Dez, vinte,
trinta, quarenta, cinquenta e agora, lá vão passando os sessenta e junto a
eles, lá vou eu, ora sorrindo, ora chorando, se bem que, sorrindo bem mais do
que chorando e sem pressa, apenas apreciando e sorvendo as paisagens.
Tudo sempre
foi breve, por mais lenta que tenha sido a caminhada, pois ao me dar conta, já
haviam se passado décadas na formação de minha história.
Uma a uma
foram filmadas pelos meus sentidos e gravadas pela minha mente para que em
momentos como o de agora, sossegada, eu pudesse revê-las através de doces
lembranças que mesmo passados tantos anos, reaparecem diante de mim, sem
lacunas, sem distâncias, como se o passar do tempo, não existisse.
Bendito
filme que produzi na memória e cuja exibição, controlo através da mente, num
resgate de pérolas, não necessariamente, só as belas.
As vezes dou
pausa, respiro fundo, sorrio ou enxugo uma lágrima teimosa, afinal, o filme é
longo e infinitas são as emoções.
Hoje é
sábado, véspera do Dia das Mães e revendo as incontáveis cenas, sorrio
novamente, apenas agradecendo, afinal, fui brindada a cada tempo com uma mãe
diferente, nesta jornada de vida e liberdade.
Às minhas
mães parceiras e queridas amigas, margens benditas deste meu caminhar, o meu
sempre sorriso de agradecimento, a minha sempre lágrima de saudade.
Hilda
carvalho- 1920 – 1969 (mãe)
Zizita
Couto- 1920 – 1988 (sogra mãe)
Com cada uma
convivi por vinte preciosos anos e de cada uma extraí tudo que coube em mim.
Para todas as mães deste convívio online, um
enorme beijo no coração e em especial para a querida Antônia Melo Santos, amiga
que se universalizou nesta semana, uma rosa imaginária
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