sexta-feira, 6 de outubro de 2017

PAPO SOLIDÃO


Estou aqui quietinha, neste final de tarde, pensando na vida que já vivi, na que vivo e conjecturando na que ainda posso viver.
E aí, surpreendo-me com o tanto que foi expurgado de minha vida, nem sempre por mérito meu, mas com certeza com total concordância, afinal, jamais briguei com as circunstâncias que me atingiram, preferindo encará-las bem de frente, não como desafio, apenas com a dignidade de quem se determinou a jamais se sentir derrotada, tão somente, ferida.
E aí, entre uma lembrança e outra, boas e desagradáveis, eis que uma em especial surge em minha mente, sempre bela e vitoriosa, fazendo-me sorrir como uma criança, mas ao mesmo tempo de forma ousada, transformando-me em poeta.
Ah! Que saudades de minha Guapimirim
Saudades do tumulto dos infinitos sons do silêncio
Que como uma orquestra bendita, fez-me conhecer a paz.
Sentada à beira do riacho, tocando as aguas frias e translúcidas
Sorvendo aromas, pensando em nada, possuindo tudo.
Meu pequeno riacho, minha fonte de vida.



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