E aí,
sozinha com os meus pensamentos que são também, meus constantes questionadores
de condutas, pergunto mais uma vez que humanidade é esta que esfola, magoa,
mata sem qualquer parcimônia toda e qualquer vida, sem mesmo reconhecer a própria?
Assisti ao
filme “SAL DA TERRA” que narra a vida esplêndida de Sebastião Salgado, mineiro
de Aimorés, que encontrou na França a segurança e o apoio para desenvolver seu
talento maior de fotógrafo social e humano nos idos anos 70 e que, de lá até os
dias atuais, brinda o mundo com seríssimos registros para estudos e consequente
análise do quanto, independentemente de cor, etnia, cultura ou condição
econômica, o ser humano pode se tornar bárbaro, cruel e impiedoso, na busca
incessante do dinheiro e do poder.
Penso então
nos horrores do “Holocausto” que nada mais foi que mais um horror perante aos
Céus, pois antes, durante e depois dele, muitos holocaustos houveram e ainda
acontecem, sob a consciência cega e muda do mundo, explorada pelas falácias das
mídias, discutidas pseudas-soluções pelos países, ditos de primeiro mundo e
registradas de forma crua e objetiva através, das lentes e das penas de raras
criaturas que confessam suas decepções e traumas, frente a constatação de tantos horrores, admitindo a si próprios, que nós os humanos, somos os animais mais
ferozes e impiedosos deste planeta.
Penso então,
que apesar disto, existem aqueles que otimistas e perseverantes, buscam
alternativas para não desistirem na capacidade humana de regeneração e como
ele, dedicam-se a plantarem mudas de belas arvores, num trabalho de restauro, tão importante
quanto, fazendo brotar novas vidas, num solo aparentemente ressequido e morto.
Lembro então
de Castro Alves, sempre tão presente nas minhas avaliações pessoais.
“Deus! ó Deus! onde
estás que não respondes?
Em que mundo, em qu'estrela tu t'escondes
Embuçado nos céus?
Há dois mil anos te mandei meu grito,
Que embalde desde então corre o infinito...
Onde estás, Senhor Deus?”...
Em que mundo, em qu'estrela tu t'escondes
Embuçado nos céus?
Há dois mil anos te mandei meu grito,
Que embalde desde então corre o infinito...
Onde estás, Senhor Deus?”...
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