Maravilha,
quando livres de amores partidários, ideologias ou idolatrias somos capazes de
enxergar bem além das aparências.
Maravilha
também é o direito maior de expressar escolhas num processo que chamamos de
democrático.
Maravilha
seria que tais escolhas estivessem menos contaminadas pela força brutal da necessidade
de sobrevivência que, infelizmente, turva inexoravelmente toda e qualquer visão
de ética e moral públicas, isso sem esquecer o apagamento geral que se produz
em relação ao certo e ao errado nas posturas dos governantes.
Maravilha
seria que todos fossem livres e autônomos o suficiente para exercer suas
democráticas escolhas, sem o peso da imensa falta de opções de trabalho e
educação.
Ontem, fui
capaz de perceber a negação absurda e cruel de um pequeno aglomerado de desesperados
sorridentes, gritando sob o céu de brigadeiro sua insegurança diante de um
futuro que está logo ali, em outubro próximo.
Esta cena se
repete a cada quatro anos, mas nunca, como ontem, me pareceu tão melancólica.
E aí,
lembro-me do exemplo do PT, que recebeu todas as glórias e oportunidades que a
bendita democracia ofereceu por anos a fio, no entanto, preferiu optar pelas
oligarquias da pressa e do engano, disfarçando com sorrisos, agrados baratos e
apelos divinos, suas tiranias, numa cópia velha e desgastada dos senhores
feudais dos tempos remotos.
Que diriam Platão,
Aristóteles e tantos outros pensadores desta política contemporânea?
Maravilha
seria ter-se uma real democracia. Mas como, se não há educação?
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