-se uma simbiose doentia que flagela, tirando a
capacidade da criatura humana em perceber que tudo pode ser simples e vantajoso,
se assim ela o desejar, anulando suas resistências frente aos pastos alheios que
lhes parecem sempre mais verdejantes.
O infeliz
adoece se alimentando com o fel de tudo, deixando o néctar da felicidade para os
poetas do cotidiano, criaturas passíveis de enxergar as belezas que sempre
estão presentes, mesmo que camufladas.
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