É a
libertação do caminhar.
Descortina sonhos
abafados
E dentre
tantos, alguns sonhados acordada.
Já não
importa a dor dos pés doidos e machucados
Que pisaram
pedras que os fizeram sangrar.
Bendito
rastro de sangue que vão deixando,
Sinal de
vida, luta e caminhada.
Olho ao
redor e enxergo os pássaros
Vez por
outra, alguns se chegam, até bem próximo.
Mas em meus
bolsos, já não carrego alpiste.
Um peso a
menos que me nego carregar.
A cada dia
que recomeço a caminhada,
Não vou
negar, sinto falta da poltrona.
Afinal, por
tanto tempo me acomodei nela,
Que dói
pensar que posso tê-la, mas não a quero mais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário