quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

GERANDO EMPREGOS...



Estou pensando, depois de ler uma postagem de uma querida amiga que em viagem de férias, foi mal servida num restaurante, respondo, que por aqui, não é muito diferente, com raríssimas exceções.
Paga-se caro por uma comida ou bebida que simplesmente é feita e servida, sem qualquer maior apuro e conhecimento e sem nenhum serviço mínimo, como copos, pratos e talheres que, geralmente, são de péssima qualidade, além de mesas e cadeiras velhas, guarda-sóis rasgados ou desbotados e garçons sem um devido uniforme que os identifique, assim como treinamento que os qualifiquem adequadamente, para as infindáveis horas de serviço com sol à pino.
Se formos aos raros restaurantes, novamente a displicência ou mesmo o amadorismo se apresentam e quanto as comidas, mesmo sendo melhores que as oferecidas nas barracas, ficam a desejar, novamente, com raras exceções.
Claro que nós, que somos da casa, relevamos e nos adaptamos a situação que convenhamos é caótica, até, por falta de opção, mas o turista, esse não perdoa e no mínimo, não volta nunca mais.
O veranista, na companhia da família, só mesmo sendo rico para bancar os preços altos e então, sem qualquer maior atrativo, compra nos armazéns e produz em casa. Alguns, que moram a beira-mar, são servidos pelos seus empregados nas areias, lembrando-me os abastados do século 18 na europa.
E ainda tem aqueles que trazem tudo ou quase tudo de Salvador, pois não precisam comprar mercadorias de terceira, por preço de primeira, principalmente, legumes, verduras e carne, novamente deixo claro que com raras exceções.
Acredito como simples observadora que, empreender turismo em uma cidade, cujos atrativos principais, são as praias e sua gastronomia, que identificar sua falhas, seja a prioridade e em seguida, providenciar a capacitação, estimulando cursos de aperfeiçoamento, criando formas de controle de qualidade, mas antes de tudo, criar-se um padrão de qualificação a ser exigida, desde a higiene até, a qualidade da apresentação do estabelecimento nos seus variados aspectos.
O poder público e incentivador do implemento, deve ser acima de tudo, eficiente, para que se garanta a continuidade do padrão de qualidade.
A fiscalização é fundamental, pois cria uma obrigatoriedade que aos poucos, vai se tornando norma de conduta do comerciante em relação aos seus clientes, seu estabelecimento e sua cidade.
As promoções de eventos, inseridas no calendário festivo da cidade, garantida pela Prefeitura, estimula e oferece apoio direto o ano inteiro, fomentando assim, períodos de natural ostracismo no volume de visitantes.
Detalhes como limpeza das praias e da cidade como um todo, criação de praças, instalação de banheiros públicos, arborização, descartes de lixo devidamente instalados nos pontos de maior fluxo de pessoas, vigilância fardada que inspire maior segurança, através dos Guardas-Municipais, assim como, estimular as visitações com uma busca constante, atuando junto as agências de turismo, sites e propagandas em mídias nacionais e internacionais é obrigação de uma secretaria de turismo atuante, o que obriga uma intensa integração e interação entre as secretarias de turismo, saúde e infraestrutura, com supervisão rigorosa do gestor em questão, ainda mais numa cidade minúscula como Itaparica.
Claro que existem formas técnicas e já aprovadas pelos turismólogos, todavia, parece que por aqui, eles ainda não chegaram e se vieram, não encontraram o devido apoio governamental para colocarem em prática o que já é sucesso em infinitos outros lugares, onde o turismo, abriu espaço para o não desemprego e para uma estabilidade econômica.
A favelização das barracas de praia, o improviso das festas promovidas no decorrer do ano, a sujeira constante das areia, acrescida dos entulhos que chamam de pedras roladas, a falta de união absurda dos comerciantes de um modo geral que, não conseguem encontrar um ponto de apoio para uma fraternidade comercial que lhes propiciem mais lucros e qualidade de vida, visando incrementar a cidade é assustador.
O amadorismo público neste e em outros setores da governança, além de uma acomodação atávica, fazem de nossa cidade uma escada onde apenas, tem sido possível, descer.
Reclamar e se lamentar, passou a ser o hino oficial da cidade.
Invejar e denegrir o sucesso de outros é a meta nas rodas de conversa e nas redes sociais, mas verdadeiramente, mudar posturas, incentivar uns aos outros, cobrar abertamente do poder público, oferecer sugestões, apontar as deficiências, elogiar os acertos, isso, quando fazem é somente, nos períodos que antecedem as eleições.
Precisamos mudar o foco de nossas visões e comportamentos, sabedores de que não é uma tarefa fácil, mas que precisa ser feito, pois não bastam cerimônias de exaltação aos heróis do passado, pois, os mesmo, não cruzaram os braços e tão pouco se omitiram, muito pelo contrário, foram a luta e se imortalizaram, enquanto nós, ficamos de trelê-lê nas esquinas e nas redes sociais de papos sem compromissos e nas tarefas pífias de nossos desempenhos.
Maria Felipa,  Joana Soaleira, Brígida do Vale , mais adiante Ernesto Carneiro Ribeiro, Wenceslau e outros que se seguiram, certamente, estão decepcionados, pois seus legados, quando lembrados, só servem para ilustrar discursos ou promoção pessoal.
Na realidade, penso que é muita gente envolvida para nada de significativo se expressar para incrementar esse tal de empreendedorismo cidadão.
E olha, que eu, nada entendo de turismo, sou só uma apaixonada que gostaria de ver tudo brilhando.

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