segunda-feira, 9 de outubro de 2017

OPÇÃO...


Na medida em que vamos envelhecendo, vamos também neste processo nos tornando mais sensíveis às coisas do mundo, com certeza, porque os sentidos já infinitamente abastecidos de mazelas assimiladas ao longo da caminhada, pede socorro de formas diferenciadas. E aí, dizemos:
-Nossa!!! Fulano depois de velho, está isto ou aquilo.
Na realidade, contabilizamos as nossas emoções, construídas uma a uma durante nossas vidas e a depender de nossas naturezas, reforçadas ou remodeladas pelos nossos históricos existenciais, tornamo-nos mais ou menos isto ou aquilo, mas indiscutivelmente, não se pode negar que os resultados são oriundos dos sentidos cansados pelo ofício ininterrupto de filtragem, afim de amenizarem os efeitos processuais da mente e, então, se rebelam em aflitos apelos por compreensão e paciência.
No meu caso em particular, percebo que como comunicadora e estudiosa das emoções humanas, já não estou aguentando tanto horror produzido por um sistema humano, que vem exacerbando em seu desiquilíbrio, como ondas incessantes de um mar revolto em constantes ressacas de dor e desespero.
E o que é pior, já não encontro razão que justifique propaga-las, acreditando que o aumento das mazelas se dá, inclusive, pelo excesso de publicidade que recebem, como modelos constantes a serem copiados ou tolerados, de produção do pior da raça humana, que se expressa em todas as áreas, disfarçadas de informação, entretenimento, cultura, contemporaneidade e, etc., e tal.
Tudo para disfarçar um louco retrocesso de convívio social, que se revela absurdo, para quem conheceu outros tempos, mas absolutamente natural para uma juventude sem parâmetros para processarem uma avaliação mais precisa e real, quanto aos malefícios que operam silenciosamente, no físico, no emocional e no contexto vivencial da coletividade.
Toda esta enxurrada começa bem cedo, através dos meios variados de comunicação e se estende ao longo do dia e grande parte da noite, prendendo atenções e destruindo valores agregativos.
Para mim, com certeza já deu...Passo e repasso, pois, me nego a reverberar o feio e o grotesco, o abusado e o cruel, o marginal e o inconsequente.


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