O motivo de
eu estar escrevendo nesta manhã de junho
é porque estou me sentindo como cega em meio a um tiroteio, e não acho certo,
uma vez que, diariamente, escrevo e tenho certeza de que meus textos de alguma
forma colaboram para uma dinâmica avaliativa, todavia, assim como qualquer pessoa,
não gosto de ser feita de boba e de me sentir joguete nas mãos de meia dúzia
que detém o poder em Itaparica.
Ouço as
lives e, sinceramente, tem limites até mesmo em relação às próximas eleições,
pois, tudo que observo é um constante uso das palavras de forma generalizada,
não havendo qualquer maior intenção de esclarecimentos à população, pois,
escamoteiam-se situações, colorindo uma pílula há muito vencida, na certeza
absoluta de que nós, aflitos doentes, as tomaremos de qualquer jeito.
Não estou
sentindo firmeza nas alianças políticas e fico me perguntando, que merda é
essa, onde os interesses do povo é o que menos importa.
Dirão os
entendidos que estes fatos são os acordos normais e habituais que ocorrem nas
pé-campanhas e que até a convenção tudo se definirá, mas a pergunta que fica é:
- Definirá
para benefício de quem?
A história
atávica do desenvolvimento em todos os setores da cidade é o retrato fiel
destes acordos engendrados simbioticamente a cada eleição, onde meia dúzia, faz
de suas vidas ascensão financeira e social, quando, além disso, alguns, ainda
acrescentam prestígios além Baia de Todos os Santos, ampliando riquezas e
títulos.
E nós,
continuamos entre desculpas e acusações por longos quatro anos que se sucedem infinitamente,
mergulhados em um atraso vergonhoso e indigno.
Políticos se
atacam mutuamente, crendo que somos otários, quando, no submundo do poder, negociam
seus interesses e conveniências, maculando o único sentido democrático que
deveria ser o norte de qualquer pretenso defensor do verdadeiro bem-comum.
Escrevo
sobre um contexto repetitivo, gasto e corroído e que ainda recebe apoio das
lideranças, pois, também passa a ser o desejo latente de cada uma delas,
atingir o nível sonhado de pertencer a uma elite mofada, mas que rende frutos e
benécias mil.
O povo,
este, segue como manada aos estalos dos chicotes dos boiadeiros, cavaleiros
treinados e resistentes ao longo da jornada.
E quando a
astúcia não vence, o saco de cimento, as telhas, a caixa de cerveja e a merenda
soam mais fortes, convencendo aos incautos a esperarem os próximos quatro anos.
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