Estou aqui
quietinha, neste final de tarde, pensando na vida que já vivi, na que vivo e
conjecturando na que ainda posso viver.
E aí,
surpreendo-me com o tanto que foi expurgado de minha vida, nem sempre por
mérito meu, mas com certeza com total concordância, afinal, jamais briguei com
as circunstâncias que me atingiram, preferindo encará-las bem de frente, não
como desafio, apenas com a dignidade de quem se determinou a jamais se sentir
derrotada, tão somente, ferida.
E aí, entre
uma lembrança e outra, boas e desagradáveis, eis que uma em especial surge em
minha mente, sempre bela e vitoriosa, fazendo-me sorrir como uma criança, mas
ao mesmo tempo de forma ousada, transformando-me em poeta.
Ah! Que
saudades de minha Guapimirim
Saudades do
tumulto dos infinitos sons do silêncio
Que como uma
orquestra bendita, fez-me conhecer a paz.
Sentada à
beira do riacho, tocando as aguas frias e translúcidas
Sorvendo
aromas, pensando em nada, possuindo tudo.
Meu pequeno
riacho, minha fonte de vida.
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