Pois é,
nesta manhã de domingo, logo cedo pude constatar o quanto, neste mundo de meu
Deus em que as pessoas estão a cada dia mais individualistas, ainda existam
algumas que se chocam com as grosserias que são proferidas à outras, sem
qualquer senso de lógica que as justifiquem.
Só por esta
razão, posso garantir que a vida permanece maravilhosa e que “tudo vale a pena,
se a alma não for pequena”, já garantia na imortalidade de sua genialidade o
ilustre poeta Fernando Pessoa.
Bem esta
introdução, não poderia deixar de existir, mas, o teor de minhas observações
matinais, é referente aos erros primários que venho observando ao longo de
minha vida em relação aos políticos que os cometem, sistematicamente, quando o óbvio
da garantia consistente de seus sucessos reside exatamente naquela parcela do
povo que o elegeu e em parte daquela outra que por ele não optou.
Já perdi a
conta de quantas vezes, em minha vida, escrevi sobre essa questão, assim como esgoelei-me
infinitas vezes nas ondas sonoras da inesquecível Rádio Tupinambá FM, meio
único de adentramento diário nos lares e comércios itaparicanos, mas que pouco
foi considerado pelos políticos atuantes locais, até porque, para a maioria
deles, eu era apenas uma abusada metida a conhecer a cidade e seu jeito de
pensar e agir.
Pois é...
Nos quase 20 anos em que por aqui resido e trabalho, venho acompanhando as
sucessivas eleições, os ganhos e perdas dos “entendidos” políticos locais e no
quanto, precisam investir em todos os níveis para se elegerem, sem esquecer que,
até o momento, não aconteceram reeleições; e a pergunta que fica, é:
-por que?
Cláudio Neves
não disputou, mas também não fez seu sucessor.
Vicente
Gonçalves, renunciou, abrindo espaço para Raimundo da Hora se tornar prefeito
por um ano.
Legalmente se
reelegeu, mas na prática foi uma continuidade.
Agora, o
ganho conquistado fraciona-se, precisando começar tudo de novo, contando com,
digamos, apenas menos de dois terços do sucesso inicial e tendo que negociar
vergonhosamente com os inimigos do passado e, trazendo para si, lideranças que
dantes eram rejeitadas por serem “pouco honestas” ou nada confiáveis.
Esta
incoerência comportamental que ao candidato e seus aliados próximos é apenas um
detalhe, para o povo que observa, mesmo sendo simples e pouco estudado, é uma
vergonha inaceitável.
Pois é,
aquele povo que estaria louvando o seu herói ou heroína, de repente, se sente mais
uma vez enganado, isso, sem esquecer que durante três anos e alguns meses,
ficou encostado como sapato usado no guarda-roupa, para voltar a ser manipulado
nas próximas chuvas (digo. Eleições).
E aí, seis
meses antes do pleito, o candidato passa vez por outra uma graxa para disfarçar
o embaçado do abandono, o que até pode funcionar, mas na maioria das vezes é
tarde, justo porque, o mofo se instalou e o tesão de ser calçado outra vez se
acabou.
Povo é para
ser acarinhado, ouvido, abraçado, para se sentir presente, parceiro constante nesta
breve caminhada.
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