Este é um
sentimento que as pessoas não gostam de admitir que possuem, mas na realidade
ela está inserida nos comportamentos cotidianos, queiramos admitir ou não.
Segundo Aurélio,
a inveja é:
1.Desgosto ou pesar pelo bem ou
felicidade de outrem.
2.Desejo violento de possuir o bem alheio.
3.Objeto da inveja.
2.Desejo violento de possuir o bem alheio.
3.Objeto da inveja.
Não
concordo, abusada eu sou, heim...
Essa
história de que existe a inveja boa e a ruim é pura desculpa, geralmente do
invejoso contumaz, justo por não saber diferenciar suas emoções, desejos e
expectativas e, então, coloca tudo num balaio, acreditando que convencem a si e
aos demais com as suas falácias pessoais sobre si mesmo.
Confesso a
vocês que me leem que senti por toda a minha vida inúmeras invejas que me
impulsionaram a desejar ser tanto como o outro, e muitas vezes consegui, o que me
encheu de alegrias, afinal, foram meus parâmetros, destaques de vidas e
históricos pessoais que me motivaram a buscar isto ou aquilo que eles se
destacaram.
Sentir inveja,
jamais me envergonhou ou me fez mal, assim como jamais também se reverteu em danos
ao invejado.
O hábito de
minha inveja começou cedo, ainda garota, ao apreciar a minha tia Nair, que era
meu símbolo de elegância e distinção, e eu pensava:
- Quero ser
como ela, afinal, ela mais do que qualquer pessoa sabia estar, fosse onde
fosse.
Já na
adolescência invejei outra tia, a linda e poderosa tia Hilda, poeta, humanista,
batalhadora em transformar o seu universo num mundo melhor.
Depois, já
adulta em Brasília, apaixonei-me pela inteligência do Professor Darcy Ribeiro e
sua visão ampliada em relação ao social,
através da educação.
E foi assim
por todo o tempo, sorvendo o melhor de cada pessoa relevante em seu setor de
atividade, numa compulsão de aprendizado que trago até os dias atuais.
Penso, o que
eu seria se não fosse a minha capacidade em invejar os poderosos que conheci?
Creio que
quase nada, pois teria perdido a oportunidade de fazer deles meus parâmetros,
meus guias orientadores em minha jornada de vida e liberdade de ser eu mesma
com fragmentos benditos de todos aqueles que invejei.
Hoje, invejo
cada vez mais a todo aquele que admite seus erros, tornando-se humanos na busca
do aperfeiçoamento.
Invejar é
bom demais...
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